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as não foi só na exploração de
satélites para comunicações
Mque o País se distinguiu. Um
dos pontos focais do esforço espacial
brasileiro se concentrou no Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais-
INPE, surgido em 3 de agosto de
1961, no governo Jânio Quadros, com
o nome de Grupo de Organização da
Comissão Nacional de Atividades
Espaciais-CNAE, nome que manteve
até 1971. O INPE que tem a sua sede
em São José dos Campos (SP), hoje
possui instalações localizadas em
Fortaleza (Ce), Natal (Rn) e em
Cachoeira Paulista (SP).
Apenas alguns poucos países, Brasil, porém, só veria seu satélite
como EUA, Rússia, França, China e próprio no céu, quatorze anos depois
Japão desenvolveram sistemas de (em 09.02.1993). O SCD-1, um
foguetes e de satélites colocando uma artefato pesando 150 kg. foi lançado
| carga útil, em órbita. Desde 1978. o de uma Fortaleza Voadora B-52 adap
País persegue o ambicioso projeto da tada e alcançou uma órbita de 750 km. tema brasileiro de satélites científicos
Missão Espacial Completa Brasileira O fato, ainda que modesto, represen ECO-8. Será oito satélites, colocados
MECB, destinada a desenvolver arte tou uma vitória para a equipe do em órbita inclinada, de modo a cobrir
tatos e lança los ao redor do planeta Instituto Nacional de Pesquisas a maior parte dos territórios da
O projeto compreende o segmento es Espaciais. Estabilizado em dois eixos, América do Sul, da Á frica e da
pacial, o segmento terrestre e o labo por rotação, o SCD-1. com vida Austrália, situados numa faixa entre
ratório de integração e teste 1.11 planejada para seis meses no espaço, mais e menos 20° graus de latitude.
A parte do desenvolvimento do poderá, segundo um especialista, Os artefatos do ECO-8 serão dotados
veículo lançador de satélites VI.S e durar ainda lrés anos, visto que seu de comando e telemetria, transponders
do centro lançadoi dc Alcântara ( EA, spin inicial dc 300 rpm decresce a um de Ireqiiência fixa, bem como de uma
ficou a cargo do Ministério da acro ritmo menor que o inicialmente pre câm era voltada para o exame da
náutica, que encontrou dificuldades visto. terra.
geopolílicas na importação de certos
j ínsumos essenciais, como sistemas ma medula, de maior alcance a os CBERS (China-Brasil Earth
VES A base brasileira dc lançamen U para u comunidade espacial
t inerciais de navegação para equipai os Resources Satellites-CBERS, são
brasileira, foi a construção d o J fruto de uma acordo operacional
; tos, em São Pedro de Alcântara, no I aboratóiio dc Integração c leste sino brasileiro, firmado em 1988, para
: Maranhão, dentre outras missões, esta Eli. de 1984 a 1986, uma instituição lançamento de dois satélites de senso
sendo utilizada conjuntamenie com os estratégica onde trabalham 21 enge riamento remoto, utilizando o foguete
EUA para lançai M) foguetes para nheiros e cientistas especializados, chinês “Longa Marcha”. Cada artefato
estudo da ionosfera, num projeto que que foram treinados no exterior. Só de 1.4 toneladas, colocado em órbita
envolve 50 cientistas e 300 técnicos existem, no mundo. 30 centros espe de 778 km, permitirá observar objetos
de ambos países A posição da base de ciali/ados de mesma categoria do EIT. no solo com dimensões de até 2()m, na
Alcântara, tal corno a da base france Situado no polo tecnológico aeroespa região visível, e de até 8()m, na região
sa. em Kouroii (Cif), por sua proximi cial de São José dos Campos, o El i do infravermelho. Os centros de cont
dade do Equador, favorecem o lança possui um conjunto integrado de labo role da missão espacial, de processa
) mento de artefatos para orbitar a terra. ratórios especializados, salas limpas mento da imagem e as estações de ras-
de contam inação e equipam entos treio e controle dos CBERS ficarão
planejam ento dos prim eiros
especiais apropriados para desen
repartidos, igualmente, em território
O desenvolver duas volver e testar satélites. chinês e brasileiro e as imagens obti
artefatos espaciais brasileiros
visou
O EIT está sendo utilizado para de
[ famílias de satélites de pequeno porte. senvolver os artefatos espaciais brasi das ficarão à disposição do público.
O EIT está testando em suas facili
Uma série, com dois artefatos SCI) I leiros da série SCD e SSR; dos satéli dades, em São José dos Campos, o
e 2, foi voltada para a monitoração tes sino-brasileiros, da série CBERS; satélite científico argentino, SAC-B,
ambiental. O SCD capta sinais envia bem como para testar os satélites do dc 180 kg, com estabilização em três
dos de bóias c sensores no solo e mésticos de segunda geração, Bra eixos, desenvolvido pela NASA, a ser
depois de memorizá-los a bordo os s iIsat BI c B2; e o satélite científico colocado em órbita de 550 km por um
I retransmitem posteriormente para a argentino SAC-B. foguete norte-americano, Pegasus. E
terra Já a série de sensoriam ento Motivado pelo sucesso do SCD-1, foi graças ao EIT, que os satélites do
remoto, SSRI e 2, é equipada com o EIT já está montando o SCD-2, que mésticos Brasilsat BI e B2 foram tes
câmeras CCD ( harged Couplccl irá testar um controle atitudinal do tados em São José dos Campos, no
Devices para obter imagens capazes artefato, utilizando a tecnologia de Brasil, e não mais no exterior, como
i de distinguir objetos de até 250 m, no rodas de reação. A série de satélites sucedeu com os artefatos de primeira
solo. para sensoriamento remoto SSR virá geração Brasilsat Al e A2 que foram
Em 1979, com a ajuda da França, equipada de controle de atitude, bem testados no Canadá. Tudo isto consti
I nascia o projeto para a produção de como de painéis solares que se abrirão tuindo mais um pequeno passo na
um satélite brasileiro de 250 kg () no espaço e serão precursores do sis direção correta.