Page 4586 - Revista Telebrasil
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Investimentos

                                                                                                                                                                                                                       Mais sobre listas


                      De acordo com o presidente da Editei,


              a  empresa  tem  investido  12  milhões  de                                                                                                — O Brasil é hoje o único País do                                                                         68) previa que as listas telefônicas im­


              dólares e precisa, até com alguma urgên­                                                                                           mundo  que  tem  listas por ordem  de                                                                            pressas ou guias especializados seriam


              cia,  efetuar  novos  investimentos  para se                                                                                      endereços, as quais são altamente defi­                                                                           dominados  por  sistemas  eletrônicos


              manter na vanguarda tecnológica da ativi­                                                                                         citárias e oneram o preço dos anúncios.                                                                           com  acesso  a  banco  de  dados.  Para

              dade,  ampliar  sua  capacidade  produtiva                                                                                        A  alta  rotatividade  das  editoras  no                                                                           Gregoriano de Castro, a lista eletrôni


              e,  assim,  poder fa2er frente aos constan­                                                                                        mercado,  situação  que  tem  ocorrido                                                                           ca no Brasil levará ainda  uns 20 anos


               tes crescimentos das redes telefônicas. “ A-                                                                                      no Brasil, nos últimos 15 anos, tem de­                                                                          para deslanchar, adiando assim as pre­


               lém  dos  investimentos,  a  Editei  necessi­                                                                                     sacreditado  o  negócio  de  listas,  mes­                                                                        visões  do  articulista  Augusto  Mário


               ta ter disponível US$ 1 milhão para finan­                                                                                        mo quando comparado com outros pa­                                                                               Santana.

               ciar suas operações”.                                                                                                             íses  do  Hemisfério  Sul  —  lamentou                                                                                    Sobre as listas do Rio,  o presiden­


                       Já Gregoriano de Castro disse que o in­                                                                                   Ronaldo Pinheiro, da Editei.                                                                                      te da Listei receia que a situação atual


               vestimento depende do porte da lista. "A                                                                                                 Já Wanderley Gregoriano de Castro,                                                                         ainda perdure por muito  tempo,  por­


               Listei deve ter investido até agora em tor­                                                                                       da Listei, ressalta que, depois dos Esta­                                                                         que existem ações judiciais e recursos


               no  de US$ 40 milhões sem contar que  a                                                                                           dos  Unidos, o Brasil é o país que tem                                                                            administrativos não decididos, e deplo­


               editora dispõe do parque gráfico da Abril,                                                                                        maior número de editoras de listas ofi­                                                                           rou que a  Telerj esteja com suas listas

               um dos maiores da América Latina”, enfa­                                                                                          ciais (são seis), vindo a seguir a Alema­                                                                         desatualizadas até  hoje.  “Ela poderia


               tizou.                                                                                                                            nha,  Inglaterra,  Bélgica,  Áustria,  Itá­                                                                       convocar os  editores  interessados,  in­


                       Roberto  Ronaldo  Pinheiro  frisou  que                                                                                   lia,  Uruguai e México com uma edito­                                                                             cluindo-se  aí,  além  das  seis  editoras


               “o contrato de edição de listas é um con­                                                                                         ra  cada.  “Na Argentina,  ao  que sabe­                                                                          existentes,  outras  interessadas:  Fo­

               trato  de alto  risco  para  as editoras,  pois                                                                                   mos,  também  tem  uma  única editora.                                                                            lha  de  São  Paulo,  Jornal  do  Brasil,


               elas  assumem  a  responsabilidade  total                                                                                         Na França, além da chamada lista ele­                                                                             Manchete,  O Globo,  e até a participa­


               de  produzir  e  entregar  as  listas,  mesmo                                                                                     trônica  (videotexto)  tem  apenas  uma                                                                           ção de empresas estrangeiras, pois as­


               que,  por  razões  econômicas  do  País  ou                                                                                       editora“.                                                                                                         sim  terminaria de  vez com  as críticas


               qualquer outro fato, o valor da publicida­                                                                                                A  propósito  de  lista  eletrônica,  a                                                                   sobre  cartéis”,  enfatizou  Gregoriano


               de  vendida  seja  insuficiente  para  cobrir                                                                                     Revista  Telebrasil  (M/J-81,  págs.  64  a                                                                       de Castro.


               os custos














                                                                                                                                                                                 OESP:








                                                                                       No futuro, listas podem ser inviáveis

























                                                                                                                                                                                                                                                                    missões  e  nem  haverá.  “Pelo  contrário,


                                                                                                                                                                                                                                                                    estamos  programando  um  aumento  de


                                                                                                                                                                                                                                                                    quadro em todas as áreas da editora”, afir


                                                                                                                                                                                                                                                                    mou  o  diretor  da  Divisão  de  Catálogos.

