Page 48 - Telebrasil - Março-Abril 1996
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Roosevelt Nogueira de Holanda
Atuando no Brasil desde de comutação para aplicação local, responsáveis pela gestão, plane
janeiro de 1924, este ano a trânsito, telefonia celular, tráfego de jam ento e operação de redes de
operadoras, redes inteligentes e telecomunicações.
Ericsson Telecomunicações sistemas de gerência de redes.
A eletronizaçào de partes do sis
S/A, além de comemorar No Brasil, trabalhando num ritmo tema, e a criação de interfaces,
seus setenta e dois anos de de três a quatro projetos por mês, a possibilitando o controle por micro
Divisão de Sistemas Móveis Celula
atividades no país, festeja com putadores, são exemplos de
res da empresa é a única do gênero bem-intencionadas tentativas que
também uma bem-sucedida em funcionamento no país.
reduziram algumas das dificuldades,
mudança no seu perfil mas que nem sempre resolveram-nas
Central digital AXE
empresarial, responsável por completo, persistindo, em muitos
Ao longo do tempo, foram se acu casos, a necessidade de substituição
por um singular estilo mulando, nas redes em operação, di do equipamento.
de ação. ferentes tecnologias. Desse modo, as De olho no problema, a Ericsson
operadoras cada vez mais se vêem desenvolveu, em seu centro brasileiro
frente ao problema de como conci de P&D (um dos doze que a empresa
nicialmente dedicada exclusiva
I modernas invenções. possui em todo o mundo), uma solução
liar equipamentos obsoletos com
mente à telefonia, na década dos
original: o “conceito AXE-SL”.
anos 90 a Ericsson passou a fazer
Crescente escassez de recursos,
Trata-se de um produto anunciado
de sua imagem um sinônimo de alta
tecnologia de largo espectro, passando necessidades de redução dos custos pela empresa como uma revolução em
de operação e manutenção, além da
a atuar em múltiplos e diferenciados demanda^ por serviços que o equipa todos os paradigmas de gestão, pla
campos no setor de telecomunicações. mento não está capacitado a prover, nejamento, operação e manutenção
Dentro do vasto universo das no constituem um pesadelo para os de redes com tecnologia mista —
vas tecnologias da informação, além Crossbar e CP A.
da comunicação digital em voz, dados,
textos, gráficos e imagens, passaram
a compor o novo perfil da Ericsson, a
criação de avançadas centrais digitais
para telefonia celular, comunicação de
dados, redes inteligentes e fibra óptica.
Segundo uma publicação da empre
sa, estimativas, mesmo conservadoras,
indicam que até o fim do século o mer
cado de telecomunicações no Brasil
terá que ter nada menos que US$12
bilhões de investimentos anuais.
Na América Latina, um mercado
considerado “chave'’ para a empresa,
essa demanda por investimentos pode
alcançar, ainda neste mesmo prazo,
cerca de US$30 bilhões anuais.
Com faturamento mundial da
ordem de US$9 bilhões, a Ericsson
atua em mais de cem países. Quase
metade de sua receita provém da área
de telecomunicações públicas e 40%
da telefonia móvel celular.
Os investimentos com pesquisa e
desenvolvimento alcançam 2 1 % do Centro Ericsson, em São Paulo
faturamento da empresa. As principais e Carlos de Paiva Lopes, presidente da empresa.
áreas de produtos correspondem a
redes de acesso e transporte, sistemas