Page 22 - Telebrasil - Setembro/Outubro de 1963
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LICENÇA PARA OS TELEFONES
Jo rn al do Dia — Pôrto Alegre — 21-8-63

   M anifestando confiança na concessão      mentários em torno do assunto, deixando
                                             transparecer, entretanto, seu otimismo.
de licença de im portação à Companhia        Informou, por outro lado. que a licença
R iograndense de Telecomunicações, pelo      pleiteada para importação de telefones
                                             japonêses. da Hitachi, está em an d am en ­
Governo Federal, de equipamento telefô­      to, nos órgãos competentes.
nico, da Húngria, para reaparelhaniento
                                               NOTA DA REDAÇÃO — E p a ra que foi
das com unicações estaduais, retornou do     criada a indústria nacional de equipam en­
Rio o engenheiro Nelson Tellitu. O refe­     tos telefônicos?
rido técnico, que acompanhou o governa­
dor lido M eneghetti e a recente viagem
ao Rio e Brasília, não teceu maiores co­

CONGRATULAÇÕES COM AS LISTAS TELEFÔNICAS
              Jornal do Comércio — Rio, de 18-9-63

   Um voto de congratulações vem de ser        O autor do requerim ento foi o vereador
aprovado pela C âm ara Municipal do Reci­    Rúbem Gamboa que frisou, a emissão des­
fe,, em nom e de Listas Telefônicas B rasi­  sa nova lista provisória, no to ta l de 22 mil
leiras S/A, pela publicação do segundo
Guia Provisório do nôvo serviço telefônico   exemplares, demonstrou o desejo de ser­
                                             vir aos usuários acionistas de telefones,
de Recife e Olinda.                          sem nenhum a vantagem comercial.

AS PESQUISAS E OS PLANEJAMENTOS

              DIGESTO ECONÔMICO
              N.° 171 — M aio/Junho, 1963

                                                      Octávio Gouvêa de Bulhões

   Recusando a compreender as enormes        vidade — observe-se bem — não se fixa
v antagens da descentralização, os adeptos   no pagam ento de elevados juros ou divi­

da planificação centralizada insistem em     dendos. A valorização do patrim ônio como
dizer que a descentralização de iniciati­    reserva, é um incentivo de grande im por­
                                             tância que acom panha a m entalidade de
va leva ao desperdício de recursos, seja     um povo que se acha em condições de
o país subdesenvolvido ou desenvolvido.      progredir. Daí a possibilidade dos rein-
                                             vestimentos e lucros. Não são, pois, os p la­
No prim eiro caso, o desperdício conduz à    nejamentos rígidos que poderão oferecer
inflação; no segundo, à depressão.           condições plausíveis p ara alcançarm os o
                                             balanceamento entre investim entos e con­
   Ocorre, porém, que apesar da planifica­   sumo. Em m uitas coletividades, o proble­
                                             ma é mais de ambiente do que de modelos
ção centralizada, os paises socialistas têm
presenciado surtos inflacionários. A es­     de conduta. Por isso mesmo, nessas cole­
cassez de bens de consumo é freqüente,       tividades, o mercado de bens e serviços
provocando a form ação do mercado ne­        e o mercado financeiro se to rn am ap reciá­
gro, como acontece em todos os lugares
onde a inflação em vez de ser evitada é      veis fontes de inform ação e de o rie n ta ­
reprim ida por meio de tabelamentos. T ra­   ção. Seus defeitos devem ser corrigidos;
ta-se de um a desproporção entre a renda
                                             suas deficiências suplem entadas. Nunca,
form ada e aplicada.                         porém, devemos nos aventurar a despre­
   Por essa ordem de considerações have­
                                             zá-los e pretender substituí-los por p la­
mos de compreender que a inflação será
                                             nejamentos.
tan to m ais facilm ente evitada quanto me­    Em proveito de um mercado m ais ex­
lhor se puder balancear a aplicação da
                                             pressivo, cumpre, antes de tudo, m an ter
renda entre o consumo e os investimentos,
com pensando-se a renúncia da aquisição      relativamente estável o valor da moeda.
de bens e serviços com a perspectiva de      Cumpre-nos, ainda em favor da expressi-

lucratividade das economias. E a lucrati­
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