Page 61 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1997
P. 61
Cenário tecnológico II Para o atendim ento do mercado
residencial e de pequenos negócios,
9 milhões de terminais fixos cuja tendência de informatização se
Tecnologia ATM nas redes locais 4.500.000 terminais móveis observa claramente, a Telesp planeja,
(LANs) e de acesso, demanda por mai 462 mil Km de fibras ópticas a partir deste ano, a implantação da
or banda passante, redes de comunica 12.800 Km de cabos ópticos RDSI-FE, que proporcionará melhor
ção sem -fio W LL ( Wireless Local 130 mil sistemas de 2 Mbit/s qualidade e velocidades de até 64 Kbit/s
Loop) e padronização, na opinião de 650 mil troncos Tandem locais na atual rede telefônica a custos com
1 milhão de troncos trânsito patíveis para esse nicho de mercado.
Sérgio também fazem parte do futuro
Evoluindo a partir da rede telefônica
cenário tecnológico.
digital, a RDSI proporciona conexão
Um grande desafio tecnológico a ser de da rede, para habilitação dos novos
superado, segundo Sérgio Freitas de e emergentes serviços, sem falamos as digital fim-a-fim, suportando uma gran
de variedade de serviços de voz, texto,
Paiva, é a crescente solicitação de mai pectos relativos ao gerenciamento cen
imagem e dados, aos quais os usuários
or banda passante para as conexões tralizado e na otimização da infra-es
têm acesso através de interfaces usuá
usuário a usuário, e usuário a prove trutura utilizada.
rio-redes padronizadas, aproveitando-
dor, obrigando as operadoras a recor
se para isso a linha de assinante exis
rerem a tecnologias mais eficientes,
tente.
como a ATM, para provimento de ser
O uso da RDSI-FE, além de técni
viços faixa larga.
cas de aproveitamento da rede metáli
O rápido crescim ento do uso de Com a adoção da Técnica WDM
ca como HHDSL ADSL. permitirá à
comutadores ATM em redes locais de ( Wavelenghht Division Multiplexer), a
empresa superar o novo paradigma do
com putadores c em plataform as de capacidade das fibras ópticas será mais
serviço Internet que bloqueia as redes
acesso aos backbones, provocará a ne uma vez multiplicada, chegando a de
de acesso.
cessidade do surgimento de infra-es terminadas circunstâncias a mais de 400
trutura compatível nos meios de longa mil canais transmitidos por fibra óptica.
distância. A rede está evoluindo de uma hie
Nas redes que ainda operam a taxas rarquia PDH para uma hierarquia
mais baixas, a tecnologia Wireless SDH, suportada principalmente por
disponibilizada para acessos lixos, vem meio de transmissão óptica. Essa evo Até 1998 a Telesp estará implemen
completar a construção das redes ex lução é fundamental para viabilizar a tando uma rede óptica de alta capaci
ternas existentes, trazendo como prin prestação de ser\ iços de faixa larga e dade. a partir da interligação de todas
cipal atrativo, o curto prazo de instala para constituir a infra-estrutura bási- as centrais trânsito, para o tráfego intra-
ção e a fácil realocação. ca, a nível nacional, da RDSI-FL. estadual. \té o próximo ano, deverão
estar em operação 326 mil novos tron
As tecnologias emergentes, principal- No passo seguinte, a evolução dar- cos que, somados aos 463 mil troncos
mente nos acessos, ainda estão passan se-á, segundo Sérgio, no sentido de existentes totalizarão 786 mil troncos
do por intenso processo de padroni incrementar a eficiência e a flexibili trânsito totalmente digitais distribuídos
zação, sem o qual ficará comprometi dade tia rede, migrando de estruturas em 39 centrais.
hierárquicas e determinístieas (PDII
da a conectividade das múltiplas redes. Com esse objetivo, foram firmados
SDII) para uma estrutura ainda hierár
acordos para utilização de infra-estru
quica (SI)I I). mas com alocação dinâ
tura com outras empresas de serviço
mica da banda - ATM.
público, possibilitando a implantação
Neste passo, a modernização está as
de 4.750 quilômetros de cabos de 36/
sociada à introdução de comutadores
O potencial de transmissão das libras 72 fibras ópticas, parte subterrâneos,
ATM com múltiplas interfaces para a
ópticas, com novos materiais e proces parte OP-GW (suspensos em cabos
interligação de diversas redes de acesso.
sos (com Throughput quase ilimitado), pára-raios).
A Telesp está, em conjunto com a
a novos materiais para a fabricação das Sobre esse suporte, serão implanta
Telebrás, a Embratel e outras opera
fibras ópticas, faz acreditar em sua ca dos inicialmente três anéis ópticos de
doras, no projeto RENAV-Rede Nacio
pacidade praticam ente ilim itada de 2,5 Gbit/s na tecnologia SDH, com o
nal de Alta Velocidade, plataforma de
transporte, segundo Sérgio. respectivo sistema de gerência, que tra
faixa larga nacional que se encontra em
Desse m odo é que novos desen rá condições de gerenciar a qualidade
final de revisão para republicação. dos serviços prestados, reconfiguran-
volvimentos permitiram multiplicar a
do-a quando houver degradação.
capacidade das fibras ópticas em mais
A rede óptica projetada se com
de cem vezes, enquanto através de Evolução de rede de acesso
plementa com três mil quilômetros de
amplificadores ópticos pode-se atingir
rotas radiodigitais de 140 Mb/s. Além
distâncias da ordem de 200 quilôme Segundo Sergio, com o objetivo de de propiciar alta capacidade de trans
tros em 2,5 ( ibit/s, em sistemas comer atender a sociedade paulista com ex missão entre os centros trânsito, bene
cialmente disponíveis. celência e qualidade, a Telesp projeta ficiará diretamente quase uma centena
Equipamentos terminais ópticos de para o decênio 1996/2005 uma grande de cidades ao longo das rotas. HP (*)
10 (ibit/s, disponíveis em tecnologia ofensiva de mercado. Neste contexto,
SDH, já possibilitam não só o aumen considerando como fato fundamental a (*)Com base em palestra proferida por
to na capacidade de transporte, como rentabilidade dos empreendimentos, Sérgio Freitas de Paiva, gerente do De
imediata implementação dos requisitos indispensável para a saúde económico- p a r t a m e n t o d e Planejamento da Telesp,
de qualidade, segurança e fiexibilida- financeira da empresa. em Florianópolis, SC. em novembro/1996.
Jan /Fw.s)!. Tefel 61