Page 4 - Telebrasil - Maio/Junho 1975
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DA OPORTUNIDADE
DE U MA DECISÃO
J.C. Vallim
Em nosso número ante Das exposições feitas no des. Escolheu, para cada da divisão de mercado por
rior publicamos sob o título PAINEL, em Salvador, pare equipamento, o melhor pro todos os que apresentem sis
"CPA — Um Problema em ceu-nos, pelo que foi dito, jeto, a melhor montagem e, tema adequado. O inconve
Debate" um artigo no qual que os sistemas apresentados depois, em função da partici niente maior seria o de não
apresentamos opiniões e con atendem ao que é básico pação de cada um no todo e atender, nos limites da de
ceitos colhidos entre técnicos (compatibilidade, capacidade, de sua capacidade industrial, manda doméstica, a necessá
da Administração brasileira. confiabilidade, operacionali distribuiu as encomendas pe ria grandeza de escala. Acre
dade, modularidade). Atendi los fabricantes qualificados. ditamos que a adoção de car
Destacamos agora, com
dos os parâmetros técnicos, tas de intenção, observados
base nos pronunciamentos A aplicação dessa filosofia
cabe ressaltar os de natureza os preços do mercado inter
f e i t o s no II P A I N E L à área da telefonia CPA con
político-econômicos, tais nacional, venha a fomentar
T ELEB R A SIL, pontos refu quanto difícil, não seria im
como: uma política de exportação
tados por alguns e defendi praticável, acreditamos.
na busca da economicidade
dos por outros. Um deles se A divisão de tarefas e en da produção.
refere à oportunidade de comendas também não é fá
— liberdade de decisão na
pronta implantação do CPA A decisão, qualquer que
cional, cil, mas poderia ser feita se
(semi-eletrônico), no País. seguirmos critérios semelhan seja ela, por sua importância
— transferência de tecno
Dizem os defensores da logia, tes aos que já foram adota e complexidade terá reflexos
tese da decisão imediata: — minimização da "ex dos com êxito no passado. em outras áreas, notadamen*
Não há porque aguardar o portação" de dinheiro Essa divisão seria mais difícil te do setor político, pois o
desenvolvimento da técnica, em d i v i d e n d o e se os componentes não re problema não é apenas seto
pois sendo ela sempre evolu "royalties", presentassem um percentual rial, é nacional.
tiva não haverá uma "última — economia de escala, crescente no projeto do siste Uma medida, no entanto,
palavra". Esperar é perder — participação no merca ma, mas, felizmente, não é o se nos afigura pacífica — a
tempo, é ser ultrapassado, é, que vem ocorrendo. Seria
do internacional, aquisição imediata de know-
inclusive, ficar na iminência uma solução tipo pool, para
— segurança e regularida how na área de software, por
de chegar ao limite da capa somação de esforços.
de da produção, sua crescente importância no
cidade do equipamento con contexto bem como nas
— tradição e investimen Na área de processamento
vencional antes de ter outra áreas administrativa e opera
tos de cada um dos fa de dados, um parente próxi
solução. cional por independerem,
bricantes no Brasil, mo do CPA, cumpre lembrar
Os opositores retrucam: a — índice de nacionali o que diz Servan-Schreiber praticamente, do equipamen
evolução da técnica não é zação. em seu livro o Desafio Ame to a ser escolhido.
uma "função linear", proces- ricano: Não temos a veleidade de
sa-se em degraus, e estamos oferecer uma solução, mas,
agora no limiar de um desses Cremos que, mutatis mu- "U m a política européia tão somente, a de enfocar
degraus. Os que decidiram tandi, a solução adotada pe lógica consistiria em reu o u t r o s â n g u l o s , pois,
antes, decidiram-se "no pri las Forças Armadas nos idos nir todos os recursos pos afinal,.. .
meiro degrau" pois não havia de 1950 para apoio da então síveis, sem dúvida a partir
outro, mas agora o segundo incipiente indústria eletrôni do núcleo britânico, com
"Ê preciso arriscar-se a di
está à vista. À ameaça do li ca nacional poderia ser consi um apoio imediato das in
zer coisas contestáveis desde
mite de emprego de equipa derada. Em linhas gerais a dústrias alemã, francesa e
que se levantem questões
mento convencional antepo Aeronáutica, por exemplo, holandesa, num esforço,
mos o argumento de que ain especificou as características, unitário..." vitais".
da dispomos de algum tem básicas dos equipamentos
(Pastor Dietrich Benhaeffer)
po, com os recursos e solu que iria necessitar, definindo*
ções já adotados em outros prazos e a ordem de grande Há ainda outras hipóteses
países. za de suas futuras necessida entre as quais destacamos a
