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movimentos, inclusive os bens dos d ire
tores estrangeiros que para aqui vieram
O Govêrno pretende promover a ex
pansao da inaúsiria de Construção Civil
Mas quem vai se aventurar em constru­
ções para aluguel quando vê o que acon­
tece aos que nessa cilada já cairam? Mes­
mo para as “locações novas”, 0 contra
to nao é livre e a “depreciação” descon­
tada no aluguel chega a ser de 50% se o
edifício, por mais perfeito que seja, tem
25 anos d e idade”. E além disso, 4%, ou
8% para o Banco de Habitação! E assim
por diante. Resultado: o Estado da Gua­
nabara que no ano passado ainda vendeu
9 terrenos na Avenida Vargas, êsle ano
só vendeu dois.
Sou dos que entendem que o desen-
> volvimento econômico deste país não se
fará com planejam entos governamentais
(a não ser os investimentos de longo pe­
ríodo que sem pre foram planejados) e
sim com o estímulo à Iniciativa Privada
em termos de boa acolhida, de facilida­
des em vez de dificuldades de impostos
razoáveis o não dosestimulantes, de alívio
de exigências burocráticas e sobretudo de
excessivas exigências trabalhistas, dando
lhe tanto ciunnto possível “los coudóes li­
bres” e compreendendo que um país onde
a instabilidade, tanto
política, ainda é de regra c em que p o r
tr,nto o elemento RISCO é tão elevnd ). é
absurdo impor exigências, sejam traba­
lh istas ou huroerátiens. que não existem
em países muito mais desenvolvidos.
Bastaria o fato de scr tão grande cm
nosso pais a tarefa que incumbe ao Go­
vêrno, de prover uma moeda estável, de
velar pelo suprim ento adequado do cré­
dito, de m elhorar a arrecadação tributá­
ria, de assegurar transporte barato e efi­
ciente, de cuidar da nolítica, externa e
interna, para dispensá-lo
desnecessárias no campo Ha Indústria,
da Agricultura e do Comércio e dos pre-
Ços do mercado.
Que o Govêrno intervenha, sim. na
defena dn consumidor nara MANTER A
LTVRK CONCORRÊNCIA e combater as
situações mononolísticas, inclusive as que
decorrem de barreiras alfandegárias ex-
«'ossivns, mas que, quanto ao mais não
1 mui t o menos hostilize a tarefa
do empreendedor.
Os últimos 20 anos assinalam a incor­
poração ao setor econômico estatal de 3
ff|
GRANDES GRUPOS de atividade econô­
mica nacional, sem computar a Petrobrás.
O primeiro, o das estradas de ferro, on­
de a pressão conjugada da alta dos salá­
rios e da concorrência rodoviária tornou
inviável a exploração econômica e comer­
cial do transporte ferroviário mesmo pe­
las emprêsas da mais alta capacidade e
servindo as mais ricas zonas do país, co­
mo a Companhia Paulista de Estradas de
Ferro. Evolução semelhante sofreu a Ma­
rinha Mercante, quase toda em mãos do
Govêrno.
O segundo, o da energia elétrica,
cujas em presas foram desm anteladas pela
negativa dos governos de conceder tari­
fas compatíveis com a depreciação da moe­
da em que eram cobradas. O caso da ener­
gia elétrica é mais grave, por haver sido
executado de propósito. Um trabalho fei
to no C. N. de Economia, pelo então con
selheiro e hoje ministro da Fazenda Dr
Otávio Bulhões, recomendava, ainda que
tim idam ente, uma revisão parcial das ta­
rifas. Êsse trabalho foi para a presidência
da República (Vargas) onde ficou um ano
cozinhando cm água fria, nas mãos de um
assessor prim ário e incompetente, para
sair sob a forma da estatizaeím da in­
dústria c organização da Eletrobrás.
O terceiro setor, o da Siderurgia, nas­
econômica como cera em berço estatal, por ocasião da
TI Guerra, mas isso não justifica a su-
oossiva absorção pelo Estado do Vale do
Rio Dôce, da Acesita, da Ferro-Vitória
nltimamonte da OOSIPA e m roialm ente
da TJSTMINAS, através do B.N.D E. A si-
derureia é uma atividade normal do Se
tor Privado, como qualquer outra. Até
na Inglaterra, o Govêrno Trabalhista não
a estatizou. Urge que o Govêrno trate de
se despojar de todas suas emprêsas side­
rúrgicas com excecão, de inicio, de Vol
ta Redonda e Rio Dôce, entregando-as ao
de incursões setor privativo, inclusive a F.N.M.
O Programa de Ação Econômica do
Govêrno (PAEG) para 1964-66, enumera
os INVESTIMENTOS DO GOVÊRNO FEDE­
RAL em 1964 no valor de 1.789 bilhões de
cruzeiros. Estimando-se o Produto Inter­
no Bruto de 1964 em Cr$ 18 trilhões, vê-
se que os investimentos federais atingem
a parte de 10% dêsse montante. E como
a taxa de formação do capital gira em
tôrno de 17% do P.I.B., vê-se que os in­
vestimentos federaxs montam a cerca de
60^ DOS INVESTIMENTOS TOTAIS.
Adicionados os investimentos governamen­
tais dos Estados e Municípios, o algaris-