Page 32 - Telebrasil - Agosto 1962
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mdo,* fica em condic2ões de dar vasao     dades de expansão e modernização
às solicitações gue lhe são feitas. Não   através dessa formula, rigorosamente
podendo dar atendimento aos novos         honesta, que transforma o usuário em
pedidos de telefones com os seus re­      acionista da entidade.
cursos próprios, porque já invertidos
nas instalações atuais, nem através            Itajubá acaba, pois, de dar um
dos resultados auferidos na aplicação     exemplo no qual Belo Horizonte de­
das tarifas, as empresas concessioná­     veria mirar-se, já que, até agora, não
rias de serviços públicos — hoje em       atentou para iguais exemplos de tan­
dia — estão solucionando suas dificul­    tas outras cidades mineiras».

T E LE F O N E S — UM A HISTÓRIA SIMPLES QUE D E V E FICAR
                                              REGISTRADA

       Publicou o «Diário da Noite» de     àquelas que sentadas horas e horas a       |
 São Paulo, em sua edição de 24 de          uma mesa telefônica, estabelecem co­
 junho último — dia das telefonistas       municações entre seres humanos em­
 — o seguinte:                             penhados, todos, na brutal batalha da
                                           sobrevivência.
       «Situada em uma das extremida­
 des de um fio de cobre de extensão va­         1881: P R IM E IR A C O M P A N H IA
 riável e imprevisível, ela comunica os            TELEFÔNICA NO BRASIL
 seres entre si. Estabelece contatos que
 permitem a transmissão do calor hu­             0 telefone irtventado por Grahan
 mano entre as criaturas e assiste ca­     Bell em 1880 começou a funcionar em
 lada às mais variadas manifestações       nosso país no ano de 1881 quando se
 de alegria ou dor. Com um simples         fundou no Rio de Janeiro a primeira
 gesto de mão, manejando as «pegas»        emprêsa telefônica. Em 1884 fundou-
 da mesa telefônica, ela coloca no con­    se a primeira companhia telefônica
 duto de cobre vozes aflitas umas, ou­     em São Paulo que passou a funcionar
 tras alegres, súplices algumas e ter­     com o nome de Cia. Telefônica B ra­
 nas outras. P o r sua mão um sêr hu­      sileira em 1923. Os primeiros operado­
 mano transmite a outro, muitas vezes      res de mesa telefônica eram homens,
a léguas e léguas de distância, um bra­    mas logo se verificou que as mulheres
 do, um apelo, um rogo, uma praga ou       eram muito mais indicadas para o
 uma prece. E ' a telefonista.             serviço, por serem mais dóceis e tran-
                                           qüilas.
         «D IA DA TELEFONISTA»
                                                Em 1880 já se falava pelo telefo­
      Transcorreu hoje o «D ia da Tele­    ne de São Paulo para Santos, através
fonista» em todo o país. Por que o dia     das linhas telegráficas da «S. Paulo
da Telefonista? Convenção. Ninguém        Railway». Contam os cronistas da épo­
sabe explicar porque o dia 29 de ju ­     ca que a instalação de um telefone
nho é o «D ia das Telefonistas». Uma      numa casa era um acontecimento na
explicação romantica foi fornecida ao     cidade.
repórter. Romantica e singela. E ’ a se­
guinte: Como São Paulo, cujo dia se             As famílias mais abastadas engala­
celebra a 29 de junho, é o Santo que      navam suas casas reunindo os seus
controla as relações entre o Céu e a      amigos para apresentar ao «grand
Terra, convencionou-se tomá-lo co­        monde» a maravilha do século. A apa­
mo inspirador da homenagem que em         ratosa instalação de um telefone nu­
todo o país se presta, no dia de hoje,    ma casa mais distante obrigava a em­
                                          prêsa telefônica a puxar um fio des­
                                          de a torre da estação telefônica, que
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