Page 25 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1975

R e d e s d e a s s i n a n t e s

q u a n t o à l o c a l i z a ç ã o d o s

c a b o s . (comentários)

RENATO JÜLIÜ GERAIDINE RÊGNIER Em 1970 chefiou o Departamento Geral

da Rede passando, no ano seguinte, a

Engenheiro Eletricista e Civil. Ingressou Assessor da Assessoria Técnica da Direto­

na Companhia Telefônica Brasileira em ria de Operação.

1950, onde cftefiou a Seção de Estudos de

Rede, tornando*se, posteriormente, Superin­ Atualmente, é Assessor do Diretor de Ope­

tendente do Departamento. ração.

Sob o ponto de vista da localiza bóm ser subterrâneos, principal­ os fios de entrada, tudo em con­

ção dos cabos de assinantes, po mente pelas razões abaixo: sonância com determinada filoso­

demos classificar as redes confor­ fia de projeto que se enquadre

me se segue: 1 Em áreas urbanas por exi­ vantajosamente nas condições lo­

gência municipal ou de cais.

em dutos quaisquer autoridades gover­

Subterrânea (a) namentais de um modo ge­ Cabos enterrados podem ser re­

enterrada ral. comendáveis por tornarem os du­

2 De estética (por Iniciativa da tos desnecessários, embora de­

em posteação própria Companhia Telefôni­ vam possuir proteção especial con­

Aérea ca ou por solicitação de ter­ tra danos mecânicos, refletindo

em quarteirão ceiros julgada procedente). nos custos, é importante também,

3 De ordem econômica (há a proteção elétrica, sobretudo nas

tendência geral de tornar as áreas sob forte incidência de des­

“Submarina” (b) redes subterrâneas, princi­ cargas elétricas (raios). Somente

Prédios (c) palmente nas áreas mais é aconselhável o seu emprego nos

densas, considerando que, locais onde a possibilidade de pa­

Notas: embora os investimentos ini­ vimentação seja remota. Por isso,

a — Usualmente, quando se diz que ciais possam ser maiores, os o uso de máquinas modernas, para

um cabo é subterrâneo suben­ menores custos de operação abertura de vala e lançamento de

tende-se que está instalado em tornam-nas cada vez mais cabo, tornam este processo atraen­

dutos. A particularização é fei­ vantajosas). te em zonas rurais.

ta em se tratando de cabo en­ 4 Condições próprias do local

terrado. que não aconselham outro Rede Aérea

b — Consideramos enquadrados nes­ tipo de rede.

ta classificação os casos de tra­ Em posteação:

vessias de rios, lagos, canais, Enterradas: Continuará a ser utilizada ainda

etc., estando os cabos pousa­ Geralmente fora das áreas urba­ por muitos anos, principalmente

dos sobre o leito ou enterrados nas densamente povoadas, os ca­ em áreas suburbanas e rurais.

no fundo. São casos excepcio­ bos de distribuição (e eventual­ Acredita-se que grandes exten­

nais. mente alimentadores) podem ser sões permanecerão em uso nos

Referimo-nos aos cabos instala­ enterrados, desde que as estima­ E.E.U.U., mesmo no próximo sé­

dos no interior de prédios, ge­ tivas de demanda para serviço te­ culo.

ralmente em tubulações. lefônico sejam confiáveis. Cabos

enterrados deverão atendê-la por Cabos aéreos não devem ser ins­

Redes Subterrâneas longos prazos (cerca de 15 anos), talados visando sua substituição a

pois seria desastrosa, do ponto curto prazo, face ao custo mais

Em dutos: de vista de custos, a necessidade elevado do par x km nos cabos

Normalmente todos os cabos de de reforços prematuros: nova de menor capacidade. É precisa­

assinantes com 400 ou mais pares abertura de vala, etc. Neste tipo mente por esta razão que os es­

devem ser subterrâneos. Isso co­ de rede não se deve usar postes, tudos econômicos, para a deter­

bre, praticamente, todos os cabos porém pedestais para a localiza­ minação das capacidades dos ca­

alimentadores ou primários. Cabos ção dos terminais de cabo, dos bos aéreos (em função dos cali­

de menor capacidade podem tam- quais sairão, também enterrados, bres dos fios), estabelecem perío-