Page 82 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1989
P. 82

A ssociação B ra sile ira BKASlL
                                                                                                                                                     /                                                                                                                               de T elecom unicações


                                                                                                                                                                                                                                                                                     CGC 42.355.537/0001-14
                                                                                                                                                                                                                                          *   •
                                                                                                                       U m          e s p a ç o   l i v r e   e m                                                      d e   i

                                                                                                                                                                                                                                                                                     Sede:

                                                                                                                                                                                                                                                                                     Av. Pasteur, 383 — Urca

                                                                                                                                                                                                                                                                                     Tel.: (021) 295-4432 -

                                                                                                                                                                                                                                                                                     Rio de Janeiro-RJ                                                    23057
                                                            0  E s t a d o   e   a   S o c i e d a d e                                                                                                                                                                               Rua Jacques Félix.  19 _  r p p   n A r
                                                                                                                                                                                                                                                                                      E scritó rio  em São Paulo-




                                                                                                                                                                                                                                                                                      Vila Nova Conceição—- São P

                                                                                                                                                                                                                                                                                     Tel, «0111 531-9255 -  T, ?nnUl°-SP

                                                                                                                                                                                                                                                                                      E scritó rio  em Brasília-                                         1562?1

                                                                                                                                                     alienados pela  m e n tira   trib u tá ria   e  pela  m e n tira                                                                 SCS-Q2 -  Bloco C -  7? anda
                                                                        A  vida em sociedade pressu­

                                                                                                                                                     ta rifá ria , em que, atónitos, pagamos os preços a ltís ­                                                                       S ecretãrio-E xecutivo                                        r
                                                                        põe  a  subm issão  do  in d iv í­                                                                                                                                                                            Walter Brum Almeida de Ca*»*«

                                                                                                                                                     simos que nos cobram, sem saber porque isso ocori e,
                                                                        duo ao  Estado,  com  base  no                                                                                                                                                                                E scritó rio  em S. Paulo                                     1

                                                                                                                                                     embaídos em nossa credibilidade pelo m anancial de                                                                               Paulo Cesar Caraça (Gerente)
                                                                        pacto social.  Por esse pacto,
                                                                                                                                                     a n tiin fo rm a ç á o   com  que  nos  e n vo lve m   m a ciça ­
                                                                        cada  indivíduo  abre mão de


                                                                        certos  d ire ito s,  próprios  de                                           mente.                                                                                 .                                         S                 f              D A   TELEBRASIL
                                                                                                                                                             0  Estado brasileiro é rico, estupendam ente rico,
                                                                         sua personalidade, em troca                                                                                                                                                                                  L  u  i  z de Oliveira  Machado

                                                                                                                                                     com o patrim ónio líquido de suas empresas, como o
                                                                         de benefícios resultantes da

                                                                                                                                                     subsolo. Mas o cidadão nada recebe desse fantástico
                                                                         proteção do  Estado, que as­                                                                                                                                                                                 D iretores:


                                                                         sim  via b iliz a  a vida coletiva.                                         bolo.  N em   mesmo  segurança  p ú b lic a   e le m e n ta r                                                                    Armando Luiz Medeiros
                                                                                                                                                                                                                                                                                      Fernando Xavier Ferreira
                                                                         E ste  o  p rin c íp io   filosófico,                                       contra assaltos, sequestros, assassinatos, estupros,                                                                             Haroldo Correa de Mattos


                                                                         legado  dos ju s n a tu ra lis ta s                                         ofensas te rríve is contra cada  um  de  nós.                                                                                    Jayme João Mansur

                                                                                                                                                              M as em  compensação,  a  corporação,  os  grupos                                                                       Joost Van  Damme
                   desde a Idade M édia.

                                                                                                                                                                                                                                                                                      Max Hamers de Aragào Lisboa
                            A   questão  é  polém ica  e  nela  se destacaram   as                                                                    m in o ritá rio s que se beneficiam   ile g itim a m e n te  do                                                                 Salomão Wajnberg


                   proposições  q u im é rica s de  um   Rousseau  e  de  um                                                                          patrim ónio do  Estado, a tecnoburocracia bem  tre i­


                    Hobbes. m ais tarde. Mas, ta n to  num a, a do p rim e i­                                                                         nada e ardilosa, essa vai bem  E como se o Estado e                                                                             EX PED IEN TE:

                    ro. que acena com a Idade de O uro da Razão, quanto                                                                               suas  riquezas  houvessem  passado  à  propriedade                                                                              D iretor-R esponsável


                    na o u tra , a de que o egoísmo e a violência inata  no                                                                           p a rticu la r desse segmento da sociedade.                                                                                     Armando Luiz Medeiros


                    hom em  to rn a ra m  in viá ve l a coexistência sem a au­                                                                                Não há ética  na in stitu içã o  de trib u to s,  na ela­

