Page 25 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1968
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CURITIBA - PR ESTRÉIA SEU TELEX

                                                 Jornal do Brasil - Rio - 8-8-68

      A capital do Paraiiá está ligada atra­     ro Prado Velho, que está utilizando o pre­
vés do telex às principais cidades do pais e     fixo 027 e como assinante recebeu o número
do exterior, desde ontem, quando foi insta­      817. A partir de hoje, outros aparelhos se­
lado na cidade o primeiro tele-impressor.        rão ligados pelo DCT c funcionarão ime­
                                                 diatamente.
      O Departamento de Correios e Telégra­
fos havia transferido, antes, para a central            A agência de telex de Curitiba é a 25.“
de telex de Curitiba as ligações dos sete as­    integrante da Rêde Nacional de Telex, cuja
sinantes a longa distância de São Paulo,          'idauguração está prevista para ceteir.bro
que há algum tempo operam nêste sistema.          próximo. A parte de telex está pronta e
                                                  funciona no momento com oito assinantes,
                            A Primeira            embora tenha capacidade para atender a 100
                                                  assinantes. Tõdas as dependências da ala
       A primeira emprésa que apresentou
 a documentação e teve seu aparelho d             direita do prédio adquirido pelo DCT para
 lex instalado em Curitiba, na manhã d<
 tem, fo i a Paraná, Equipamentos S. A            instalar a primeira agência postal de Curi­
 tabelecida na Rua Comendador Roseira
                                                  tiba são ocipadas pelo serviço de telex cuja

                                                  implantação foi iniciado há dois anos.

TElEINTEGRAÇÃO

                                                 Jornal do Brasil — Rio — 4-8-38

      Desenrolam-se no Rio, em nível téc­        desenvolvido sistema de remuneração que
nico, os trabalhos da I I I Reunião do Con­      impera com evidente injustiça no serviço
selho Interam ericano de Telecomunicações,       público.

e o ítem m ai5 im portante e urgente de seu            Na chamada República Velha, que aci-
ternário é a instalação de uma réde con          tou em 1930, o Brasil era mais bem ser­
tinertal de telecomunicações. N ão existo        vido do que hoje em m atéria de comunica­
 ainda uma consc.èncm oficial. capez de          ções a longas distâncias. Dentro des pa­
avaliar a importância de um sistema e fi­        drões técnicos da época, era possível man­
ciente de telecomunicações. M as é iluso-        dar do R io a Manaus, em duas horas, um
lic falar em possibilidades de desenvolvi­        telegram a que hoje tem de seguir poi
mento sem incluir uma infra-estrutura             via aérea. N a era da eletrônica, quando
que dé velocidade e qualidade aos siste­          as aspirações de desenvolvimento exeicern
 mas de comunicação a longas distâncias.          de baixo para cima pressões que obrigan
                                                  os governantes a peruer parte ae seu tem­
        A opinião pública não alcança, em te r­   po consumido em program as festivos, o
 mos técnicos, a estreita relação en tre c ?.     E rasil ficou inferiorizado até em relação
 senvolvimento e telecomunicações, talvez         ao passado.

 porque o G ovêino brasileiro tam bém ain­                O homem da rua ainda não se tornou
 da não traduziu em térm os práticos o seu        consciente da importância econômica, so­
 projeto O órgão oficial encarregado de           cial e política da velocidade de informa­
 traçar e aplicar no Brasil uma política          ções, que acelera o fechamento de negócios
 de telecomunicações é o Contei, m as na          à distância e ganha tempo nas decisões.
 escala de importância burocrática éD             Telecomunicações quer dizer uma estrutu­
                                                   ra tècnieamente apta a manter, em cará­
 figura na relação dos que operam cm ní­           ter permanente, sistemas de rádio, telé­
 vel secundário.                                   grafo, microondas e telefones em funcio­
                                                   namento nacional.
        Carece o Contei do bafejo que distin­
                                                          P a ia isso, é indispensável aparelhar
 gue os organismos privilegiados da ór­            o érgão encarregado de fixar e operar a
 bita federal, sem pre em destaque político        política de telecomunicações, com lecurso.s
 e ricos de verbas. E r quanto o Contei não        o quadros técnicos à altura das necessi­
 fô r um centro de form ação técnica e não         dades acumuladas. Mas o Governo é o pri­
 tiver uma estrutura operacional de gran­           m eiro a desconhecer a importância do
 de porte, serem os sempre o pais em que           Contei e a subestimar as necessidades das
 os telegram as viajam de aviões para che­         telecomunicações para nosso desenvolvi­
 gar às mãos dos destinatários. Tam bém ,          mento .
 não há com o pensar em te r o Ccr.tel um
 quadro de técnicos abalizados, enquanto

 pagar seus engenheiros na base de trezen­
 tos m il cruzeiros mensais, dentro do sub.
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