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SUPLEMENTO DE MARÇO E ABRIL
Ano XI DIVWÏ.GADO PELA N.° 121/122
F E D E R A Ç Ã O DAS A S S O C IA Ç Õ E S D E E M P R Ê S A S D E
T E L E C O M U N IC A Ç Õ E S D O B R A S IL
MIO D k J A N E IR O MARÇO-ABRIL DE 1970 D I S T R I B U I Ç Ã O IN T K B N A
AS TELECOMUNICAÇÕES E OS TÉCNICOS
A. AVILA LEAL
A réde de telecomunicações no Brasil de telecomunicações neste país, para não ci
pais de extensão continental, está tendo tar os de outros ramos de engenharia, é
um desenvolvimento ímpar, depois de um realmente crucial. Quando nos referimos
longo período de estagnação. aos técnicos queremos incluir, além dos en
Três fatores básicos são necessários ao genheiros e dos técnicos de grau médio, os
desenvolvimento: tempo, recursos finan operadores e os operários especializados.
ceiros e técnicos. Além das iniciativas isoladas para o
O primeiro dêles, tempo, tem sido apro preparo dêsses técnicos, em que ás gran
veitado ao máximo, se atendermos à es des organizações, providas de recursos, pre
tagnação e atraso de cêrca de 20 anos. param os seus técnicos, tanto no país, como
Êsse atraso dificultou bastante a pro enviando-os aos países de técnica mais
gramação da expansão das telecomunicações avançada, pouco tem sido feito no senti
' e se, em parte, foi compensado pela melho do de uma coordenação de esforços, para
ria dos métodos de construção, todavia, em atender a tôdas as necessidades. A mobi
certos setores, não pôde ser compensado de lização e coordenação dessas iniciativas,
vido a fatores de tôda a ordem. aliadas a medidas de órgãos governamentais
Essa expansão, entre outros fatores, exi de planejamento, de educação e de comu
giu a implantação da indústria nacional de nicações, poderá produzir resultados a curto
equipamentos na qual os investimentos ti prazo.
nham que atender a uma demanda regular Comecemos pelos operárics especializa
e não a acumulada em longos anos. dos; muito pouco existe no preparo dêsses
A reforma da legislação é outro fator técnicos. As emprêsas procuram prepará-
que está exigindo providências urgentes. los, enquanto as escolas técnicas oficiais
Dentro dêsse quadro, devemos reconhe também o fazem em certa escala mas não
cer não poderiam ser obtidos melhores re- há conjugação de medidas, como por exem
sultadps. plo, a coincidência de programas de ensino
Quanto aos recursos financeiros, embo e a aparelhagem adeauada para a parte
ra não tenha sido possível ainda atender a prática. Uma vez obtida essa coincidência,
todos os setores das telecomunicações, o que o estabelecimento de convênios entre as
.iá. foi realizado deve constituir orgulho a emprêsas e as escolas eliminaria a disper
todos nós. são de iniciativas e de despesas. Não quere
Resta, o terceiro fator, aue é da forma mos com isso dizer que já não haja me
ção de técnicos. A rêde iá implantada obe didas nessa direção mas as mesmas devem
dece a preceitos técnicos avançados mas constituir norma a ser generahzada. O que
essa rêde tem q” e ser onerada, mantida e dissemos em relação aos operários especia
expandida. O problema da falta de técnicos lizados se aplica aos operadores e técnicos