Page 10707 - Revista Telebrasil

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Econom ia e Telecom unicações
A multiplicidade dos sistemas existen­
tes é uma fonte de sérias preocupações
para os responsáveis pelas telecomuni­
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cações, colocando-os frente a difíceis
decisões que podem algumas vezes re­
sultar em decisões governamentais. Na
realidade, assistimos ao nascimento de
um novo ramo da ciência da economia,
praticamente autônomo: “ A Economia
de Telecomunicações” .
A U.I.T. (União Internacional de Teleco­
municações) foi pioneira neste campo.
No CCITT — o seu Comitê Consultivo In­
ternacional para Telegrafia e Telefonia
— um Grupo Especial de Estudo, inteira­
mente dedicado à pesquisa macroeco­
nômica em telecomunicações a nível de
países, está em atividade desde 1964.
Entre suas conclusões podemos encon­
trar:
a) a correlação, hoje bem determinada,
entre a densidade de telefones (número
de telefones por 100 habitantes) e o pro­
duto nacional bruto por habitante;
b) o “ fator de utilização” , importante
parâmetro que relaciona o número de te­
lefones a USS 100.000.00 do produto na­
cional bruto e que tem sido largamente
aplicado em estudos de financiamentos
internacionais para a Asia:
c) dois dados básicos: o investimento
médio necessário por terminal telefôni­
co na rede. atualmente estimado em
US$ 1.500,00, e
d) o investimento médio necessário pa­
ra ter um terminal telex numa rede na­
cional, que é da ordem de US$ 3.000,00.
Outro Importante resultado do trabalho
do CCITT em economia de telecomuni­
cações foi a decisão de que a U.I.T. de­
veria publicar um “ Anuário de Estatísti­
cas sobre Telecomunicações".
O estudo apresentou uma lei, conhecida
como “ Lei de Huntley” , que define uma
relação fundamental existente entre:
IBRAPE — Cinescópios a Cores
Com investimentos de 430 milhões de
cruzeiros em suas fábricas de Capuava
(vidros) e São José dos Campos (ci-
nescópíos), a Ibrape — Indústria Brasi­
leira de Produtos Eletrônicos e Elétricos
iniciou e execução de seu projeto recém
aprovado pelo CDI — Conselho de De­
senvolvimento Industrial, para a am pli­
ação de sua capacidade de produçáb'
de 250.000 para 550.000 cinescópios a
cores por ano e para a fabricação de
painéis de vidro. Além disso, o índice de
nacionalização dos cinescópios a cores
fabricados pela empresa passará para
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— O capital investido em equipamentos
de telecomunicações, e
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— a receita anual da empresa qperadora
de uma rede de telecomunicações.
A relação é da ordem de 3/1 e está con­
firmada pela análise estatística dos ba­
lanços de um grande número de países.
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A “ Lei Huntley", que é corroborada por
uma análise dos dados do Anuário Es­
tatístico da U.I.T., é uma lei fundamental
que ilustra a vasta diferença de estrutu­
ra que existe entre os empreendimentos
do telecomunicações e os empreendi­
mentos industriais
usuais.
A situação no caso da indústria e do co­
mércio tende a ser o oposto, já que o ati­
vo fixo é, usualmente, menor do que 1/3
do montante em giro atualmente.
Em outras palavras, o ativo fixo de uma
empresa operadora de tolecomunl-
caçõos ó aproximadamente dez vezos
maior do quo aquele de um empreendi­
mento comum.
ê também interessante notar que, de
acordo com o Anuário, o serviço telefôni­
co gera a maior parcela da receita anual
dos empreendimentos de telecomuni­
cações: cerca de 95%.
Usando-se a “ Lei Huntley" e simples
aritmética, dois números altamente
significativos, para o ano de 1978, po­
dem ser obtidos dos dados referentes à
receita anual e à taxa de crescimento
das empresas de telecomunicações:
1) A receita anual das empresas (gover­
namentais ou privadas) que operam re­
des de telecomunicações é da ordem
de 90 bilhões de dólares.
2) Essas empresas têm que investir,
anualmente, cerca de 30 bilhões de
dólares em equipamentos de telecomu­
nicações.
87%, já em fins de 1979, proporcionando
ao país uma economia de divisas da or­
dem de 23 milhões de dólares por ano,
com a substituição de importações de
cinescópios acabados (cerca de 500.000
unidades, em 1978) e de suas partes e
peças.
O projeto prevê também a substituição
gradativa dos cinescópios atualmente
produzidos, com canhões "em delta",
por outros, com canhões “ em linha",
acompanhando a tendência mundial
nesse setor*
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NEC, Telefonia e
\
Correios
? A NEC do Brasil Eletrônica e Comuni­
, • ^ I cações Ltda. forneceu duas centrais
NC—230 de 1.000 Terminais iada, para
a TELAMAZON e uma para a TELE-
BRASILIA. O equipamento é dos mais
modernos fabricados no Brasil, tendo
um índice de nacionalização superior a
* 90%. v • _ , ^ . ,
i
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. i Centenas de centrais desse tipo já estão
em operação no País o que prova a efi­
ciência dos aparelhos. A própria TELE-
BRASÍLIA mantém em funcionamento 5
delas, desde 1974.0 acontecimento é de
grande importância para a NEC do Bra­
ou comerciais sil que mais uma vez dá mostras de seu
desenvolvimento tecnológico e marca
sua presença no Norte do País.
• A Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos inaugurou em Brasília, o 1?
Sistema de Processamento Automático
de Cartas do Brasil.
A NEC participa assim da nova era no
processamento de cartas, contribuindo,
uma vez mais, para Integrar e desenvol­
ver as comunicações de nosso pais.
Sistem as de
Com putação S.A.
A Companhia Docas de Santos se asso­
ciou com a Apoio Serviços e Sistemas
de Informática Ltda, empresa há oito
anos nas áreas de desenvolvimento de
sistemas e comercialização de "packa-
ges" de aplicação (sistemas de apli­
cação). Desta associação surge a Siste­
mas de Computação S.A., cuja direto­
ria está assim constituída:
Diretor-Presidente; Júlio de Moraes Cou*
tlnho
Diretor-Técnico: Ronaido Nogueira
Diretor-Comercial; Benito Diaz Paret
Diretor responsável pela Engenharia de
Sistemas; Miguel Leitão Mendes.
Cinescópios a cores em fase de acaba-
mento, na fábrica da ibrape em São José
dos Campos (SP).