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do. O IEEE definiu métodos de geren AT&T, padronizada pela ISO, que é ção aos recursos ligados à rede, de
ciamento de rede (802.1) e de contro do tipo de topologia em estrela dota modo a criar um ambiente propício
le lógico de enlace ou LLC (802.2). da de um nó central de interligação, multi-máquina, a ser assim percebi
Padronizou também métodos de orga o que facilita mas ao mesmo tempo do pelo usuário.
nização e de acesso à rede tais como: limita a ligação de uma nova estação Para redes complexas (com interli
barramento com CSMA/CD* (802.3); à rede. O nó central precisa ser redun gação de diversas LANs e WANs),
passagem de permissão em anel (802.5); dante para não haver parada total do existe o padrão de gerenciamento
e em duplo anel (802.6) com utilização sistema em caso de sua pane catastró SNMP (simple network management
de fibra óptica e de tokens múltiplos. fica. protocol) para disciplinar o conjunto.
Wagner Luiz Zucchi, coordenador O funcionamento de uma rede lo Na área de protocolos de comunica
técnico da Brise, cita como virtudes cal depende não só do hardware com ção, destaca-se o TCP/IP (transmission
para uso da rede local sua elevada ve que é equipado mas principalmente control protocol/internet protocol) uti
locidade de transmissão de dados (10 de seu software. Para operar uma re lizado na rede do Dept0 de Defesa
e 100 Mbit/s comerciais e até 1 Gbit/s de local, um software apresenta co dos EUA, que possui também imple
experimental), a comunicação direta mo módulos básicos, de acordo com mentação para os ambientes Unix e
entre usuários, o custo da comunica informações divulgadas pelos departa DOS e é uma padronização defendi
ção e o fato do meio “ser de proprie mentos de engenharia da Sysnet Tele- da pelo Internet Activities Board —
dade privada dos usuários” e como li mática e da Engenharia de Sistemas IAB. Também existem os protocolos
mitações a topologia da rede que não de Comunicação — Sysnet, um siste Net Bios Protocol — NBP utilizado
deve ser muito complicada. As redes ma operacional multitarefa, que ope em ambiente IBM PC e compatíveis;
locais estão evoluindo no sentido da ra o próprio equipamento da estação o Internetwork Parket Exchange, da
utilização como meio de transmissão e seus periféricos; um sistema opera Novell; o Interworking Datagram Pro
desde pares trançados (blindados ou cional de rede (network operating tocol — IDP/XNX da Xerox; além
não) e cabos coaxiais, que confinaram system — NOS) para gerenciar a re das arquiteturas de comunicação Dec-
as redes a operar em torno de uma de; e protocolos de comunicação. Ca net da Digital e System Network Ar
centena de metros, para os padrões be aos NOS, que operam ao nível 7 ch iteture — SNA, da IBM. As tabelas
FDDI (fiber distríbution data interfa OSI/ISO, suportar a rede para a execu em anexo fornecem mais detalhes so
ce) para a distribuição de sinais por ção dos programas dos usuários, bem bre os diversos níveis do modelo OSI
fibra óptica, com o que se alcançam como alocar prioridades e dar prote- da ISO, utilizados em redes locais. QCF)
taxas de 25 Mbytes/s ou mais e distân
cias de até centenas de quilômetros 7 -----
(com fibra monomodo). 1 NIVEL O QUE ACONTECE COMO E FEITO
Tendências lig a ç ã o fís ic a e n tre o s n ó s de p a r tra n ç a d o , c a b o co a xia l, fib ra ó p tica levam
u m a rede; a ce sso ao m e io fís i o s in a l; m idia access unit (m au), transceivers,
Dados de setembro de 90 (Lan Tech físico c o e sin a liz a ç ã o fís ic a c o n e c to re s , in te rlig a m a estação à rede; há iso
la m e n to e lé tric o ; regeneração; am plificação
nology), divulgados por Wagner Zuc to
d o s in a l, d e p e n d e n d o d o tip o de rede.
