Page 44 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1992
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Optoeletrônica
Nova revolução à vista
Se a m icroeletrônica causou um a re tion); e VAD (vaporaxialdeposition). O cAciiipiu, um conjunto de dutos de nu
volução nos equipam entos eletrom ecá- MCVD é utilizado pela AT & T, o PVD tico que carregam as fibras ópticas
mcos de telecom unicações, inform ática pela Philips, o OVD pela C ornning, e o seu interior. N a arquitetura m ultfilí?
e entretenim ento tornando-os menores, VAD pela indústria japonesa. C ada m é
m ais baratos e m ais eficientes, o u tra re todo a p re se n ta p a rtic u la rid a d e s. No com ra n h u ra s em V, um elemento ^
volução de igual porte — a da optoele- MCVD, um tubo oco é aquecido ex tern a tra i — que visto em corte, aparenta ,1
tronica — está em m archa. A optoele- m ente por m açaricos e gases apropria caram bola - abriga em suas ranhSr*
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um conjunto de fibras.
tronica é a eletrônica da luz coerente. dos são introduzidos em seu interior. O
1 roçado em m iúdos, é a indústria da in PVD faz uso de u m a cav id ad e resso A em enda em fibras ópticas pode »»
form ação em que radiações lum inosas n an te p ara aquecim ento da fibra. No feita au to m aticam en te por máquina
substituem as ondas de rádio. Radiações OVD, a deposição externa é radical e no que operam por fusão, com ou sem ah
lum inosas, infraverm elhas, ultraviole VAD é axial. No Brasil, o processo de nham ento autom ático e é um problem
tas, Raios-X, ondas de rádio, m icroon senvolvido pelo CPqD é do tipo MCVD, tecnicam ente superado. H. Murata da
das, sáo p arte do mesmo fenôm eno fí F u n ik a Wa japonesa, reporta perdas de
que é em pregado pela ABCXtal. A Bra- 0.05 dB por em enda em fibras do tipo
sico, englobado sob a denom inação co cel e m p re g a processo M CVD e e s tá
m um de espectro eletrom agnético. m ontando um a fábrica turn-key, origi m onom odo, q ue são as m ais criticas
As radiações e luz operam na faixa de n á ria da F in lâ n d ia . S itu a ç ã o sem e T am bém podem se r utilizados conec
4 a 7 mil angstròm s, ou seja em freqüên- tores de plástico, de alinhamento auto
lh an te têm a A vibrás, com facilidades m atico, para 4 ou 5 fibras, com perdas de
CiaS^eX^rem am en^e a ^ as e com prim en provenientes da Inglaterra. A Pirelli, o
tos de onda ex tre m a m e n te pequenos gigante italiano da indústria de cabos, 0,2o dB por em enda, em fibra mono
(m anóm etros ou 10 hm). A freqüência em prega processo próprio. modo. Em term os de atenuação, já se al
alta das ondas de luz perm item que es cançam fibras monomodo, com perdas
ta s apresentem grande capacidade de m édia de 0,34 db/km, na janela de trans-
veicular informações, ou seja, a optoele m issão de p um e 0.22 dB km na janela
trônica é o reino dos sistem as de larga de 1,55 p.
faixa p a ssa n te , d estin ad o s a c a rre a r
vários canais de televisáo e de dados a Semicondutores
m uito alta velocidade.
A o p to eletrô n ica en co n tra ap lica Os dispositivos semicondutores para
ções, náo só em telecomunicações, mas uso em comunicações têm evoluído cm
tam bém em medicina, m etalurgia, usi- sua faixa de trabalho de 0,8 gm a 1.3 e
nagem de peças, graças à utilização de agora para 1,5 jx, com maior confiabili
dispositivos laser — íight am plifícation dade c m enor preço. Na linha de semi
by stim ulated emisaion o f radiation condutores ópticos para uso em proces
que perm item controlar a energia con sam ento da informação, a faixa de 0,8 a
centrada radiante com alto grau de pre 0,67 fx têm sido favorecida, procuran
cisão, o que leva o laser u encontrar apli pi lo p r o c o .- í o M C V D do-se características de maior veloci
cações no campo do m ensuram ento da dade de operação e com capacidade de
m etalurgia e até para m iras telescópi Na feitu ra de cabos ópticos, v árias com utação m atricial.
