Page 54 - Telebrasil - Julho/Agosto 1992

T é c n i c o A l e m ã o F a l a d e I n s t r u m e n t a ç ã o
gerente de suporte técnico da Rohde
0 nais independentes a centros de controle
& Schwarz alemã, Andreas Larsen,
proferiu palestras sobre instrumen­
tação nos auditórios da Telerj e da
Embratel, no Rio de Janeiro. Ele en­
fatizou as tecnologias de medição volta­
das para sistemas rádio celulares e para
compatibilidade eletromagnética (EMC).
A R&S, que é uma empresa fundada em
1934, atua em 180 países, tem cerca de 5
mil funcionários e fatura 500 milhões de
dólares anuais.
Além da área de instrumentação, ela
atua em equipamentos para radiodifusão,
sistemas rádio, incluindo paging e tun-
kingysistemas de radiolocalização e moni-
toragem e de automação industrial. Tam­
bém possui sistemas para uso militar, in­
cluindo defesa eletrônica. No Brasil, a Roh­
de & Schwarz Precisão Eletrônica Ltda.
oferece também produtos da Advantest
japonesa e da Siemens alemã, tendo co­
mo parceiro a Equitel S/A.
Andreas Larsen disse que os pontos
críticos para medição de sistemas celula­
res são o controle da cobertura rádio de
cada célula e a verificação dos transcep-
tores e demonstrou o instrumento de mo­
nitoração CMS52 rádio desenvolvido pe­
la Rohde & Schwarz CMS52. Ele expli­
cou que uma das principais vantagens do
rádio celular é a economia de espectro.
No rádio móvel tradicional c considerada
uma cobertura de 20 km de diâmetro, com
25 usuários por km2, chega-se a cerca de
8 mil usuários totais. Tomando 10% de
ligações bidirecionais na hora de maior
movimento e cada uma utilizando 25 kHz
de espectro chega-se a 40 MHz de faixa
passante.
Na telefonia celular, a mesma frequên­
cia pode ser repetida a partir da distância
de 5 raios de uma célula. O tamanho da
rádio célula acaba sendo função do nú­
mero de usuários que deve suportar. Cen­
tros de cidades serão cobertos por muitas
células menores, ao passo que áreas ru­
rais terão células maiores. O sistema celu­
lar pode ser visto como investimento adi­
cional em equipamentos, em troca de eco­
nomia de espectro.
O sistema celular inclui estações rádio
base - ERB que definem uma célula de
Sistemas Analógicos Celulares
NMT
ITEM Nordic
Mobile
espaço
intercanal 25 kHz
sinalização bit/s 1200
modulação fsk
faixa de 454 a
frequência 458 MH
cobertura. As ERBs são ligadas por ca­
e estes a uma central de comutação tele­
fônica que serve de interface com a rede
fixa. Uma base de dados de controle sabe
a cada momento onde se encontra cada
usuário. A telefonia celular deve oferecer
ao usuário toda as características da tele­
fonia fixa. Sistemas celulares estão mi­
grando da tecnologia analógica para a di­
gital com mais inteligência sendo coloca­
da no terminal telefônico.
O sistema digital europeu GSM, a ser
inaugurado este ano, possui interface pa­
drão - coisas que os sistemas analógicos
não têm - e está sendo estendido à Aus­
trália, Hong Kong e Cingapura. Sistemas
digitais são mais imunes a ruídos e mais
sensíveis a reflexões múltiplas do sinal (fan­
tasmas). Andreas Larsen falou do siste­
ma TS9955 que pode ser montado em um
veículo - de preferência diesel para evitar
interferências - e que serve para medir e
registrar automaticamente a intensidade
de campo geradas pelas ERBs, a medida
que o veículo passeia pelas células. A amos­
tragem é feita no dobro da frequência
(Nidquist) e a distâncias de um terço do
comprimento de onda a ser medida.
O objetivo dos testes de Interferência
Eletromagnética-EMI é medir radiações
indesejáveis. Aparelhagens eletrônicas fa­
zem cada vez mais parte de todo tipo de
máquinas - de controles industriais a ele­
trodomésticos - e a compatibilidade ele­
tromagnética - EMC passa a ser um item
cada vez. mais importante. No Brasil, pela
Portaria N° 26 de 22.10.92, da Secretaria
Nacional de Comunicações-SNC, foi sub­
metida a comentários públicos a Norma
Básica que trata de EMC e de EMI para
equipamentos ISM (industrial, scientific,
medicai). A Portaria N° 26, da Norma
Básica, se apoia em normas originais do
Comitê Brasileiro de Eletricidade-Cobei,
do Instituto Nacional de Metrologia e Qua­
lidade Industrial-Inmetro, e nas Normas
Internacionais 11 e 16 do Comitê Interna­
cional Spécial des Perturbations Radioe-
lectrique-CISPR.
AMPS TACS NTT
E-AMPS 2000
(extended) UK Japan
30 kHz 25 kHz 25 kHz
1000 800 300
psk psk psk
825 a 890 a 870 a
880 MHz 960 MHz 940 MHz
Carlos de Paiva Lopes (E), PR da
Walter Habrich,da R&S, Na Telexpo’92.
Pela Portaria, equipamentos de radio
termia, eletroerosào, bem como outros de­
vem ter limites de campos indesejável'
irradiados ou conduzidos. Tabelas anexa
à Portaria especificam que frequênciassàc
próprias para equipamentos ISM e quai
as que lhes são vedadas. Atenção especia
deve ser dada às faixas de proteção parí
serviços de segurança e socorro tais como
aquelas utilizadas nos serviços para uso
aeronáutico. As Normas CISPR, recomen­
EM! dadas pela Nações Unidas, são implemen­
tadas na Europa pelo Cenelec e geram a>
normas européias ETS (European Tech-
nical Standards). De acordo com Andreas
Larsen, Normas para EMI variam ligeira-
mente de País para País de acordo com a
sua particular utilização do espectro de
frequências.
“ Quem quiser exportar equipamento;
para a Europa precisará estar de confor­
midade com as Normas ETS”, disse o
conferencista da R&S, acrescentando que
há estudos, no Brasil, para a implantação
de laboratório para gerar a “marca de
certificação - CE ’’ de acordo com as Nor­
mas Européias. Estas podem ser obtidas
através do número 61 -490226-96-2600que
é o do fac-símile do Escritório das Publi­
cações Oficiais da Comunidade Européia
Ele qualificou a utilização no Brasil das
Normas ISO série 9000 como um bom
começo e ressaltou que a utilização de
padrões internacionais são importantes pa­
ra a comparação entre equipamentos de
diversas origens.
A Rohde & Schwarz desenvolveu, em
91, nove tipo de receptores especialmente
voltados para medições EMI. Com esta
RADIOCOM NET­ nova família de equipamentos, testes EN;
WORK C que antes podiam levar até um dia par3
França Alemanha serem efetuados, ficaram agora reduzido;
poucas horas. Lembrou ainda o palestran­
te que analisadores de espectro comum
12,5 kHz 20 kHz só são sucedâneos para testes de EMI es­
tuados acima de frequências de 1 G H -?
1200 5780 Finalizando, ele lembrou que se não hou­
ffsf direct ver atenção para o controle das interte'
carrier rências EMI, telefones celulares poderá
keying deixar de funcionarem e portadores d
406 a 451 a equipamento marcapasso poderão subita­
mente ter problemas ao serem perturb*
430 MHz 466 MHz dos por irradiações interferentes.(JCP