                                                                                                                                                                                                                                                                    Segundo  Nuno  de  Souza,  o  Decreto


                                                                                                                                                                                                                                                                    99.679/90 manteve o status quo de legisla­


                                                                                                                                                                                                                                                                    ções  anteriores,  enquanto  a  Portaria  29,


                                                                                                                                                                                                                                                                    de  7/2/91,  da  Secretaria  Nacional  de  Co­


                                                                                                                                                                                                                                                                    municações,  aumentou  a  intervenção  do


                                                                                                                                                                                                                                                                    Estado,  contrariando  a  expectativa  das


                                                                                                                                                                                                                                                                    editoras.


                                                                                                                                                                                                                                                                             Nuno  de  Souza  disse  que  o  discurso


                                                                                                                                                                                                                                                                     tem que ser posto em prática, liberalizan­

                                                                                                                                                                                                                                                                     do e desregulamentando de fato, para que


                                                                                                                                                                                                                                                                    as editoras fluam no regime de mercado,


                                                                                                                                                                                                                                                                    estabelecendo  condições  próprias  e  que


                                                                                                                                                                                                                                                                    sejam  respeitados  os  contratos  entre  as


               A o que tudo indica, de todas as edito­                                                                                            Estes  esclarecimentos  são  do  diretor                                                                          editoras  e  anunciantes,  “porque  a  estes


                ras  brasileiras  de  listas  telefônicas,  a                                                                             da Divisão de Catálogos da OESP Gráfi­                                                                                    cabem julgar se o negócio é bom ou mau


               OESP Gráfica é a mais sólida financeira                                                                                    ca,  Eduardo  Nuno  de  Souza,  ao  afirmar                                                                               e não  à companhia  telefônica”,  acrescen


               e economicamente.  Primeiro,  porque ela                                                                                   que a empresa não nasceu apenas para fa­                                                                                   tando a seguir: “Segundo a Portaria 29/91


               atende a capital paulista que possui mais                                                                                  zer listas,  mas transmitir  informações de                                                                               a concessionária disporá, no edital de liei

               de  1  milhão  e  meio  de  terminais,  sob  a                                                                             um modo geral, seja via listas telefônicas,                                                                                tação, as regras de comercialização. E is


                responsabilidade  da  Telesp;  e  com  uma                                                                                via guias setoriais ou outros produtos im­                                                                                so eu entendi como determinação nos pre


               tiragem  de  1  milhão e  500  mil  exempla­                                                                               pressos, ou eletrônicos, como é o caso da                                                                                 ços,  vendas,  forma  e  prazo  de  pagímen


               res só  da  lista  de classificados.  Segundo,                                                                             comercialização  do  banco  de  dados,  que                                                                               to.  Isso  é  um  intervencionismo  que  ja


               a OESP  não edita apenas listas  telefôni­                                                                                 hoje armazena quase 1 milhão de informa­                                                                                   mais houve!”, exclamou o executivo.


               cas. Ela imprime também guias setoriais,                                                                                   ções.  "São  atuaJmente 650  mil  empresas                                                                                        A Telesp tem uma participação de 19%


                mais conhecidos como  guias  do  compra­                                                                                  cadastradas  e,  até  o  final  deste  ano,  nós                                                                          na edição das listas telefônicas da OESP.


               dor, com uma abrangência que inclui seto­                                                                                  teremos  cerca  de  1  milhão  de  empresas                                                                               percentual  considerado  ainda  alto  para

                res  da  construção  civil,  metal/mecânica,                                                                              em  nosso  banco  de  dados.  E estamos  fa­                                                                              Nuno de Souza. Ele acredita que a edito­


               eletroeletrônicos,  alimentação,  etc,  além                                                                               lando  em  informação  comercial  da  for­                                                                                ração  de  listas é  geométrica.  “Se  dobrar


               de já ter em pauta 18 outros guias que se­                                                                                 ma mais ampla, que chegam a ter, no mí­                                                                                   a rede os custos de produção que hoje es­


                rão  editados até  fins de  93,  e continuará                                                                             nimo,  20  itens por empresa”, enfatizou  o                                                                               tão em USI 50 milhões vão para USS 200


                investindo para ampliar essa linha de pro­                                                                                executivo.                                                                                                                milhões,  o que  inviabilizará o  negócio se


               dutos.                                                                                                                              Na  OESP,  a recessão  não  trouxe  de­                                                                          não segmentar os produtos.”





                                                                                                                                                                                                                                                                                                                               Telebrasil,  MarJAbr
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