Page 64 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1995

P E R F I L
para vinte mil linhas, sendo dez mil
convencionais e dez mil celulares.
Concebida de forma modular, a nova
central torna-se economicamente
viável a partir de cem assinantes,
podendo ser ampliada linearmente
até a sua capacidade máxima.
“Essa versatilidade amplia a fai­
xa de aplicação do produto no
mercado'1, diz Francisco de Assis
Barbosa, diretor da Promon Eletrô­
nica. Em dez anos de existência
da tecnologia Trópico, a empresa
não parou de desenvolvê-la, inves­
tindo 15 milhões de dólares no seu
aprimoramento.
Com uma nova versão de soft­
ware, o equipamento passou a dispor
de toda uma gama de características
de uma moderna central de grande
porte. A partir deste ano a central
passou inclusive a executar a função
de serviço celular restrito, no mesmo
padrão do celular móvel.
Com a introdução da placa com
32 circuitos de assinantes, as centrais
Trópico R da Promon tornaram-se
mais compactas. E, tendo em vista
sua total compatibilidade, não só
com equipamentos de outros fabri­
cantes, mas também com as centrais
Trópico de geração anterior, a expec­
tativa da empresa é que, com o lan­
çamento do produto na versão 1150,
amplie-se a faixa de aplicação das
centrais Trópico no mercado.
Pioneira na utilização tios recursos
da Informática e das Telecomunica­
ções, a Promon conta com um avan­
çado sistema de informações
rede via satélite
ções de trabalho de todos os seus
escritórios (em São Paulo e Campi­
nas, no estado de São Paulo, em
Salvador, BA, e Nova York, EUA)
nas unidades administrativas e de
produção.
Além da maciça participação de
pessoal formado cm engenharia,
grande parte dos funcionários envol­
vidos com telecomunicações na em­
presa tem especialização em infor­
mática. Desenvolvem, por exemplo,
softwares para engenharia, teleco­
municações e administração.
(*) Classificação atribuída cm
listagem publicada pelo “Anuário
Telecom ” , versão 1994/1995.
Raul Del Fiol: “Orçamento do Sistema
Telebrás para 1996 é praticamente o
dobro em relação ao nível histórico dos
investimentos estatais para o setor. ”
C o n t r o l e d o s e m p r e g a d o s
uando foi criada , a Promon própria natureza dos profissio­
Q
tinha dois acionistas: uma nais que atuam na Promon, tor­
empresa norte-americana de en­ nando inviável um estilo auto­
genharia (Procon) e uma em­ crático de gestão. ”
presa brasileira de construção Como fundam ento básico
e montagem, a Montreal. Cada desse modelo, não se aceita, na
uma com 50% das ações. Promon. nenhum acionista que
Em 1963 a empresa estrangei­ não trabalhe na empresa. Há
ra retirou se do Brasil. Alguns ainda um limite individual (um
profissionais da Promon, então, máximo de 6% de cotas na
fundaram uma firma, a ( EL, e Razão Social Promon Ltda., e
adquiriram a participação acio­ de 2% na denominação Promon
nária da Procon. Tecnologia).
Seis anos depois, a CEL Em função desses princípios,
adquiriu também as ações per­ quando um funcionário sai da
tencentes a Montreal, assumindo empresa, qualquer que seja o
assim o controle acionário total motivo, é obrigado a vender suas
da Promon. cotas e ações para a Promon.
A partir daí a Promon passou Além disso, diminui gradualmen­
a ser propriedade exclusiva de te a participação para aqueles
em
seus funcionários. que se aproximam da idade-
interligando esta­
Carlos Siffert diz que “A limite para a aposentadoria.
opção pelo sistema comunitário, A diretoria da empresa é
participativo, explica-se pela eleita a cada período-mandato
de três anos. Os elei­
tores, é claro, são os
funcionários-acionis­
tas (atualmente repre­
sentando 74,2%).
Os rendimentos da
participação não são
nem um pouco despre­
zíveis: no ano passa­
do, quem recebeu me­
nos auferiu um salário
1T (*) a mais, sob a forma de
dividendos. (R.N.H.)