Page 82 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
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A ssociação B ra sile ira BKASlL
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alienados pela m e n tira trib u tá ria e pela m e n tira SCS-Q2 - Bloco C - 7? anda
A vida em sociedade pressu
ta rifá ria , em que, atónitos, pagamos os preços a ltís S ecretãrio-E xecutivo r
põe a subm issão do in d iv í Walter Brum Almeida de Ca*»*«
simos que nos cobram, sem saber porque isso ocori e,
duo ao Estado, com base no E scritó rio em S. Paulo 1
embaídos em nossa credibilidade pelo m anancial de Paulo Cesar Caraça (Gerente)
pacto social. Por esse pacto,
a n tiin fo rm a ç á o com que nos e n vo lve m m a ciça
cada indivíduo abre mão de
certos d ire ito s, próprios de mente. . S f D A TELEBRASIL
0 Estado brasileiro é rico, estupendam ente rico,
sua personalidade, em troca L u i z de Oliveira Machado
com o patrim ónio líquido de suas empresas, como o
de benefícios resultantes da
subsolo. Mas o cidadão nada recebe desse fantástico
proteção do Estado, que as D iretores:
sim via b iliz a a vida coletiva. bolo. N em mesmo segurança p ú b lic a e le m e n ta r Armando Luiz Medeiros
Fernando Xavier Ferreira
E ste o p rin c íp io filosófico, contra assaltos, sequestros, assassinatos, estupros, Haroldo Correa de Mattos
legado dos ju s n a tu ra lis ta s ofensas te rríve is contra cada um de nós. Jayme João Mansur
M as em compensação, a corporação, os grupos Joost Van Damme
desde a Idade M édia.
Max Hamers de Aragào Lisboa
A questão é polém ica e nela se destacaram as m in o ritá rio s que se beneficiam ile g itim a m e n te do Salomão Wajnberg
proposições q u im é rica s de um Rousseau e de um patrim ónio do Estado, a tecnoburocracia bem tre i
Hobbes. m ais tarde. Mas, ta n to num a, a do p rim e i nada e ardilosa, essa vai bem E como se o Estado e EX PED IEN TE:
ro. que acena com a Idade de O uro da Razão, quanto suas riquezas houvessem passado à propriedade D iretor-R esponsável
na o u tra , a de que o egoísmo e a violência inata no p a rticu la r desse segmento da sociedade. Armando Luiz Medeiros
hom em to rn a ra m in viá ve l a coexistência sem a au Não há ética na in stitu içã o de trib u to s, na ela
E ditor:
toridade do Estado, em bora abstrações, tem grande boração dos orçam entos estatais. Não há ética na João Carlos Pinheiro da Fonseca
lógica a colocação de cada qual. execução, pelo Estado, dos serviços públicos e dos (MTb. 12.866/DRT/RJ)
De q u a lq u e r modo, tem os convicção de que a monopolizados por ele, que não são públicos, salvo
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vid a sob o dom ínio do Estado não é um bem em si, raríssim as e honrosas exceções. 0 petróleo já não é
C onselho de Redação:
antes um m al necessário, pois só assim se via b iliza nosso, é “ deles” ... Antonio Martins Ferrari, Armando Lu
a vida em sociedade. Nas sociedades culturalm ente 0 desencanto, as privações, a fome, são doenças Medeiros, Andrea Benito Lo-Presti. Genn
desenvolvidas, o in d ivíd u o já alcançou o respeito sociais que não estim ulam o Estado a m udar seu son Castro Azevedo, Humberto Chag;
Pradal. João Carlos P da Fonseca. Joi
aos seus d ire ito s essenciais ou grande parte deles, rum o. Ferreira Durão, José Luiz Azevedo Vail
sendo assim recompensado pela perda daqueles ou 0 progresso cie n tífico e tecnológico de nossos José Raul Allegretti, JosemardaCosta Va
tros a que renunciou em benefício do todo. dias, a evolução das leis sociais não nos têm benefi lim. Lázaro José de Brito, Lenine Roch
N o B ra sil, entretanto, culturam ente subdesen ciado em nada Exceto àquelas m in oria is. C riam -se Luiz Ernesto Krau, Luiz Mauro ViannaC
margo, Márcio Machado Rabello. Pau
v o lv id o , o Estado tem produzido efeito perverso. os m ais incríveis e abusivos im postos e preços p ú b li
Portocarrero Veloso, Roberto A roso Ca
A q u i, te o rica m e n te , o fenóm eno associativo tem cos para custear aventuras e teorias em píricas, im doso, Salomão Wajnberg, Solon Benayonc
passado por m om entos de evolução e de retrocesso. plantadas sem crítica e sem conhecim ento profundo Silva.
