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, ei'às-t julho. Agosto 7 7
) nível de investimento necessário,
pvidentemente, varia segundo o país.
Estatísticas recentemente promovidas
neta União Internacional de Teleco­
municações (UIT), englobando 44
taçòes distribuídas pelos vários con­
tinentes, revelam que, em 1973, 12
delas investiram em telecomunicações
parcelas superiores a 1 % dos respec­
tivos Produtos Internos Brutos (PIB);
para outras 2 0 , o comprometimento
situou-se entre 0,4 e 1% do PIB e
somente 1 2 aplicaram menos do que
0,4%.
Embora a conclusão não seja taxativa,
pode-se estimar que:
- países em desenvolvimento, com
baixa densidade telefônica, devem
aplicar anualmente quantia substan­
cialmente superior a 0,5% de seu
Produto Interno Bruto (PIB),
pretenderem desenvolver os sistemas
de telecomunicações em harmonia
cornos demais setores de sua infra-es­
trutura;
- paises com alta densidade tele­
fônica devem, permanentemente, des­
tinar às telecomunicações razoável
parcela de seu PIB, a fim de assegurar
sua continuada expansão e moder­
nização da rede existente.
0 Brasil, no último decênio, figura en­
tre os países que vêm dedicando ao
desenvolvimento de suas te le co ­
municações investimentos capazes de
soerguê-las do total abandono a que
foram relegadas até 1965, apresentan­
do o seguinte comportamento no
quadriénio 1972/1975:
Investimento
em Telecomunicações
% do PIB
1972 1973
\ Brasil 2,26 2,50
Apesar de investir a altas taxas do PIB,
o Brasil ainda ocupa uma das menores
densidades de telefones para o seu PIB
per capita, conforme mostraremos
adiante.
II - Panorama atual
As telecomunicações modernas nas­
ceram no período da revolução indus­
trial e, ainda que em alguns casos não
fossem inicialmente rentáveis, sua im­
portância cresceu constante e es­
petacularmente com o advento do
telefone, dos progressos da tecnologia
e dos meios para transmissão rápida de
informações.
3
Por causa das grandes inversões Ao se iniciar o ano de 1976 havia 379,6
necessárias e da possibilidade rela­ milhões de telefones instalados no
tivamente limitada de aplicar tarifas mundo, o que representa um acrés­
realistas aos serviços de telecomu­ cimo de 94,6% na última década e de
nicações, considerava-se-os, quase até cerca de 530% neste terceiro quarto de
a primeira metade do século XX, sim­ século.
plesmente como uma inversão básica,
típica de serviço público, isto è, de ren­ As tabelas 2 e 3 e a figura 5, detalharão
dimento financeiro pouco atraeqte, estes dados.
embora de utilidade e importância
Não é, certamente, por acaso, que nos
reconhecidas para a economia e ab­
países industrializados as telecomu­
solutamente indispensáveis à defesa
nicações atingiram sua maior expan­
nacional, em casos de emergência ou
são. Por um lado, elas constituem in­
calamidade pública.
dispensável suporte às atividades de
O período atual da revolução técnico-
uma economia industrializada e diver
científica com seus surpreendentes
sificada, onde a efetiva realização dos
avanços tecnológicos e métodos mais negócios está vinculada a permanente
precisos de planificação e gestão dos
projetos de crescimento econômico, intercâmbio de informações entre os
abriu novos horizontes para as tele­ parceiros envolvidos. De outra parte,
comunicações que se vêm tornando, um avançado estágio de desenvol­
se cada vez mais, um instrumento das vimento assegura base econômica
modificações econômicas e sociais, para o crescimento das telecomuni­
além de ser elemento fundamental nos cações em termos de recursos hu;
processos técnicos e organizacionais. manos e de capital, know how tec­
Elas aumentam a eficácia da adminis­ nológico e demanda.
tração e o rendimento da produção e Lamentavelmente em muitos países o
contribuem para lograr melhores resul­ panorama é exatamente o oposto:
tados ao dar acesso às realizações a deficiência das telecomunicações
mais recentes, por meio da pronta contém o desenvolvimento industrial;
transmissão e utilização da infor­
mação. num parque industrial contido há
escassez de capital e de estímulos à
Modernamente, as telecomunicações
formação de mão-de-obra especia­
já estão sendo tratadas sob um en­
lizada o que, por sua vez, inibe a ex­
foque "ativista", penetrando muito
pansão das telecomunicações.
além da sua missão tradicional de ser­
viço público, que simplesmente acom­ Há, muitas vezes, em diversas nações,
panha as tendências do mercado, grande demanda insatisfeita pelos ser­
suprindo a demanda. Esse propósito viços de telecomunicações, sintoma
ativista procura associar a teleco­ certo de que eles não acompanharam,
municação ao mais largo acesso à na justa medida, a evolução industrial.
educação, aos serviços sociais, à liber­ Na maioria desses casos o planeja­
dade de localização (utilizando os mento nacional atribuiu maior prio­
modernos conceitos de "escritório ridade a outros setores.
eletrônico") e à economia de energia e
1974 1975
de transportes. E extremamente difícil, se não impos­
2,63 3,28
Destarte, as telecomunicações estão sível, quantificar as consequências de
se convertendo em um dos principais uma tal opção. A experiência mostra,
fatores para a aceleração da economia entretanto, que os países que ado­
de um país e, no plano internacional, taram esta linha cedo ou tarde vèem-se
além de contribuir para melhor enten­ compelidos a reformular sua posição,
dimento e aproximação entre os como aconteceu na França, que re­
povos, fomentam o turismo e cons­ centemente transformou o desenvol
tituem importante suporte para as vimento das telecomunicações em
transações comerciais. "prioridade nacional número um",
após haver, durante 2 0 anos, relegado
As figuras 1, 2, 3 e 4, sintetizam os o setor a segundo plano.
comentários precedentes.
Convém também observar o compor­
Por essas razões, as telecomunica­ tamento dos outros dois insumos -
ções, que em vários países crescem em energia e transporte que, juntamente
ritmo mais rápido do que o produto com as telecomunicações, formam o
nacional, vêm experimentando expan­ tripé indispensável ao desenvolvimen­
são sem precedentes. to econômico de uma nação.