Page 42 - Telebrasil - Março-Abril 1996
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Colaboração: Luciana Lana
inham as novas tecnologias da pessoal capacitado para executar esses instrumentação em todos os tempos.
área de telecomunicações em ajustes. Com o advento da tecnologia É também a partir daí que se
alta velocidade — a cada dia digital, isto mudou. Os sistemas se desenham as novas tendências da área
novos lançamentos de empresas tornaram mais precisos e, conseqüen- de instrumentação. Em primeiro lugar,
fabricantes de sistemas mais e mais temente, os instrumentos também. equipamentos mais compactos, com
diferenciados. Atrás delas, corria a Mas já não eram necessários tantos maior potência, melhor interface
área de instrumentação — reinven ajustes. O instrumento, então, assume com o usuário e, sempre que possível,
tando fôlego para suportar tamanha a função de verificar o funcionamento com alimentação própria, para nào
evolução. Hoje, a instrumentação as do sistema e oferecer informações depender de tomadas. Em segundo, o
sume a dianteira, integrando-se, a para o técnico — comentou Asborno, gerenciamento de rede.
cada dia mais, às áreas de pesquisa, acrescentando que, por vezes, até a — Um reflectômetro óptico (OTDR)
fabricação, instalação e manutenção análise das informações pode ser feita na década de 80 pesava cerca de
de sistemas de telecomunicações. E pelo equipamento. 40 kg. Hoje não passa de 10 kg e atin
se torna, enfim, uma porta-voz das É a hora do casamento da instru ge distâncias de até 180 km, quando
novas tecnologias. mentação com a computação. Em há dez anos atingia, no máximo,
— Cada vez mais fibras ópticas cada instrumento de medição é aco 50 km. Isso sem contar que a qua
conectando estações telefônicas, mais plada uma unidade de inteligência. É lidade da medição é muito mais alta -
celulares em maior número de áreas, aí que está o maior avanço da área de é possível distinguir ruídos com muito
mais transmissão de dados entre
empresas, mais centrais de comutação
digital em larga escala. A instrumen
tação foi obrigada a também dar um
salto. Ainda mais com as baixas taxas
de transmissão que se tinha tanto
nos sistemas analógicos quanto nos
digitais — recorda Maurício Sotto
Mayor, gerente de vendas da Anritsu,
empresa japonesa que atua há mais
de cem anos como fornecedora de
instrumentos de medição.
A Anritsu já desenvolve instru
mentos compatíveis com a tecnologia
ATM (Modo de Transferência Assín
crona), prevista para aportar por aqui
no ano 2 0 0 0 .
Para Carlos Asborno, da Hewlett
Packard-HP, a passagem da tecno
logia analógica para a digital pode ser
considerada o primeiro momento de
grandes transformações na área de
instrumentação.
Nos sistemas analógicos sempre
eram feitos muitos ajustes. Além dos
instrumentos de teste, precisávamos de
Computação: nos dias de hoje, moderna coadjuvante tecnológica da instrumentação