N ão quanto às obrigações que o Estado cobra do in e sério de suas leis.
d ivíd u o como trib u to para a convivência coletiva. 0 B rasil foi transform ado num d e lira n te teste,
R edator:
A o c o n trá rio , aqui esse trib u to é bem m aior. Mas como se fosse possível escravizar-se a sociedade ao Jenner de Paiva
q ua n to aos benefícios, aos direitos adquiridos pelo Estado Todos os atentados contra os d ire ito s do in (MTb. 12.009/DRT/RJ)
in d iv íd u o naquela troca m etafísica que o h a b ilita a divíduo se ju s tific a m sob o ilu so rio dogm a do su R epórter:
v iv e r em sociedade, nada ele recebe. perior interesse público. Naja de Paula Rodrigues
(MTb 12.875/DRTRJ)
Vem os e n tre nós o Estado onipresente, prepo Este quadro doloroso que já está provocando o P ro g ram ação Visual:
ten te , devorando avidam ente nossos direitos, e xi êxodo da nossa juventude e a inversão da corrente José Ferreira da Silva
gi ndo-nos cada vez m ais, sem nada dar em troca ou m ig ra tó ria , num exem plo ta lve z sem s im ila r na D iag ram ad o r e Produtor:
Silvio Sola (MTb 12.224 DRT RJ)
dando m u ito pouco. A contribuição cobrada ao cida H istó ria de retorno de im ig ran te s aos seus países de
A rte-F inal e Ilustração:
dão, sob a form a de im postos e de entrega de toda origem , este quadro configura o que cada dia m ais Luiz Henrique Daniel
ordem de d ire ito s, esta é extrem am ente organizada se torna evidente: o conflito entre a sociedade e o Es S ecretária:
e eficaz. M as o Poder E sta ta l não consegue asse tado Devemos deixar claro que estas considerações Leticia S. Matos
g u ra r à c o le tiv id a d e um m ín im o de d ire ito pelos não visam a produzir críticas a este ou aquele go C om ercial e Circulação:
G erente
q uais ela pesadam ente paga. 0 cidadão não conse verno ou a partidos políticos. Walter Brum A. de Castro
gue obter um a vida digna, porque o Estado não a Chegamos a um m om ento tão dram ático de nos E xpedição:
pode assegurar. A ordem ju ríd ic a não m ais logra sa existência como País, que a crise económ ica, a Alberto G. Lamas
m anter-se neste m om ento. pior desde todos os tempos, já levanta o questiona P ublicidade:
Paulo Cesar Caraça
A qualidade de vida, no plano social, se degrada, m ento sobre a presença e o papel do Estado. E ditoria:
pela crescente fa lta de oportunidade de o homem re 0 pacto social agoniza. A sociedade tem de reas (Publicações Telebrasil)
al izar-se como ser m ora l, no plano económico, no su m ir o controle do Estado e desm antelar a corpora L ab. Fotográfico:
plano ju ríd ic o , em sum a, no plano existencial. ção que loteou o País e escraviza o povo, o c o n tri Wanda — RJ
C om posição e Revisão:
A sociedade vive ameaçada pela deform ação da buinte, o usuário, im punem ente, sem q ualquer con Lídio Ferreira Jr. Ed. Ltda.
ordem ju ríd ic a , quando vemos o crim e organizado testação. Fotolito: ,
se e rig ir num a opção desafiadora ao Estado, vemos 0 Estado precisa ser reconduzido ao seu papel, Estúdio Gráfico Reprolito Ltda.
Im pressão:
s u rg ir um a n ti-E sta d o , no plano c rim in a l e no plano ao controle da sociedade. D eixar de ser em presa, de Ébano Gráfica e Editora Ltda.
a s s is te n c ia l. N o p rim e iro caso, c o n fig u ra d o na que não precisamos, e v o lta r a ser Estado, de que T iragem
agressão de crescente audácia contra o homem in m uito necessitamos. Só assim sairem os da crise. 10.000 exemplares
defeso e. no segundo, caracterizado pelo abandono
de cada um ser hum ano a sua própria sorte.
Somos um dos ra ríssim o s países com a m aior
HÉLIO ESTRELLA
carga trib u tá ria do m undo. Vivem os afrontados e
(Advogado e consultor de empresas)
F ilia d a a
Brasileira de Kditore
de Reviata* e Jorna'"
J k
A B E R J E de Kmpresas