Page 16 - Telebrasil - Julho/Agosto de 1963
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diovideotelefone» portátil. Crê-se que              A exploração pratica de semelhan­
 os modelos para experiências estejam          te aparelho será importante. N a tu ra l­
 prontos em fins deste ano. Pesarão            mente dará lugar a diversos tipos de
 pouco mais de um quilo, e permitirão          manejo e emprego, nos serviços públi­
 a duas pessoas, muito afastadas uma           cos e no uso pessoal. A confirmação
 da outra, comunicarem-se e verem-se           cabe à indústria e aos consumidores.
 mediante um aparelho receptor e               Por enquanto a «operação videofòne»
 transmissor. Telefone e televisão, uni-       está em sua fase de experimentação.
 ram-se para nos dar um elemento
 de comunicação já idealizado pela fan­                                 Como é
 tasia de muitos escritores Além disso
 será um aparelho portátil, um «walk-               O engenheiro Beltrami calcula que
 -talkies», como chamam os norte-ame­         o receptor televisivo custará um pouco
 ricanos os telefones portáteis já em          mais que um bom radio — de 40 a 45
 uso, embora não sejam de bolso. Com          mil liras — e a instalação de uma es­
 o tempo, o tamanho se reduzirá a pe­         tação transmissora televisora poderia
 quena caixinha, como as dos rádios           ser realizada gastando a vigésima par­
 transistores e custarão relativamente         te do que se gasta atualmente com as
pouco.                                         técnicas vigentes.

      O elemento fundamental do nòvo                A base do aparelho é um tubo 'ca-
aparelho é representado por um disco,         todico — televisor, de dimensões re­
 um tambor que "ira e que tem um              duzidas, com uma tela de 10 x 8 cen­
«sulco» otico ou magnético ou ainda           tímetros, que funcionará como recep­
radieletrico, sulco este que condiciona­      tor e transmissor ao mesmo tempo,
rá o funcionamento dos circuitos ele­         alternando estas funções num espaço
trônicos vinculados.                          mínimo de tempo.

     Revolução nas telecomunicações                 Durante vinte miiésimos de segun­
                                              do receberá a imagem de quem está
      O engenheiro Beltrami, fundador e       num dos extremos do circuito e por
diretor do Instituto de Radiotecnica de       outros vinte milésimos transm itirá a
Milão — criado há 42 anos — crê que           imagem da pessoa do extremo con­
o aparelho revolucionará as telecomu­         trário.

nicações e que quando os telefones pu­             E ’ para os italianos um a glória ter
derem ser enriquecidos com o video,           entre seu povo alguém que se dedique
sem grande aumento de volume e pe­            em pesquisas como estas, sem se de­
so, assistiremos a muitas transforma­         sencorajar com o fato de que em ou­
ções nas relações da vida social.             tros países existem gigantes indus­
                                              triais e grandes laboratórios de pesqui­
                                              sas (A N S A ).

AM EAÇADA A I.YDÚSTIIIA V M IO .Y A L DE E q i lP A .M E .M O
                                           TELEFÔ.MCO

                                                          « O J o r n a l » ---- itio ------ «lo 20-7-0.*!

     O S r. Eiiricu llexende ( 1'DY-KS )      lelefóuieos. eoin todos os seus a«*es-
«lis«*orreu xóliri* a indiisirta nacional     sórios e peças a d q u i r i r a m <‘a|»a4‘i«Ia<le
do equipamentos telefônicos. Salien-          para suprir as iieeossi«la<los «lo m er-
<4Hi ({no. on» v irtu d o do medidas aecr-
fatlns «lo O ovõ rn o F ederal, foi Insti­    eado interno.
tu íd o o pós lo oui oxocuçào um plano            Depois d e d i z r r «juo e s s a |>«>lítiea
nacional dc proteção àquele ramo da
iiMlú.sfria b ra sile ira . Aeentiiou o ora­  de aiitosufioiênein eonsulta os inte­
d o r que. em consequência, as nossas         resses do desenvolvim ento só«*io-eeo-
fá b ric a s «le ap arelh o s e implementos   uômioo d o P a í s , <» S r . E n r i c o Keaseiade
                                              «leuiineioii o que eliamoii «le m a n o b r a
                                              que, se v ito rio s a , im|*li«*ai*á e m v e r -
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