cas para uso bélico. Segundo Teiji Uchida. da Universi
arq u itetu ras perm item alcançar cabos dade de Tóquio, os díodos de laser para
com J(> a 100 fibras por cabo, com diâm e
Fibras ópticas tro externo para o conjunto inferior a 20 uso em comunicações (1,2 a 1,5 p.) ten
centím etros. A feitura de cabos com a r dem atualm ente a operar com alto grau
Participam do campo da optoeletrô q u itetu ra de looac tubos em prega, por de pureza espectral e já alcançam potèn
nica, as fibras, os dispositivos semicon cias m áxim as de saída de 200 mw a 1.3
dutores e os acessórios eletro-ópticos. As
fib ras ópticas sáo feitas de silício ou
quartzo, que é um elem ento ex trem a
m ente abundante na natureza. A rigor, Fibra versus rádio
a fibra óptica é um tipo de vidro extre
A a bundância de novas tecnologias
m am ente fino, de grande tra n sp a rê n usuário ou seja, alcançar, economicu
cria uma seleção n a tu ra l e ntre elas para
cia, destinado a tran sm itir um feixe de sua aplicação em telecomunicações Para m e n te , com u m a fibra óptica cada
luz contendo informações, a grande dis estas, e xiste m dois grandes m ercados: usuário.
A favor da fibra óptica esta sua tre
tância, quase sem atenuação. pessoas que querem fa la r com pessoas e menda capacidade em carrear grandes
Q u a tro pro cesso s e stão c o rre n te pessoas que querem acessar m áquinas quantidades de informação, permitindo
m ente em uso para a produção, em m as para o b te r algum a inform ação. A coisa uma multiplicidade de serviços trazidos
sa, de fib ra s ó p ticas. Todos, b a sic a toda se resume em saber como le va r a in pela HDSi de banda larga. Do lado do rá
m ente, se destinam a estabelecer um a form ação. u ltim a . a cada in d ivíd u o que dio reside sua portabilidade. O assunto e
dela necessita Esta ea tese que P. P urton quente iVo Japão, cerca de 30 empresas
reação term o-quím ica a fim de deposi
publica no Financial Times londrino. est udam o uso do rádio, em freqüênciasde
ta r os óxidos necessários num tubo ou
Para ele, existem dois grandes candi 1 a 3 GHz, para o enlace do usuário Sa
num bastão de quartzo, que vai sendo datos disputando o transporte da infor Europa, 23 empresas, lideradas pela Phil
estirado m ecanicam ente para produzir mação junto ao usuário: o rádio e a fibra lips inglesa, averiguam o uso do radio
a fibra a velocidades que podem alcan óptica. O radio, no caso, significa esta para transmitir200MHz. na faixa do l.j
çar, experim entalm ente, até 1200 m e belecer estruturas radiocelulares co GHz. a fim de dar suporte a serviços cf
tros por m inuto. brindo urna residência, um quarteirão, voz. imagem e dados ta 2Mbit/sl.
um bairro e pelo uso de satélite, áreas Contra a fibra óptica esta o seu preço
Os p rin cip ais processos, em voga, maiores. A fibra óptica se destina a com- considerado ainda elevado por P. Purton
para produção de fibras ópticas denom i pi‘tir ou talvez complementar o uso do rá e a dificuldade de individualizaras comu
nam-se: MCVI) (m odifíed Chemical va dio. O problema básico do uso da fibra óp nicações até o usuário.
por dcposition); PVD (plasm a vapor de- tica reside no denom inado enlact. do
position); OVD (outside vapor deposi-
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