Page 45 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1966
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canais telefôn icos e é in te ira m e n te e qu a lqu er conversão telefôn ica se
transistorizado. processe sem in terferên cia das demais.
A lém de servir para canais telefô
M ultiplex telefônico de canal, grupo nicos, êste mesmo princípio pode ser
e supergrupo, é um m u ltiplex em fre aplicado a sinais telegráficos, de Te
quência, em pregado para re u n ir em lex, de te le fo to , etc.. Os equipam en
“ gruposP (12 ca n a is) e “ supergrupos” tos descritos, além de fu n cion a r en
(60 canais) os 1.800 canais te lefôn icos. tre pontos finais, podem também ser
Em poucas palavras, para cada canal usados para in te rlig a r as cidades que
telefônico é dada um a frequ ên cia es se situ a m ao longo do percurso do sis
pecifica que o m a n té m separado dos tem a de microondas.
demais, de m odo a assegurar que tôda
PA R TIC U LA R E S F U N D A M C O M PA N H IA TE LEFÔ N IC A PA R A
CO M PRAR C TB E E V ITA R S E R V IÇ O
“ O Jornal” , R io, 2G-1.66
Foram aprovados os estatutos da no cabe também a uniformização do
Companhia Telefônica Piratininga, que sistema de sinalização e a elaboração de
representantes de companhias telefôni um plano ^acionai de numeração, que
cas que operam em diversas cidades do venham racionalizar o desenvolvimento
Pais pretendem organizar para adqui do sistema nacional de telecomunica
rir o arêrvo da CTB. A aprovação se ções, ficando igualmente com a incum
deu em reunião na sede da Federação be/*cia de incentivar o progresso do se
do Comércio do Estado de São Paulo. tor das telecomunicações através de
financiamento â iniciativa privada.
Com o capital de um bilhão de cru
zeiros, dirididos em ações de cem mil Sôbre a organização da nova Com
cruzeiros, a nova companhia teve ime- panhia Telefônica afirmou que “real-
diatamente subscrito o total de cem mente grupos nacionais, vinculados â
milhões de cruzeiros. Os debates para livre empresa, promoveram reuniões ten
aprovação do* estatutos duraram quase dentes a encontrar uma fórmula que
des horas, participando da mesa que di lhes permita assumir a administração
rigiu os trabalhos os Srs. Adem ar Got- da empresa ora nacionalizada” .
tardo. Vicente Martins, Pedro A lambert
Teixeira, Harokio Bantos Abreu, José — Assim — prosseguiu — o Sindi
Olavo Diniz. Saul Ventura, Aleusmdrtí cato das Empresas Telefônicas do Esta
Beldi Neto e Jorge Beretta. do de São Paulo, apresentou ao Minis
tro da Fazenda uma proposta para re-
Os representantes das companhias te privatização da empresa nacionaliazada.
lefônicas com a organização da nova em- A proposta foi apresentada em termos
presa. reunirão o capita] necessário à gerais, entretanto, como faltasse ao Sin
aquisição de todo o equipamento da dicato características empresariais, re
atual CTB, a fim de impedir a estati- solveu-se fundar uma sociedade anôni
zação dos serviços telefônicos. ma de capital aberto, que pudesse co
laborar com o govêrno na manutenção
O Sr. Vicente Martins Júnior, diretor- dos propósitos contidos na sua filosofia
presidente da Companhia Borda do Cam priva ti vista.
po, disse que u a intervenção do Esta
do na iniciativa privada, exceto em ca A nova companhia fará a aquisição
sos excepcionais ditados pelo interesse do acervo da CTB pelo sistema de auto-
social, é um atentado aos postulados do financiamento direto pelos usuários e
próprio regime democrático” . participação destes no capital societário
e pela conversão dêsse financiamento em
E acrescentou: ações de seu capital.
— A atividade do govêrno no setor
O sistema tem também a finalidade de
de telecomunicações deve ser a de pla atender â democratização do capital das
nejamento, estabelecendo normas e es emprêsas, criando-se uma empresa que
terá meio millião de acionistas.
pecificações de materiais e aquipamen-
tos, padronizando-os, de modo a facili Os membros da diretoria da Compa
tar a conexão dos vários sistemas que nhia Telefônica Piratininga serão elei
estão sendo fabricados no País. tos em reunião marcada para a pró
O Sr. Vicente Martins Júnior mani xima semana, na sede da FC E SP.
festou ainda a opinião de que ao govêr