Page 1112 - Telebrasil Noticiário
P. 1112
ros ainda nâo se deram conta de que
tiva privada, ao mesmo passò due a n tempo da estrada de ferro de bitola
rigidez da ordem militar gera uma estreita.0 com curvas de 100 metros e
mentalidade pouco adaptável à ima rampas de 2% já passou; foram subs-
ginação, à flexibilidade e ao engenho, tttufdas pelas rodovias. D a mesma for
indispensáveis ao sucesso dos empreen ma que o bonde elétrico foi substituí
dimentos. do pelo ônibus diesel.
De um lado com a ditadura, que
No plano das telecomunicações aca
procurava escorar-se nas Forças A r
ba o Govérno de decidir, sob a pres-
madas, e, de outro, com as repetidas
cão da influência militar, nacionalis
intervenções dessas Fórças no campo
ta e retrógrada, reservar ao Estado a
do Poder Político, em 1945, 1954, 1955, construção e administração da rêde
1961 e 1964, e mais, com a investidu
orincipal de telecomunicações do Pais,
ra de grande número de militares nos
divorciando-se da orientação recomen
postos de comando das autarquias e
empresas do Estado, acentuou-se a hi dada pelo eminente Almirante Beltrão,
presidente demissionário do CONTEL,
pertrofia da influencia da mentalida
de militar na orientação dos negócios que se batia inteligentemente pela so
lução da emprésa privada, que ele vi
públicos.
Quase não há problema de interesse r a ’ funcionar com maior eficiência nos
nacional que não tenha de passar pelo Estados Unidos, onde as possibilidades
cadinho do Conselho de Segurança. A de guerra são “um pouco” maiores do
segurança nacional passou a constituir que as nossas. Tudo em nome da in
o aspecto principal dos problemas na defectível "Segurança Nacional”.
cionais. Quem de fora apreciasse esse O que os militares responsáveis por
panorama teria a impressão de que essa orientação não vêem é que assim
o Brasil é um país, como o Estado de agindo èles estão-se distanciando dos
Israel, cercado de inimigos por todos próprios objetivos que visam a atin
os lados, em que a constante ameaça gir Porque o que importa a uma na
de guerra explica a preponderância ção. em caso de guerra, não é que essa
militar na orientação de todos os pro óu aquela atividade essencial seja exer
blemas, cida por empresas privadas ou por fun
O resultado tem sido e está sendo cionários do Estado e sim que a tare
o de um açambarcamento avassalador
fa seja executada com eficiência, tra
pelo Estado das atividades industriais
te-se de ferrovias, de navegação, de
do País. petróleo ou de aço.
Para tirar do subsolo uma terça par
Eu fiz parte durante quase 20 anos
te do petróleo bruto que o Pais con
da administração de uma empresa te
some, cria-se uma empresa tão “into
cável” quanto ineficiente, que abran legráfica estrangeira, a Western Te-
legraph, inclusive no período da úl
ge também, e com a mesma ineficiên
tima guerra. Não houve nessa oca
cia, tòdas as atividades derivadas do
aproveitamento do óleo bruto. O atual sião, como não houve em toda a his
Governo, apesar de ter ousado mais toria, quase centenária, dessa emprê-
de uma vez manifestar-se oralmente sa a menor suspeita de deslealdade à
em favor da iniciativa privada, levou segurança nacional e aos interesses do
mais de um ano para revogar um de
creto, imoral e demagógico, de encam A guerra é. felizmente para nosso
pação das refinarias privadas, assina Pais, uma eventualidade por demais
do por João Goulart na praça pública, longínqua para que os nossos proble
em plena orgia de agitação comu mas precisem ser encarados predomi
nista . nantemente sob o ângulo dessa hipó
Para atender à hipótese do supri tese. Quando o fossem, o essencial se
mento de álcalis “em caso de guerra”, ria que na hora da luta a máquina da
criou-se uma empresa do Estado, cujo produção nacional funcionasse com
principal resultado económico é tripli eficiência. E sob èsse aspecto, a ex
car o preço de uma matéria-prima, a periência aí está para demonstrar à
barrilha, essencial a um grande nú
saciedade -que essa eficiência está lon-
mero de indústrias nacionais. ge de ser apanágio de administração
No campo ferroviário, alguns milita- coíâíiii. .