Page 3 - Telebrasil - Março/Abril 1997
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OPINIÃ O
odos nós que fazemos piada com inúmeros contratos e,
parte do setor de teleco- temos certeza que, com muito tra
municações, temos balho, dedicação e profissio
acompanhado as discus nalismo, estes contratos serão
sões e debates que estão ocorren implantados nos prazos previstos.
do neste últimos meses sobre o E por incrível que possa parecer,
projeto de lei enviado pelo go com solução convencional: a cen
verno ao Congresso Nacional, tral telefônica, anuários ópticos,
denominado “Lei Geral das Te rede externa com cabos ópticos e
lecomunicações”. cabos de cobre, serviços de ins
Na verdade, desde 15 de agos talação de infra-estrutura de ca
to de 1995, quando foi aprovada nalização, serviços de construção
Ludgero José Pattaro
a emenda constitucional rí’ 8, o se Diretor da Pirelli e da Telebrasil de rede, a rede de transmissão, por
tor passou a aguardar a lei que de cabos ópticos etc. Aliás, já por al
verá nortear o futuro dc nossas telecomunicações gumas vezes manifestamos nosso ponto de vista
Um tema desta envergadura e complexidade sempre favorável às inovações tecnológicas, sem
evidentemente requer muita cautela, muito de- no entanto deixar de lado o objetivo fundamental
bate, e a participação de todos os segmentos de todos nós que é a satisfação das necessidades
que direta ou indirctamente estão sendo dos usuários, aumentando a oferta e a qualidade
impactados pelas modificações propostas e em dos serviços. Nunca acreditamos em panacéiauni-
discussão. versai, quando de um só golpe todo o problema da
Entretanto, ao contrário daquilo que poderia rede seria resolvido, por exemplo, com o wireless
normalmentc ocorrer num processo de mudan lixo.
ça, ...la nave vá. Diriamos até que em velocida Como já anteriormente afirmamos, o celular
de crescente. Sua excelência o Sr. ministro das fixo terá o seu nicho de mercado, onde será
Comunicações, com determinação e visão po- muito bem-vindo. Depois vamos deixar para o
lítica, tem aprovado limites crescentes de in- próprio mercado com a velha e ainda atual for-
vesti mentos para as empresas operadoras e desa ça e com a ajuda da relação custo/benefício que
fiado os seus administradores a concretizá-los. No estabeleça os seus limites.
final de 1996, para espanto de muitos e desapon- Rendo, portanto, a minha homenagem ao Sr.
tamento da Telebrás e do Ministério, algumas ministro, o Dr. Sérgio Motta, e toda sua equipe,
empresas não conseguiram cumprir com os seus pela condução operacional do setor, com a con-
orçamentos, ficando aquém do previsto. vicção de que, com investimentos crescentes e
Neste ano de 1997, temos verificado que a independentemente das discussões em Brasília,
indústria instalada no país está sendo contem- ...la nave vá.
