Page 18 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1992
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de distribuição de sinais de televisão.
Na capital mexicana, a Cablevision/Te- terna de cabos coaxiais ou fibras
A legislação está pronta. O mer levisa já explora um a rede de 32 mil cas, algo que poderá levar até 5 °ptl'
cado é amplo e o assunto é um usuários e A rgentina e Venezuela, am para com pletar. Já o sistema MMIX
daqueles que mexe com o ves bas’ já possuem a possuem CATV. (multichannel m ultipoint distribution *
peiro da desregulamentação, do A nova legislação brasileira sobre vice) alcança um a cobertura de até 60km
CATV/MMDS, segundo apurou a TE- é de rápida instalação, mas exige visa
monopólio estatal das telecomu
LEBRASIL, adm itirá apenas um ope da direta de antena-a-antena para fUn
nicações e do oligopólio “de fac rador por área de serviço, mas perm iti
to das cadeias de emissoras de rá inserção de publicidades nas progra cionar. Em m etrópoles de topo*raf.a
difícil, como Rio e S.Paulo, apenas 20
televisão. mações; e grandes cidades terão mais ou 30% dos domicílios mantém visada
de um a área de serviço. A CATV exigi- direta com o ponto central de irradia-
regulam ento sobre os serviços de
O TV a cabo (CATV-Cable Television)
bem como do sistem a de distribuição
m ulticanal e m ultiponto (MMDS), via
microondas, estava - ao ser redigida es
ta m atéria - em fase final de elaboração
na Secretaria Nacional de Comunica-
ções-SNC a fim de ser encam inhada à
sanção do Presidente da República. Ao
regulam ento, se seguirão duas Normas,
um a para cada tipo de serviço. "A CATV
está chegando ao País com mais de 15
anos de atraso”, lamentou o Presidente
da Associação Brasileira de Antenas Co-
munitárias-Abracom, Hélio Estrella, que
atribuiu esta dem ora a atuação de for
ças retrógradas”. Segundo ele, a intro
dução da TV a cabo e da MMDS liber
tará o interior brasileiro da "massifica
ção exercida pelas redes de televisão e (E D) Hélio EstrcIlafAbracom),Márcio RabellofKcy TV),Sávio Pinheiro (SNC).
fará ressurgir a local”.
CATV
Conjuntura
Ao a b rir o S e m in á rio sobre
CATV/MMDS, prom ovido no Rio de
Janeiro pelas KTV brasileira e Scienti-
No entender das analistas, a batalha
fic A tlanta, norte-americana, Sávio Pi- satélites privados internacionais, intro
judicial que ora se trava, bem como as
nheiro, coordenador de rádiodifusào da manifestações contra e a favor da explo duzirão nova dimensão no nível de pe
SNC, um dos responsáveis pela feitura ração desses novos serviços pela empre- netração que seus serviços poderão tra
zer em áreas em que tiveram cobertura.
da nova legislação justificou que ela um momento de in- Nada parece impedir, no caso, que re
vai de encontro à dem anda existente quietação em que se testa a solidez do des internacionais e domésticas fiquem
na sociedade, que "não pode mais ser modelo tradicional das TCs brasileiras ao alcance, material, de qualquer opera
¦Ele acrescentam que o monopólio es
sacrificada” Ao com entar nossa expe dor privado internacional dono de um
tatal das TCs" se vê compelido a com
riência industrial em CATV,disse o ora artefato espacial Tal modelo, assim des
petir com a empresa privada, pela re
dor ser ela limitada, sendo” bem-vinda crito, nada mais é do que ocorre, na
cente legislação, c o monopólio reage, prática, em países desenvolvidos, dizem
associações de elem entos locais com em ora reclamando, ora estimulado a pres
presas estrangeiras”. tar melhor serviço”. os analistas.
Frente à vulgarização da tecnologia,
Gary Brust, da Broad Band Com- Fazendo um exercício de futurolo- muitos serviços envolvendo telecomuni
munications,um a divisão da Scientific gia, parece intocável - dentro da atual cações, informática e eletrônica de con
Atlanta, historiou que a distribuição de legislação - o monopólio das comunica sumo, tornaram-se ou vão se tornar viá
sinais de TV - por meios físicos e por ções inter e intraestaduais, sujeito, po veis, ocorrendo até áreas de superposi
rem. ao aluguel mandatório de suas fa
m icroondas - já está im plantada em 26 ção entre eles. Movendo-se nesta ‘‘selva
cilidades para operadores de serviços de de opções'', o usuário, como ser econô
países, notadam ente nos EUA, onde te
valor acrescido A exploração de servi mico e agente de consumo, exercerá sua
ve. início em 56, como forma de exten-
ços locais de telefonia e outros poderá escolha e definirá que serviços são um
der a cobertura, local dos sinais das ser objeto de competição limitada. No sucesso e quais aqueles que "não pega
em issoras de televisão que à época, eram terreno internacional, caberá à parte es ram ", proclama os defensores da econo
poucas. Qualificando o m ercado brasi tatal o papel de gateway entre as redes mia de mercado. Os futuros permissio-
leiro do m aior da A m érica Latina” , o inteligentes, que aqui chegarem tanto nários de serviços de CA TV/MMDSapos
via cabos ópticos submarinos quanto atra tam exatamente nestas premissas e es
executivo da Scientific Atlanta estim ou
vés de enlaces ópticos terrestres com peram vencer.
que 7,5 m ilhões de dom icílios brasilei
países fronteiriços. A s comunicações, via (]CF)
ros sào candidatos aos novos serviços