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N C E d a
U F R J
Júlio Salek(E)
com a máquina
i r r a d i a Arco-512.
t e c n o l o g i a
presso. O segredo reside na utilização
ma das preocupações do Núcleo
Ü da máquina Arco-512, com dois bar- dor de aplicações para pequena e mé
dia empresa que dispensa a progra
de Computação Eletrônica-NCE,
mação e permite desenvolver um pro
ramentos em paralelo, suplantando a
da Universidade Federal do Rio
maneira tradicional de rodar progra
de Janeiro-UFRJ, tem sido ex
Outros projetos fizeram parte da
trapolar os limites de um bureau de mas em um computador seqüencial. grama em horas ao invés de dias.
serviços universitário para ser um pó A bolsista do CNpQ, Rosana, de Expotec, muitos deles refletindo a bu
lo irradiador de tecnologia. monstrou o Hiper Base desenvolvido rocracia informatizada de uma gran
Dirigido pelo cientista Júlio Salek sob coordenação de Marcos Borges de Universidade, como o Multiplus
Aude, o Núcleo vem há um quarto que representa o sonho de todo ge (rede multiprocessada); o SAM (ad
de Século formando gente, desenvol rente de de pessoal. O sistema, via ministração de materiais); o SMM (mo
vendo projetos e interagindo com a base de dados, fornece um texto inte vimentação de materiais em micro
indústria na área da informática. Ho rativo — em organização não-linear computador); o Sira (registro acadê
je, no NCE são 175 profissionais de ou hipertexto —, acrescido de uma mico de alunos); o SC (sistema de
nível superior, incluindo 44 mestres e fotografia do empregado, previamen concurso, inclusive vestibular); o Vi
17 doutores, todos determinados em te armazenada no computador. são (consultas sobre a UFRJ); o SID
demonstrar na prática que a Univer Ao fundo da mostra uma tela de (atividades acadêmicas); o PCP (ca
sidade também gera tecnologia. vídeo mostrou uma seqücncia de “ e- dastro de pessoal); o B1B (periódicos
0 NCE promoveu no campus da feitos especiais” e outra com desenho e bibliografia); e o Secom (trâmite de
UFRJ, na Ilha do Fundão, a I Expo- animado, feita por computação grá processos na UFRJ).
tec, “ uma feira destinada a divulgar fica. O Visualidata, de Maurício Bon Na entrada da Expotec foram mos
projetos da instituição a serviço da fim, que roda em workstation, facili tradas algumas “ relíquias” , antigos
sociedade” . Paralelamente, um ciclo ta a apresentação de dados, gráficos equipamentos de informática, como
de palestras destacou o papel das Uni e histogramas. A equipe de José An uma perfuradora de cartões IBM, uma
versidades no desenvolvimento da in tônio Borges desenvolveu o Compu.3D leitora da Digital e um disco rígido
formática no País. ou Animal (d e “Animaiion Langua- de 18 Mbytes — da altura de uma
ge”), que permite a visualização tri pessoa adulta — formando o coração
Expotec dimensional de objetos animados e de um computador Burroughs (hoje
roda cm microcomputador; e o Unysis), que serviu ao NCE de 1973
Durante a Expotec foram apresen NCE3D, que dá o posicionamento do a 1985.
tados 19 projetos — muitos deles com observador e tem hierarquia de movi Também puderam ser reverencia
potencial econômico — desenvolvidos mentos, operando em Turbo Pascal. dos gloriosos protótipos de máquinas
no NCE por equipes mistas de esta Utilizando o Ray Shade, um soft desenvolvidas pela UFRJ — refletin
giários, professores e pesquisadores. ware de domínio público, da Univer do um período da informática brasi
O Controlab, de Eliana Prado L. Au sidade de Princeton — obtido via re leira —, como o primeiro projeto de
de, é um sistema informatizado para de universitária Internet — a bolsista hardware do NCE, um processador
controle de robôs, braços mecânicos Sat Sumy, com formação em Belas de ponto flutuante (1973), que che
e processos industriais. Artes, fez a animação em vídeo do gou a ser fabricado pela Microlab com
Acoplado ao Controlab, um braço Misha, o urso símbolo da Olimpíada apoio do BNDE; o terminal inteli
Seara, com 5 graus de liberdade, lo de Moscou. O próximo passo do gru gente (1974/76), representando o pri
calizava, selecionava e pegava deter po de computação gráfica, segundo meiro computador de 8 bits integral-
minado objeto, dentre outros, colo Moacyr de Paula, do NCE, será a mente desenvolvido no País; o testa-
cados sobre uma mesa, literalmente obtenção de sombreado e de melho dor de circuitos integrados (1975); o
“ enxergando” onde ele se encontra ria na velocidade da obtenção de vi plotter de mesa (1981); a rede em anel
va. A precisão do' processo vai ser nhetas com computador, algo que po (1981); e o computador Pegasus 32X.
levada a 0,1 mm (hoje é de l O m m ) de levar dias para ser obtido. Nas palavras de Júlio Salek, a mos
utilizando para isso um acelerador de Paulo Quatro, do NCE, que tra tra demonstrou que “ é absolutamen
processamento em desenvolvimento no balhou anos na programação de sis te viável o desenvolvimento tecnoló
próprio NCE. temas para informatizar as atividades gico autônomo no País que, quando
Júlio Salek desenvolveu o sistema da UFRJ, usou sua experiência para materializado, reforça o respeito à sua
Arco, que projeta cem vezes mais rá desenvolver o Lance, hoje um produ soberania” .
pido o melhor caminho das interliga to comercial vendido por US$573.00 U.C.F.)
ções em uma placa para circuito im pela Kogumelo. O Lance é um gera