Page 15 - Telebrasil - Janeiro/Fevereiro 1990

da Divisão de Serviços Comutados de
Dados da Embratel, que dentre os prin­
cipais causadores desta situação citam-
se a escassez de pares telefônicos para
efetuar conexões dedicadas; a baixa dis­
ponibilidade de portas Renpac, proble­
ma a ser resolvido, em 1990, com a ex­
pansão Compac; a escassez de modems
<a ser resolvida com entregas previstas
para o 1 ? trimestre de 90); e a deficiência
das instalações nas premissas dos usuá­
rios, nem sempre adequadas para a co­
municação de dados.
Expansão
“A Renpac vai se expandir em termos
de oferta de portas e de novos tipos de
acesso. No caso de acesso do tipo dedi­
cado, o objetivo a ser alcançado, com a
próxima expansão da Renpac, é manter
a oferta de portas sempre o0% acima da
demanda. Assim, queremos chegar com
15 mil portas, ao final de 90; com 20 mil,
ao final de 91; e com 27,5 mil portas, ao
final de 93”, afirma Marta C. de Olivei­
ra, do comercial da Embratel.
Diz ela, que a história da Renpac
nasce em 1980, que foi o ano da licitação
inicial para aquisição de equipamentos
e de tecnologia de pacotes, e que foi ga­
nha no ano seguinte pela empresa fran­
cesa Sesa. Data desta época, o desenvol­
vimento pelo CPqD de nós para a rede
de pacotes, nascendo assim a tecnologia
Compac, que culminou, em 87, em con­
tratos da Tnlebráscom indústrias nacio
nais como a SI D, Splice, PHT e Icatel
Numa fase inicial, a expansão prevista
da Renpac se dará com equipamento
Sesa 2(1, no Rioe São Paulo, num cresci­
mento de 2.236 portas até o final de90e,
numa segunda fase, com equipamentos
Compac, num total de 2.06o portas Ca
berá a S1D, notada mente, fornecer 320
portas para Brasília; à Splice imole
mentar localidades como Belém, Ma­
ceió, Aracaju; eà Icatel fornecer equipa­
mentos para Vitória, Ribeirão Preto c
Manaus Numa terceira fase, quase 800
Compac tecnologia brasileira para co
mutação por pacote, de origem francesa
(SESA), desenvolvida no CPqD, com pro­
dutos fabricados no Brasil e utilizada na
expansão da Renpac.
Baudot — refere-se ao código de conumi
cação, assíncrono de 5 unidades de infor­
mação e 7,42 unidades totais, empregada
em teletipos e no serviço telex
Bauds número de vezes por segundo
que um canal de comunicação muda de es­
tado. No caso do canal binário, bit por se­
gundo, equivale a bauds.
Com utação de pacotes (packet s w it-
ching) - processo de direcionamento e
transferência de pacotes de dados, através
de seu endereçamento.
SF (More and forward)
sivo de recebimento-armazenamento tem­
porário envio de dados, num nó de rede
de pacotes
Rede de Pacotes conjunto de nós de co
mutação de pacotes, interligados, operando
TolGbfoso Jon/ ev/90
de erros, via rede telefônica. Sua aplica­
ção ideal será para empresas que en­
viam, periodicamente, fechamentos de
balanço e de dados numéricos por tele­
fone e utilizam terminais ou micros com
protocolo X.25.
Já o Renpac 3025 permitirá enviar
dados de alta velocidade, em comunica­
ção síncrona, duplex, a 19.2, 48 e até 64
kbiCs, em circuitos físicos, multiplexa-
dos em canais lógicos, apresentando sis­
tema de controle e recuperação de erros.
