Page 30 - Telebrasil - Julho/Agosto 1967
P. 30
te de cordial harmonia, congraçamento e cendo, extritamente prescrições federais e
fraternidade, buscando, finalmente, trazer com a principal incumbência de apresen
uma contribuição real e objetiva para a tação dos planos estaduais, para o que re
solução dos grandes problemas que enfren ceberão orientação e estímulo do Minis té.
tamos, visando o intenêsse da coletivida. *rio, visando a sua conexão com os troncos
de nacional, para o bem do Brasil». do Plano Nacional, A fim de permitir me
Declaro abertos os trabalhos do II Con nores custos operacionais e, em conse-
gresso Brasileiro de Telecomunicações, qüência, beneficiar o público usuário deve
passando a direção dos mesmos ao Presi rá haver, em cada Estado, uma grande
dente do CongTesso, Dr. Benoit Almeida emprêsa que se encarregará d« s serv ços.
Victoretti, e dando, nesta oportunidade, Essa emprêsa poderá ser governamental
posse àrMesa que foi constituída. ou concessionária, para exploração das ré-
des urbanas e interurbanas no âmbito
D i s c u r s o p r o f e r i d o p e l o E x m o . S r . M L estadual, ficando a cargo do Govêrno, a
d s t r o d a s C o m u n i c a ç õ e s , n a 1 * S e s s ã o P l e . coordenação necessária para atingir o ob
n á r i a d e 4 d e j u l h o d e 1 9 6 7 . jetivo. A ação do Govêrno da União será
«Sr. Presidente, Srs. Congressistas: descentralizada, para proporcionar regime
A Presidência realmente focalizou um de trabalho mais consentâneo com a rea
aspecto que é de real importância para o lidade e com as dimensões territoriais do
significado desta reunião. O que buscamos, País, acessível ao público e evitando o
realmente, é colhêr sugestões para tirar. atrito burocrático. Agirá através de dele.
• mos o maior proveito do que possa ser gação de podêres e da divisão regional do
utilizado para a melhoria das comunica território nacional, com repartições de ór
ções de nosso país. Nós vamos, nesta pa bita de ação definida, orientada direta
lestra, abordar tópicos daquilo que cha mente pelos órgãos centrais do Ministério
mamos Política Geral do Ministério das das Comunicações.
Comunicações Devem ser consideradas, na implantação
Desejo, inicialmente, apresentar a mi. do sistema nacional de telecomunicações
nha saudação aos Congressistas presen as condições sócio-económicas das regiões
tes. já consideradas, adotando em princípio a
As comunicações, como infraestrutura seguinte orientação:
para o desenvolvimento do País para o a) REGIÃO CENTRO-SUL — Troncos
suporte da segurança nacional devem ser
colocadas num nível de consideração das de alta capacidade de tráfego, possi
atividades concernentes à produção e dis velmente com discagem direta entre
os pontos servidos.
tribuição de energia elétrica e dos meios
de transporte, constituindo um conjunto Esta Região Centro-Sul nós considera,
fundamental de infraestrutura. energia, mos, admitimos que está desenvolvida no
transportes e comunicações. Urge que o contexto geral do país.
Govê~no considere de alta prioridade os Para a segunda região — Região Nor
investimentos no setor das comunicações, deste troncos de média capacidade de trá
promovendo, com todos os meios ao seu fego, utilizando ODD. Consideramos esta
alcance, a implantação dos troncos nacio região como em desenvolvimento acele
nais, estimulando, por outro lado, a ex- rado.
pansão dos sistemas estaduais e rêdes ur Para a Região Norte — Oeste, troncos
banas. Atingir tal circulação será o obje. de baixa capacidade de tráfego, e conside
tivo político do Govêrno, através do Mi ramos esta região em desenvolvimento
nistério das Comunicações, dentro de um lento até o momento.
planejamento plurianual e de programas Para atender, de imediato, as capitais
anuais sob bases econômicas viáveis, prio ainda não conectadas a Brasília, estudar
ridade incontestável, e planos de engenha a utilização do sistema auxiliar do plano
ria compatíveis com as reais necessidades nacional para realizar com menor inves.
do País. timento as ligações que possibilitarão, em
A política das comunicações será allcer- prazo curto, não apenas o tráfego telefó
çada nos seguintes princípios fundamen nico entre Brasília e as capitais não li
tais: a supervisão global de todo e qual gadas, mas também a divulgação dos atos
quer processo de telecomunicação dentro e atividades do Govêrno Federal. Pela
do território nacional se~á de exclusiva pouca vulnerabilidade que o caracteriza,
atribuição do Govêrno Federal, exercida êste sistema é também da ma'or conve
com plenitude pelo Ministério das Comu niência para a segurança nacional. Até
nicações. Os governos estaduais colabora que seja possível utilizar os troncos na
rão com .a União através de convênios cionais para transmissão de fonia, tele
para o desenvolvimento das telecomunica grafia e telex, continuará o DCT com a
ções, nos limites de seus Estados, obede responsabilidade de operações do porte te.