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MAURO SOARES DE ASSIS
Engenheiro de Telecomunicações pela
PUC/RJ (1964). Mestre em Ciências de En
genharia Elétrica pela mesma Universidade
em 1966, onde trabalha, desde esta data, no
Centro de Estudos de Telecomunicações,
exercendo a função de diretor. Leciona sobre
Propagação Troposférica e Sistemas de
T elecomunlcações.
1. Introdução matemático para representar a cé e p com a altura para regiões tropi
lula de chuva, além do conheci cais e equatoriais 15].Observa-se
A propagação em frequências su mento da variação horizontal, re nesta figura um decréscimo de
periores a 10GHz depende funda quer uma estimativa do comporta 1 dB/km no fator de refletividade
mentalmente das condições me mento da precipitação com a altura, até a altura de 11 km. A partir deste
teorológicas na região do enlace. ou seja, ao longo da vertical. Con limite o decréscimo passa a 10
A atenuação causada por hidrome- . forme comentado anteriormente, dB/km
teoros (chuvas, nuvens, etc.) cons para a variação horizontal será
titui séria limitação no desempenho adotado o modelo cilíndrico de
dos sistemas de telecomunicações Misme e Fimbel (2). Resta então de
que operam nestas frequências. Em finir um chtério para fixar a altura
regiões de climas tropical e equa da célula e, assim, caracterizar a
torial, como é o caso do Brasil, o variação vertical.
problema mais importante se rela
ciona ao efeito da precipitação plu- As medidas da variação da precipi
viométrica. Considerando a impos tação com a altura são feitas usual
sibilidade de representar rigorosa mente com o auxílio de radares
mente a distribuição da chuva ao meteorológicos l3'4). O parâmetro
longo de determinado percurso, medido é o fator de refletividade
torna-se necessário desenvolver Z (mm6/m3) que se liga à precipita
modelos matemáticos que permi ção p (mm/h) através de
tam avaliar a atenuação sofrida pe z = apb (1)
lo sinal em propagação. O cálculo
da atenuação em ligações terres onoe a e b dependem do tipo de
tres foi analisado recentemente por chuva, sendo praticamente impos
Assis e Einloft Hl, utilizando o mo sível estabelecer uma relação uni
delo de célula de chuva proposto versal. Os valores adotados pelo
por Misme e Fimbel Í2J. Através de CCIRÍ5] são os seguintes:
uma extensão a este modelo, pre
tende-se discutir neste trabalho a a = 200 e b = 1,6 para chuvas fra
questão das ligações espaciais. cas (tipo estratiforme)
2. Altura Equivalente de Precipitação a = 400 e b = 1,4 para chuvas in
tensas (tipo aguaceiro)
No caso de uma ligação terra-espa
ço, a estruturação de um modelo Na representação gráfica utiliza-se
normalmente o fator de refletivida Fig. 1 — Variação típica da refleti
de calculado em dB (10 log Z). A fi vidade com a altura em regiões tro
Este trabalho foi suportado pela Telecomunicações Brasi
leiras S. A . através do contrato TELEBRAS — PUC 021/76. gura 1 mostra a variação típica de Z picais e equatoriais