Page 11 - Telebrasil - Maio/Junho de 1963
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contra a Companhia Riograndense de necessário. Por outro lado, com a cres
Telecomunicações e a firma japonêsa cente inflação, o custo de instalação
que venceu a concorrência para insta de um nôvo telefone, antes orçado em
lação de aparelhos telefônicos em Pôr- oitenta mil cruzeiros, hoje beira a
to Alegre e outras cidades gaúchas, casa dos duzentos mil. É evidente que
sob a alegação de que o material te a Companhia Riograndense de Tele
lefônico a ser importado do Japão já comunicações não possui recursos fi
é fabricado no país. nanceiros para cobrir a diferença de
cento e vinte mil cruzeiros entre a
Segundo a notícia ontem colhida quota de cada assinante e o custo
pela reportagem dêste jornal, em fon atual de instalação do aparelho, isto
te categorizada, os representantes das porque a Companhia não dispõe de
fábricas mencionadas estariam exami numerário nem para fazer funcionar,
nando a questão, se já não o fizeram ainda que razoavelmente, o reduzido
antes, sendo desconhecidas, no entan número de telefones existentes em
to, as conclusões a que chegaram e, Pôrto Alegre. Assim, a conclusão ló
portanto, se o mandato será ou não gica que se impõe é a de que tão cedo
impetrado. Pôrto Alegre não terá um serviço te
lefônico à altura do seu progresso e,
De qualquer modo, porém, existe o ainda, se os pôrto-alegrenses quiserem
perigo de tão cedo não poderem os seu telefone auto-finanriável, terão
pôrto-alegrenses contar com novos que desembolsar mais de cem mil cru
aparelhos telefônicos, mesmo aqueles zeiros, além dos oitenta que já paga
que já pagaram ou estão pagando a ram ou estão pagando.
sua quota de oitenta mil cruzeiros
para a instalação de uma linha telefô Outra conclusão que se impõe é a
nica em seu escritório, indústria ou de que mais uma vez desmoraliza-se
moradia. Isto porque, se se concreti um serviço governamental, perante o
zar a notícia mencionada linhas aci público, descrente já das «miraculo
ma, a firma japonêsa que venceu a sas fórmulas salvadoras», representa
concorrência para a instalação de cer das pelas demagógicas encampações
ca de dez mil novos aparelhos telefô das emprêsas privadas. Recorda-se, a
nicos no Rio Grande do Sul, somente propósito, que quando foi encampada
poderá fazê-lo depois de passar a fa a antiga Companhia Telefônida Rio
bricar no Brasil o equipamento de que grandense, as autoridades governa
necessitará, pois há. realmente, várias mentais prometeram inúmeros telefo
fábricas no pais que já produzem a nes para dentro de um prazo curto.
quase totalidade do material telefônico
M EI.H O R DO Q IE SE E S P E R A V A A Ó R B IT A DO «T E L S T A R I I »
« J o r n a l d o C o m é r c io » R io do J a n e ir o . O do ll a io do IÍM*:l
O «T e ls la r I I » , o m ais nôvo sa télite TKASM ISSÒ ES
do com unicações dos Estados I nidos.
ostá girando em tôrno da T e rra numa A órbita m aior do «T e ls ta r I I » é
ó rb ita «m e lh o r do qno a quo so es uma van tagem , p o r isso qne p erm ite
p o r a v a » --- d e c la r o u a A d m in is tr a ç ã o tr a n s m is s õ e s m a is lo n g a s --- e x p lic o u
.Nacional do A eron áu tica o Espaço um p o rta -vo z da «A m e ric a n T e le-
(Ü A S A ). graph and Teleph on e C o .» (A T & T ),
firm a qne construiu o n ôvo sa télite,
A ó rb ita , m ais alta d o quo a qno bem com o o sen an tecessor, o «T e ls ta r
os cientistas esporavam ob ter, p erm i I» .
tirá no satélite tra n sm itir sinais de
rádio, telefone, televisão e teletip o T o d a via , isto criou alguns p ro b le
durante períodos m aiores do que os mas de com unicações nas p rim eira s
considerados possíveis. c ir c u n v o ln ç õ e s --- d is s e o p o r t a - v o z ,
acrescentando que «o s cálculos b a
seados na ó rb ita p la n eja d a fo ra m inu-