O departamento comercial da Embratel
recomenda este serviço para aquelas si­
tuações em que haja grandes pulveriza­
ções de acessos, a serem reunidos num
só, como acontece na conexão de múlti­
L 'm dos estandes da m ini feira, apresentando plos terminais, com computadores cen­
produtos para ligação, via Renpac trais e concentradores. No caso do Ren­
pac 1000, via telex, que hoje só dá acesso
na direção rede telex-Renpac, ele pas­
portas Sesa 2G, a serem liberadas pela sará , em 1991, a ter acesso no outro sen­
expansão Compac, serão remanejadas tido, isto é, um computador central po­
para interiorizar rede. derá chamar um term inal, via rede
Para o usuário, a Renpac, com tec­ telex.
nologia Sesa ou Compac, será utilizada A evolução do tráfego Renpac. medi­
do mesmo modo e ele não sentirá di­ dos em milhões de segmentos anuais, só
ferença. A expansão considerada prevê tem feito crescer. De 87 a 89, o tráfego
o aumento do número nacional de cen­ aumentou 16 vezes, alcançando dois bi­
tros de comutação, de 13 para 27, e de lhões de segmentos ao final do período.
centros de concentração, de 13 para 19.
Além disso, a rede contará com dois cen­ Padrões
tros de supervisão, para maior fiabili­
dade o os nós apresentarão maior capa­ Ao falar da necessidade de compati­
cidade de tráfego do que os atuais. Na bilidade entre sistemas, o engenheiro
faixa do novos serviços, serão oferecidos Luiz Antonio de Souza, da Embratel, ex­
o dia 1 out Renpac 2000 (ou acesso sainte, plicou que, no início, cada fornecedor de
via rede telefónica), que e ideal para o computadores m antinha, através da
caso de uma empresa que envia uma ou chamada arquitetura proprietária, a
duas mensagens por mos a seus clientes, compatibilidade de danos em seu am­
no modo caracter a caracter ( 1200 Bit >. biente de informática fechado. Com o
assíncrono, diiplex). passar do tempo, verificou-se, porém,
Também será oferecido, em 1990, o que a comunicação entre ambientes de
Renpac 2032, com acesso ontrante e computação de fornecedores diversos fi­
sainte, via rede telefónica, em comuni­ cava cada vez mais complicada e exiçia
cação a 1200 e 2400 bit s, síncrona, du­ cada vez mais artifícios. Sob pressão aos
plex. Outro serviço, o Renpac 2032, será usuários, a indústria partiu para a filo­
dotado de modems, com detetores auto­ sofia de arquitetura aberta, adotando
máticos de velocidade, e permitirá co­ um modelo único, estruturado em níveis
municação. com controle e recuperação e protocolos padronizados.
As redes de pacotes para comunica­
ções publicas, como a Renpac, foram pa­
dronizadas para veicular mensagens
Glossário com o protocolo (síncrono) X.25, que cor­
responde aos très primeiros níveis (fí­
sico, alcance, rede) do modelo de Inter-
no processo SK. conexáo de Sistem as Abertos (Open
Renpac X.25 conjunto de regras inter­ System lnterconnection — OSI), reco­
nacionais, normalizadas pelo CCITT, que
define a estrutura das mensagens para as mendado pela Organização Mundial de
redes públicas de comutação de pacotes. Padrões (International Standard Orga-
Renpac Rede Nacional de Pacotes, nization — ISO). Obedece integral-
operada pela Embratel. mente ao protocolo X.25, o serviço dedi­
X.28 — conjunto de regras internacionais, cado Renpac 3025, no qual a comunica­
normalizadas pelo CCÍTT, que trata da co­ ção entre usuários se dá no modo pacote.
municação caracter a caracter (letras, nú­ Graças a este protocolo X.25 é possível
meros, símbolos, gráficos). efetuar uma ligação lógica entre assi­
X.400 conjunto de regras internacio­
nais, normalizadas pelos CCITT, referente nantes, sem que ocorra uma conexão fí­
ao sistema de tratamento de mensagens sica continuada entre eles, daí resul­
(correio eletrônico). tando na economia de meios de trans­
ha pi
LPCDs — linha privativa de comunicação missão e no barateamento do serviço.
de dados, que é alugada, no caso de serviço Além disto, o protocolo X.25 previne, ao
processo suces­ Renpac dedicado, para interligar as depen­ contrário do telex, erros na comunica­
dências do usuário ao nó Renpac mais pró­ ção (o dado que é enviado chega sem erro
ximo Em termos práticos, trata-se de um ao destino) e permite estabelecer múlti­
ou mais pares do tipo telefônico, entre um
usuário e uma central. plas ligações lógicas, ou circuitos vir­
tuais simultâneos, no mesmo meio físico
de conexão à Renpac.
Com a finalidade de permitir a comu- ?
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