Page 11396 - Revista Telebrasil
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ALGUNS ASPECTOS O satélite em si é menos vulne alguns ângulos do problema de
rável a um ataque físico, *mas isso comunicações que facilitam o pro
uma faixa de freqüências muito
maior e sua eficiência será dimi de maneira alguma significa que blema militar. O mais importante
nuída. Por outro lado, o receptor ele é imune a ta! perigo. Depen é que o sistema deve ser proje
da mensagem, estando de posse dendo dos objetivos e da deter tado para trabalhar com uma am
da chave do método seguido no minação do inimigo, mesmo o pla variedade de estações terre
espalhamento do espectro pelo próprio satélite pode ser destruí nas.
transmissor da mensagem, pode do ou inutilizado. Isso, é bem
filtrá-la e recuperar o sinal men verdade, é uma tarefa altamente Uma das melhores maneiras é não
sagem mesmo na presença de custosa, mas, todavia, perfeita divulgar o local da estação, pelo
uma potência de ruído muito mente dentro das possibilidades menos até ela começar a trans
grande. Essas são as chamadas técnicas atuais. Basta pensar-se mitir. Isto implica em estações
“Técnicas de Extração de Sinais que o satélite constitui um alvo pequenas e estações móveis. Um
Imersos em Ruído”. fixo e possantes lasers já existem conjunto de estações fixas podem
em operação. Há também outras operar intermitentemente, sendo
Observa-se, de novo, que não é maneiras. conjugadas e complementadas
somente o transponder que deve pelas móveis. A localização des
ser projetado para este tipo de A solução prática para essa situa sas estações fica assim bastante
operação, mas também o equipa ção é a de, pelo menos, fazer-se difícil. Um sistema militar bom
mento das estações terrenas.
o satélite difícil de ser destruído deve ser capaz de operar com es
A questão de segurança preside fisicamente, e altamente impro tações desde as de grande porte
os aspectos da comunicação mi vável de ser destruído acidental (antenas de 30 metros de diâme
litar singular por satélite. Assim, mente, restando ao inimigo so tro), passando por estações mó
o satélite não somente deve ser mente a opção de gastar um con veis, transportáveis em veículos
protegido contra inundação por siderável esforço para eliminar os militares pequenos, até mesmo es
ruído, como também contra pos satélites um a um. tações cujas antenas podem ser
síveis ameaças físicas. O maior carregadas por um soldado a pé
problema contudo — e bastante Isto não é considerado pelos pe (tipo moçhila).
óbvio — são as ameaças físicas ritos um problema tão sério como
às estações terrenas. Elas devem o de proteger as estações terre Essas necessidades definem um
ser projetadas de forma a serem nas contra ataques físicos. Este conjunto bem difícil de requeri
completamente protegidas nos ca último, é realmente mais um pro mentos no projeto do satélite, os
sos de guerra ou de insurreição blema de engenharia militar do quais devem ser considerados
doméstica. que de comunicações. Há, porém, desde o início do projeto.
Brasil reúne 300 delegados da CITEL e faz Exposição
Países-membros da OEA participaram no
Rio, na segunda quinzena de novembro,
da II Conferência Interamericana de Te
lecomunicações, organizada pela Embra-
tel e que contou com a presença de
23 delegações e quase 300 representan
tes. Segundo Haroldo Corrêa de Mattos,
presidente da Embratel, essa foi a "pri
meira tentativa conjunta de nosso País
para sensibilizar o mercado latino-ame
ricano, servido exclusivamente pelos for
necedores europeus, americanos e japo
neses” .
A II CITEL teve como principais objetivos
a avaliação dos diversos projetos para
implantação da Rede Interamericana de
Telecomunicações, a elaboração de pro
jetos multinacionais para fabricação de
equipamentos, abertura do Escritório ln-
teramericano do Livro de Telecomuni
cações, treinamento e pesquisas no se
tor e política regional de radiodifusão.
Foram aiscutidos também acoraos bila
terais para fixação de faixas de fre
quência em qve cada país operará seus
serviços de comunicação e ainda regu
lamentos para as telecomunicações ma
rítimas, aeronáuticas e meteorológicas.