chi, indicam tendência para a equipa
c o n tro le de a ce s s o ao m e io o rg a n iza çã o d e fila s de recepção e transm is
ração, nos próximos cinco anos, do
(mac); c o lis õ e s e vita d a s v ia c o n sã o em ca d a a p lic a ç ã o da estação; quebra da
uso das tecnologias de rede local do te n ç ã o ou in te rro g a ç ã o ; c o n tro m en sa ge m em p a co te s; ve rifica çã o e recupera
tipo de barramento e acesso CSMA/CD enlace le ló g ic o d o e n la ce (LLC ); ende çã o de e rro s ; e n d e re ça m e n to e xclu sivo do equi
de dados
— tal como a rede Ethernet, hoje do re ça m e n to é d o s n ó s d a rede. p a m e n to ; p o n te s (bridges) interconectam re
d e s e filtra m p a co te s p e lo endereçam ento.
minar t; — com as do tipo anel (token
ring) de acesso determinístico e com e s c o lh a d a m e lh o r ro ta para en o p e ra c o m p ro to c o lo s p ro p rie tá rio s para rede
v ia r in fo rm a ç ã o e n tre d o is p o n o u d o m o d e lo O S I; ro te a d o re s (comutadores)
forte emergência das redes de fibra
to s d a m a lh a d e co m u n ica çã o . in te lig e n te s fo rm a m redes geográficas; uso
óptica (FDDI). A rede Ethernet, ope rede d e hardware s o b fo rm a de placa conectada à
tra n s m is s ã o da m en sa ge m co m
ra a 10 Mbit/s em cabo coaxial, data recu p era ção de e rro s; m a n u te n e n tra d a p a d rã o d o m ic ro ; placas podem pro
dos anos 80 e resultou da cooperação ção de p a co te s p a ra o p e ra çã o c e s s a r software a té nível 4 do m odelo OSI,
entre as empresas Xerox, Intel e Digi transporte m u ltita re fa (ordem c e rta para p o ssu e m mau e te m saídas para transceivers.
tal e está se adaptando para o uso a p lic a ç ã o ce rta ), o p e ra çã o no
n ó co m d ive rsa s ta re fa s .
da fibra óptica. Na rede Ethernet, a
utilização de interfaces passivas co Representados acima os quatro prim eiros níveis do modelo de arquitetura universal OSI aplicados
mo meio de transmissão isola as esta à rede local. (Fonte: Sysnet/Engecom)
ções entre si, mas não há regeneração
do sinal, o que limita a distância má NIVEL O QUE ACONTECE COMO E FEITO
xima na rede a cerca de 500 m, sem
uso de repetidor e estes estãó limita d iá lo g o e n tre a p lic a ç õ e s d e d i o p e ra çã o d e n ív e is 5 a 7; uso de gateway (con
dos a um máximo de cinco. ve rsa s e s ta ç õ e s d a rede; m u lti- ju n to d e hardware e software) em ulam termi
A rede em anel com permissão de sessão p le xa çã o d e p ro g ra m a s u s u á rio s ; n a is e in te rlig a m PC s a grandes computado
c o n tro le de e rro s n o tra n s p o rte . res; s e rv id o re s de te rm in a is m ultiplexam ter
passagem (token ring), que conta com m in a is em lig a ç ã o m ic ro -main frame.
o apoio da IBM, utiliza interfaces ati
vas que regeneram o sinal mas é ne
cessário proteger a rede de alguma c o m p a tib iliz a fo rm a to d a s a p lic a v ia software; h á c ria ç ã o de d u to s temporários
p a ra tra n s fe rê n c ia de a rq u ivo s com adaptação
ç õ e s ; tra ta a e s ta ç ã o d e fo rm a
forma contra defeito em alguma esta apresen v irtu a l. d e fo rm a to s .
tação
ção que pode poluir o restante da re
de. Por outro lado, ela é eficiente, a p lic a ç ã o q u e o u s u á rio enxerga. v ia software a p lic a tiv o : in c lu i co rre io eletróni
c o , p ro to c o lo s X-400, em ulação de terminais,
mesmo em altos regimes de tráfego, tra n s fe rê n c ia d e a rq u ivo s; via software: geren
e o fato de ser em anel permite man aplicação c ia d o r d e re c u rs o s d a rede, que roda sob siste
ter a comunicação no caso de ocorrer m a o p e ra c io n a l m u ltita re fa d o m icro. __
apenas um corte no mesmo. Outra re Representados acima os trôs níveis superiores do modelo ISO, aplicados à rede local. (Fonte: Sysnet
de que ganha impulso é a StarLan.da Engecom)
30 Teíebrasü. MoiofJunho^