                                                                                                                                                                                                                                                                                      E ditor:
                    toridade do Estado, em bora abstrações, tem  grande                                                                               boração dos orçam entos  estatais.  Não  há  ética  na                                                                          João Carlos Pinheiro da Fonseca


                    lógica a colocação de cada qual.                                                                                                  execução,  pelo  Estado,  dos serviços  públicos e  dos                                                                         (MTb.  12.866/DRT/RJ)


                             De  q u a lq u e r  modo,  tem os convicção de  que  a                                                                   monopolizados por ele, que  não são públicos, salvo
                                                                                                                                                      mríecimac n KnnmCQv: PYfPrÔPv;  () nptrolpO Ifl flAO P
                    vid a  sob o dom ínio do Estado não é um  bem em  si,                                                                             raríssim as e honrosas exceções. 0  petróleo já  não é

                                                                                                                                                                                                                                                                                      C onselho de  Redação:
                    antes um  m al necessário, pois só assim se via b iliza                                                                           nosso, é “ deles” ...                                                                                                           Antonio  Martins  Ferrari,  Armando Lu


                    a vida em sociedade. Nas sociedades culturalm ente                                                                                        0  desencanto, as privações, a fome, são doenças                                                                        Medeiros, Andrea Benito Lo-Presti. Genn


                    desenvolvidas,  o  in d ivíd u o  já   alcançou  o  respeito                                                                      sociais que  não estim ulam   o  Estado  a  m udar seu                                                                          son  Castro  Azevedo,  Humberto Chag;

                                                                                                                                                                                                                                                                                       Pradal. João Carlos P  da  Fonseca. Joi
                    aos seus d ire ito s essenciais ou grande  parte deles,                                                                           rum o.                                                                                                                          Ferreira  Durão, José Luiz Azevedo Vail


                    sendo assim  recompensado pela perda daqueles ou­                                                                                         0   progresso  cie n tífico   e  tecnológico de  nossos                                                                 José Raul Allegretti, JosemardaCosta Va


                    tros a que renunciou em benefício do todo.                                                                                        dias, a evolução das leis sociais não nos têm  benefi­                                                                           lim.  Lázaro José de  Brito, Lenine Roch


                             N o B ra sil, entretanto, culturam ente subdesen­                                                                        ciado em nada  Exceto àquelas m in oria is. C riam -se                                                                           Luiz Ernesto Krau, Luiz Mauro ViannaC
                                                                                                                                                                                                                                                                                       margo,  Márcio  Machado  Rabello. Pau
                    v o lv id o ,  o  Estado  tem   produzido efeito  perverso.                                                                        os m ais incríveis e abusivos im postos e preços p ú b li­
                                                                                                                                                                                                                                                                                       Portocarrero Veloso,  Roberto A roso Ca
                    A q u i,  te o rica m e n te ,  o  fenóm eno  associativo  tem                                                                     cos para custear aventuras e teorias em píricas, im ­                                                                           doso, Salomão Wajnberg, Solon Benayonc


                    passado por m om entos de evolução e de retrocesso.                                                                                plantadas sem crítica e sem conhecim ento profundo                                                                              Silva.


                    N ão quanto às obrigações que o Estado cobra do in ­                                                                               e sério de suas leis.


                    d ivíd u o   como  trib u to   para  a  convivência  coletiva.                                                                             0  B rasil  foi  transform ado num  d e lira n te  teste,
                                                                                                                                                                                                                                                                                       R edator:
                    A o c o n trá rio ,  aqui  esse  trib u to  é  bem  m aior.  Mas                                                                   como se fosse possível escravizar-se a sociedade ao                                                                             Jenner de Paiva


                    q ua n to  aos benefícios,  aos direitos adquiridos pelo                                                                           Estado  Todos os atentados contra os d ire ito s do in ­                                                                        (MTb.  12.009/DRT/RJ)

                    in d iv íd u o  naquela troca m etafísica que o h a b ilita  a                                                                     divíduo se ju s tific a m   sob o  ilu so rio   dogm a  do  su­                                                                 R epórter:


                    v iv e r em  sociedade,  nada ele recebe.                                                                                          perior interesse público.                                                                                                       Naja de Paula Rodrigues
                                                                                                                                                                                                                                                                                       (MTb  12.875/DRTRJ)
                            Vem os  e n tre   nós  o  Estado onipresente,  prepo­                                                                              Este  quadro  doloroso  que já   está  provocando  o                                                                    P ro g ram ação  Visual:


                    ten te ,  devorando  avidam ente  nossos direitos,  e xi­                                                                          êxodo da nossa juventude e a  inversão da corrente                                                                              José Ferreira da Silva


