Page 7 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1994
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P o n t o de Vista
Ministério das Comunicações
O continuarão a ser desenvolvidos se
guindo a diretri/ básica do Ministério
estabeleceu como política,
das Comunicações: atrair e facilitar os
desde o início do Governo
Itamar Franco, atrair maiores investi investimentos da iniciativa privada na
mentos da iniciativa privada no finan infra-estrutura de telecomunicações do
ciamento da rede pública de telecomu País.
nicações, como uma das formas de Para o programa de parceria é
atender à demanda reprimida desses importante citar que não cabe uma re
mesmos serviços. Já na primeira gulamentação do Minicom como Poder
Reunião Interministerial, na segunda Concedente, pois as concessionárias de
quinzena de dezembro de 1992. um serviços públicos que não são contro
dos cinco objetivos apresentados pelo ladas pela União (Ceterp, de Ribeirão
Minicom foi “a redução das barreiras Preto, SP. CRT, do Rio Grande do Sul;
regulamentares à participação da ini CTBC, que tem a concessão em 79
ciativa privada nos investimentos". municípios dos estados de Minas
Mas somente no final de 1994 foi Gerais. São Paulo, Goiás e Mato
estabelecida uma base — se solidifi Grosso do Sul; e Sercomtel, de Lon
cando rapidamente — para uma parti drina. PR) estão sujeitas a regras dis
cipação significativa da iniciativa pri tintas do Sistema Telebrás. Por exem
vada nos investimentos do setor. F em plo, o limite de investimentos, esta
níveis muito superiores aos imaginados belecido pelo Congresso Nacional,
naquele dezembro de 1993. E o sis aplica-se apenas ao STB.
tema de parcerias. O Sistema Telebrás responde por
Através deste sistema, o monopólio cerca de 95c/c dos serviços públicos de
constitucional é rigorosamente obser telecomunicações do País. Assim, o
vado, toda a regulamentação técnica, programa de parceria beneficiará toda
operacional e administrativa é seguida, a sociedade brasileira. Esses benefícios
mas o volume total de investimentos poderão ser objetivamente medidos
na rede pública, em relação aos inves através do aumento do grau de satis
timentos do Sistema Telebrás, deverá fação da demanda por serviços de tele
sofrer substancial aumento. comunicações; da redução dos níveis
As diversas formas de parcerias de ociosidade da indústria; e do
estão sendo estudadas, principalmente aumento da oferta de empregos no
sob o ponto de vista legal. A primeira setor, tanto na produção de bens quan
forma de parceria, que deverá ser regu to na prestação de serviços.
lamentada pela Telebrás. ainda em Para 1995, nossa expectativa é que
1994, é a “parceria simples". Esta o programa de parceria acrescente, aos
forma consiste na implantação de parte investimentos do STB. em torno de RS
da rede pública de telecomunicações 800 milhões trazidos pela iniciativa
pela iniciativa privada e de sua aquisi privada. E que este número dobre no
ção ou locação por parte da concessio ano seguinte. Não é otimismo: e
nária (empresa do Sistema Telebrás). expectativa.
A operação da rede será sempre - Para dar suporte a esta expectativa,
até que se altere a Constituição de recorro ao “Mãos à Obra Brasil”, pro
19X8 - pela operadora do STB. Até o grama de governo do presidente eleito
final de 1994, deverá ser emitida uma Fernando Henrique Cardoso. O progra
“Prática Telebrás" definindo os pro ma inclui um capítulo dedicado à
cedim entos para a m odalidade de “Parceria Estado-Sociedade" e. em
aquisição nos Programas de Parceria particular, na abordagem do setor de
Simples. Os reflexos positivos do pro telecomunicações a primeira orien
grama de parceria, somente com esta tação geral é: “estimular o investimen
modalidade definida, já serão signi to privado no setor”.
ficativos. Sem contar o sucesso do Plano
Os estudos para a definição de ou Real. vencendo o segundo mês após as
Eng. Djalma Bastos de Morais tras modalidades, tais como locação. eleições...
(Ministro das Comunicações) leasing e consórcio, são prioritários e — Feliz Ano Novo. parceiros’