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ALGUM A COISA M U D O U ...
“Diário da Tarde” — B. Horizonte — 16-11-64
"Ai que saudades que tenho...” do. Assim conviria à senhora desde já
Era assim: a campainha tocava, a autorizar a instalação, assinando esta
empregada ia ver e voltava para dizer: ordem. Fará uma experiência. Se no
— Um moço hem vestido, pergun fim de um mês não achar convenien
tando pelo patrão. te O aparelho em sua casa, poderá en
— Mas você não disse que o patrão tão comunicar á Companhia, que êle
está deitado? será retirado logo. Mas estou certo de
— Disse, sim, mas êle disse que quer que isto não acontecerá.
jalar com a senhora. — Não há dúvida, que é útil o tele
— Está hem. Mande entrar para a fone. Contudo, no momento, não po
sala. demos instalá-lo. Mas em outra oca
— Bom dia. Que é que o senhor de sião. O sr. sabe: são mais 35 cruzei
seja? ros por mês...
— Minha senhora. Sou represen — Mas essa quantia será compensa
tante da Companhia Telefônica. Ela da pelos serviços extraordinários do
quer dar-lhe o conforto de um apare aparelho em sua residência.
lho., para completar o conforto de sua — E' verdade. Mas não podemos no
residência, pois se trata de uma famí momento instalar telefone.
lia 'distinta, educada, que sabe perfei Despedia-se então o homem amável
tamente compreender o valor do tele da Telefônica.
fone, que é um verdadeiro empregado A patroa avisa à empregada, logo
que passará a ter, para cumprir todos que êle saia:
os mandados imediatamente. Não ha — Garatito que êsse môço vai vol
vendo sequer o gasto do tempo de ir tar. Êles não deixam as pessoas sosse
aos lugares mais distantes com os gadas. Volta êle ou volta outro, com
quais a família deseja comunicar-se. essa insistência de instalar telefone na
A senhora, o seu marido e os seus pa casa da gente. Estão indo nas casai
rentes podem comunicar-se com quem tòdas e insistindo. E caceteiam com
quiser em minutos: resolver questões, essa conversa comprida para conven
fechar negócios, combinar passeios, cer a gente a fazer mais essa despesa
adquirir passagens. Podem fazer pedi de 35 cruzeiros por mês. Quando apa
dos no armazém, chamar o médico, fa recer um môço desses ai, você pergunte
zer até visitas. E tudo isso por 35 cru se é da Telefônica e vai logo dizendo
zeiros por mês. E' uma maravilha... que não está ninguém em casa. Que
O homem não quis fazer uma pausa, gente cacete!... Querer forçar a gen
mas apenas respirou... te a instalar telefone.
A senhora aproveitava e dizia: Foi assim de 1931 a 1935 em Belo Ho
— Nós agradecemos muito a aten rizonte. As residências tmham pavor
ção da Companhia, mas no momento dos empregados da Telefônica, tão
não pensamos em instalar telefone em amáveis e ofertantes.
casa. Mas depois, talvez... Alguma coisa mudou, não é verdade?
— Oh! Depois, depois poderá haver
-mais demora no atendimento, pois te
mos um número limitado de aparelhos N O T A D A R E D A Ç Ã O — A d e lic io s a c r ó n i
e com as visitas que estamos fazendo ca acim a é a e x p r e s s io da v e r d a d e . Os te m
por tòda a cidade, esperamos enco pos c as coisas m u d a ra m . E m 1931 o d o la r
mendas, e poderá esgotar-se a nossa cu stava 8 cru zeiro s e os 35 c ru z e iro s d a q u e la
capacidade para o fornecimento rápi época rep resen ta m h o je sete m il cruzeiros.
AMPLIAÇÃO DO SERVIÇO TELEFÔNICO EM BAURU — S. PAULO
**A Gazeta” — Sâo Paulo — IS-11-64
Km comum acordo com o sr. Xuno de ral da estadão de telefones automáticos
Assis, prefeito de Bauru, São Paulo, a dessa cidade. De 1/ a 10 de dereinbro, os
<ia. Telefônica Brasileira marcou para 1.100 telefones automáticos ficarão em
o próximo dia 12, a solenidade inaupju- período experimental.