Page 23 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1964
P. 23

do Brasil — aquéle que permite lances     to de rádio, mas sim' hás obras civis
  até de 104 quilômetros — somente o
  Sistema Básico do Plano Nacional de      nas estradas de ace5/so, nos tanques,
 Telecomunicações do Govêrno exigiria
 a instalação de 7 nevas estações termi­   tórres, no material e mão-de-obra na­
 nais e pelo menos 170 novas estações
 intermediárias, com um total de 177       cionais.
 prédios e um número igual de estra­
 das de acesso e de casas de fórça —          18. As estações terminais exigem
 depois de deduzidas do total as esta­     um investimento mais elevado do que
 ções des sistemas jã em uso no paio.      as estações intermediárias ou repeti
                                           doras, por causa des cabos coaxiais ou
    15. Dentro dêsse mesmo critério, o     sistemas de rádio de ligação com as
 Plano Fundamental da Telebrasil obri­    rêdes locais, mais os equipamentos d'4
garia a instalação de apenas sete esta­    discagem direta à distância (2 VFD);
ções terminais e 67 estações interme­      todavia, no presente memorandum as
diárias — menos 103 estradas de aces­     circunstâncias nos ferçaram a tomar
so, 103 prédios e 103 estações de rádio   um custo médio por estação, o que foi
e de fórça — isso para dar exatamente     obtido, dividindo-se por cinco o inves­
o mesmo serviço e para ligar os mes­
mos pontos contemplados pelo plano        timento total atualizado do “link" Rio-
oficial e mais quatro outras Capitais.    Belo Horizonte. Êsse método de che­

   16. É muito dificil no Brasil, nos     gar-se ao custo médio por estação ten­
dias que correm, fazer-se qualquer esti­  de a exagerar ligeiramente o custo mé­
mativa de custos para o dia de ama­       dio real para os grandes “links” ; to­
nhã, mas aos preços de hoje — atuali­
zados pelos indices do Conselho Nacio­    davia, cemo nós estamos tomando co­
nal de Economia — sendo as obras rea­     mo preço o custo original, mais os fa­
lizadas pela iniciativa privada, dentro   tores de reavaliação do Conselho Na­
da mais estrita parcimônia, poder-se-     cional de Eccnomia — a nosso ver in­
ia dizer que o Plano Fundamental da       suficientes para uma reavaliação rea­
Telebrasil, a grosso modo, custaria: —    lística e integral — parece-nos que o
                                          custo por nós achado está bem pró­
   CrS 37.000.000.000.00 (trinta e sete   ximo da realidade, tendo em mente
bilhões de cruzeiros) e que apenas o      além disso que certos custos no preço
Plano Básico do Plano Nacional de Te-     do “link” Rio-Belo Horizonte não fo­
leccmunicações do Govérno brasileiro      ram ainda lançados.
custaria:
                                             19. Estamos convictos de que o
   Cr$ 88.500.000.000 00 (oitenta e oito  ilustre técnico em telecomunicações,
bilhões e quinhentos milhões de cruzei­   que hoje dirige o Contei, Almirante
ros ), excluídos désse orçamento — re­    José Cláudio Beltrão Frederico, lançara
petimos — os planos Complementar e        suas vistas não só sôbre o Decreto n.°
Auxiliar.                                 58.859, que criou o Plano Nacional de
                                          Telecomunicações, mas também e prin­
   17. É de notar-se, de passagem, que
os custos maiores de um sistema de        cipalmente sôbre o próprio Código Bra­
micro-onda não estão no equipamen­        sileiro de Telecomunicações que, a
                                          nosso ver requer uma reformulação de
                                          princípio ao fim. pois, tal como êle se
                                          acha redigido, o Brasil, a nosso ver, ja­
                                          mais terá o serviço telefônico a que faz
                                          jús.
   18   19   20   21   22   23   24