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Investimentos
Mais sobre listas
De acordo com o presidente da Editei,
a empresa tem investido 12 milhões de — O Brasil é hoje o único País do 68) previa que as listas telefônicas im
dólares e precisa, até com alguma urgên mundo que tem listas por ordem de pressas ou guias especializados seriam
cia, efetuar novos investimentos para se endereços, as quais são altamente defi dominados por sistemas eletrônicos
manter na vanguarda tecnológica da ativi citárias e oneram o preço dos anúncios. com acesso a banco de dados. Para
dade, ampliar sua capacidade produtiva A alta rotatividade das editoras no Gregoriano de Castro, a lista eletrôni
e, assim, poder fa2er frente aos constan mercado, situação que tem ocorrido ca no Brasil levará ainda uns 20 anos
tes crescimentos das redes telefônicas. “ A- no Brasil, nos últimos 15 anos, tem de para deslanchar, adiando assim as pre
lém dos investimentos, a Editei necessi sacreditado o negócio de listas, mes visões do articulista Augusto Mário
ta ter disponível US$ 1 milhão para finan mo quando comparado com outros pa Santana.
ciar suas operações”. íses do Hemisfério Sul — lamentou Sobre as listas do Rio, o presiden
Já Gregoriano de Castro disse que o in Ronaldo Pinheiro, da Editei. te da Listei receia que a situação atual
vestimento depende do porte da lista. "A Já Wanderley Gregoriano de Castro, ainda perdure por muito tempo, por
Listei deve ter investido até agora em tor da Listei, ressalta que, depois dos Esta que existem ações judiciais e recursos
no de US$ 40 milhões sem contar que a dos Unidos, o Brasil é o país que tem administrativos não decididos, e deplo
editora dispõe do parque gráfico da Abril, maior número de editoras de listas ofi rou que a Telerj esteja com suas listas
um dos maiores da América Latina”, enfa ciais (são seis), vindo a seguir a Alema desatualizadas até hoje. “Ela poderia
tizou. nha, Inglaterra, Bélgica, Áustria, Itá convocar os editores interessados, in
Roberto Ronaldo Pinheiro frisou que lia, Uruguai e México com uma edito cluindo-se aí, além das seis editoras
“o contrato de edição de listas é um con ra cada. “Na Argentina, ao que sabe existentes, outras interessadas: Fo
trato de alto risco para as editoras, pois mos, também tem uma única editora. lha de São Paulo, Jornal do Brasil,
elas assumem a responsabilidade total Na França, além da chamada lista ele Manchete, O Globo, e até a participa
de produzir e entregar as listas, mesmo trônica (videotexto) tem apenas uma ção de empresas estrangeiras, pois as
que, por razões econômicas do País ou editora“. sim terminaria de vez com as críticas
qualquer outro fato, o valor da publicida A propósito de lista eletrônica, a sobre cartéis”, enfatizou Gregoriano
de vendida seja insuficiente para cobrir Revista Telebrasil (M/J-81, págs. 64 a de Castro.
os custos
OESP:
No futuro, listas podem ser inviáveis
missões e nem haverá. “Pelo contrário,
estamos programando um aumento de
quadro em todas as áreas da editora”, afir
mou o diretor da Divisão de Catálogos.
Segundo Nuno de Souza, o Decreto
99.679/90 manteve o status quo de legisla
ções anteriores, enquanto a Portaria 29,
de 7/2/91, da Secretaria Nacional de Co
municações, aumentou a intervenção do
Estado, contrariando a expectativa das
editoras.
Nuno de Souza disse que o discurso
tem que ser posto em prática, liberalizan
do e desregulamentando de fato, para que
as editoras fluam no regime de mercado,
estabelecendo condições próprias e que
sejam respeitados os contratos entre as
A o que tudo indica, de todas as edito Estes esclarecimentos são do diretor editoras e anunciantes, “porque a estes
ras brasileiras de listas telefônicas, a da Divisão de Catálogos da OESP Gráfi cabem julgar se o negócio é bom ou mau
OESP Gráfica é a mais sólida financeira ca, Eduardo Nuno de Souza, ao afirmar e não à companhia telefônica”, acrescen
e economicamente. Primeiro, porque ela que a empresa não nasceu apenas para fa tando a seguir: “Segundo a Portaria 29/91
atende a capital paulista que possui mais zer listas, mas transmitir informações de a concessionária disporá, no edital de liei
de 1 milhão e meio de terminais, sob a um modo geral, seja via listas telefônicas, tação, as regras de comercialização. E is
responsabilidade da Telesp; e com uma via guias setoriais ou outros produtos im so eu entendi como determinação nos pre
tiragem de 1 milhão e 500 mil exempla pressos, ou eletrônicos, como é o caso da ços, vendas, forma e prazo de pagímen
res só da lista de classificados. Segundo, comercialização do banco de dados, que to. Isso é um intervencionismo que ja
a OESP não edita apenas listas telefôni hoje armazena quase 1 milhão de informa mais houve!”, exclamou o executivo.
cas. Ela imprime também guias setoriais, ções. "São atuaJmente 650 mil empresas A Telesp tem uma participação de 19%
mais conhecidos como guias do compra cadastradas e, até o final deste ano, nós na edição das listas telefônicas da OESP.
dor, com uma abrangência que inclui seto teremos cerca de 1 milhão de empresas percentual considerado ainda alto para
res da construção civil, metal/mecânica, em nosso banco de dados. E estamos fa Nuno de Souza. Ele acredita que a edito
eletroeletrônicos, alimentação, etc, além lando em informação comercial da for ração de listas é geométrica. “Se dobrar
de já ter em pauta 18 outros guias que se ma mais ampla, que chegam a ter, no mí a rede os custos de produção que hoje es
rão editados até fins de 93, e continuará nimo, 20 itens por empresa”, enfatizou o tão em USI 50 milhões vão para USS 200
investindo para ampliar essa linha de pro executivo. milhões, o que inviabilizará o negócio se
dutos. Na OESP, a recessão não trouxe de não segmentar os produtos.”
Telebrasil, MarJAbr
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