                   gi ndo-nos cada vez m ais, sem nada dar em troca ou                                                                                 m ig ra tó ria ,  num   exem plo  ta lve z  sem  s im ila r  na                                                                 D iag ram ad o r e Produtor:
                                                                                                                                                                                                                                                                                       Silvio Sola (MTb  12.224 DRT RJ)
                   dando m u ito  pouco. A  contribuição cobrada ao cida­                                                                              H istó ria  de retorno de im ig ran te s aos seus países de
                                                                                                                                                                                                                                                                                       A rte-F inal e Ilustração:
                   dão,  sob a  form a  de  im postos e de entrega de toda                                                                             origem , este quadro configura o que cada dia  m ais                                                                             Luiz Henrique Daniel


                   ordem  de d ire ito s, esta é extrem am ente organizada                                                                             se torna evidente: o conflito entre a sociedade e o Es­                                                                          S ecretária:


                   e  eficaz.  M as  o  Poder  E sta ta l  não  consegue  asse­                                                                        tado  Devemos deixar claro que estas considerações                                                                               Leticia S. Matos


                   g u ra r  à  c o le tiv id a d e   um   m ín im o   de d ire ito   pelos                                                            não visam   a  produzir críticas a  este  ou  aquele  go­                                                                        C om ercial e Circulação:
                                                                                                                                                                                                                                                                                        G erente

                   q uais ela pesadam ente paga.  0  cidadão não conse­                                                                                verno ou a partidos políticos.                                                                                                   Walter Brum A. de Castro

                   gue  obter  um a  vida  digna,  porque  o  Estado  não a                                                                                    Chegamos a um  m om ento tão dram ático de nos­                                                                          E xpedição:


                   pode  assegurar.  A   ordem  ju ríd ic a   não  m ais  logra                                                                        sa  existência  como  País,  que  a  crise  económ ica,  a                                                                       Alberto G.  Lamas


                   m anter-se neste m om ento.                                                                                                         pior desde todos os tempos, já  levanta o questiona­                                                                             P ublicidade:
                                                                                                                                                                                                                                                                                        Paulo Cesar Caraça
                           A  qualidade de vida, no plano social, se degrada,                                                                          m ento sobre a presença e o papel do  Estado.                                                                                    E ditoria:


                   pela crescente fa lta  de oportunidade de o homem re­                                                                                       0  pacto social agoniza. A  sociedade tem  de reas­                                                                      (Publicações Telebrasil)


                  al izar-se como  ser  m ora l,  no  plano  económico,  no                                                                            su m ir o controle do Estado e desm antelar a corpora­                                                                            L ab. Fotográfico:


                   plano ju ríd ic o , em sum a,  no plano existencial.                                                                                ção  que  loteou  o  País  e  escraviza  o  povo,  o  c o n tri­                                                                  Wanda — RJ
                                                                                                                                                                                                                                                                                         C om posição e Revisão:

                           A  sociedade vive  ameaçada pela deform ação da                                                                             buinte, o usuário, im punem ente, sem q ualquer con­                                                                              Lídio Ferreira Jr. Ed.  Ltda.


                  ordem  ju ríd ic a ,  quando  vemos o crim e  organizado                                                                             testação.                                                                                                                         Fotolito:                                                     ,


                  se e rig ir num a opção desafiadora ao Estado, vemos                                                                                         0  Estado precisa ser reconduzido ao seu  papel,                                                                          Estúdio Gráfico Reprolito Ltda.
                                                                                                                                                                                                                                                                                         Im pressão:
                  s u rg ir um  a n ti-E sta d o , no plano c rim in a l e no plano                                                                    ao controle da sociedade.  D eixar de ser em presa, de                                                                            Ébano Gráfica e Editora Ltda.


                  a s s is te n c ia l.  N o  p rim e iro   caso,  c o n fig u ra d o   na                                                             que  não  precisamos,  e  v o lta r a  ser  Estado,  de  que                                                                     T iragem


                  agressão de crescente  audácia contra o  homem  in ­                                                                                  m uito  necessitamos. Só assim  sairem os da crise.                                                                              10.000 exemplares


                  defeso e.  no  segundo,  caracterizado  pelo  abandono


                  de cada  um  ser hum ano a sua própria sorte.


                             Somos  um   dos  ra ríssim o s  países com  a  m aior
                                                                                                                                                                                             HÉLIO ESTRELLA

                    carga  trib u tá ria   do  m undo.  Vivem os afrontados  e
                                                                                                                                                                                   (Advogado e consultor de empresas)

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   F ilia d a  a
                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   Brasileira de Kditore

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                   de Reviata* e Jorna'"
                                                                                                                                                                                                                                                                                          J        k
                                                                                                                                                                                                                                                                                         A B E R J E               de Kmpresas
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