Page 56 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1987
P. 56
Centro de Pesquisa e Desenvolvi
O mento (CPqD ) da Telebrás, em Grupo Garavelo, a tecnologia desenvol com o apoio da indústria nacional, que
tem interesse em receber a tecnologia
vida pelo CPqD para a produção de resina
de poliuretana, produto de intenso uso no
Campinas (SP), dará início, em outubro desenvolvida pelo Centro. A participa*
deste ano, aos testes de operação das bloqueio de pressurizaçáo de cabos telefô ção crescente da indústria nacional nos
centrais digitais do tipo Trópico-RA, nicos e outras aplicações industriais. projetos de P&D voltados para as teleco
com capacidade para 16 mil terminais e A Telebrás já transferiu a tecnologia municações tem sido conseqüência dos
que, a médio prazo, poderão atender a dessa resina para três empresas: a Stau- resultados positivos alcançados ao longo
90% do mercado telefônico brasileiro, cel, a Albri e a Dissultex, e deverá assi dos quase 11 anos de existência do CPqD
segundo informações de Alm ir Vieira nar, nos próximos dias, contratos com a O Ministro das Comunicações, Anto
Dias, presidente da Telebrás. Romitel e a Splice. As empresas Elma, nio Carlos Magalhães, politicamente já
Seguindo a orientação do Ministro Sij, Salt e Inebra, todas nacionais, tam definiu qual a posição que a área de P&D
das Comunicações, Antonio Carlos Ma bém demonstraram à Telebrás interesse da Telebrás deve adotar em relaçáoa
galhães, que é de repassar à indústria em adquirir essa tecnologia. transferência de tecnologia desenvol
nacional toda a tecnologia desenvolvida vida pelo CPqD: "Prioridade à indústria
pelo CPqD, Alm ir Dias disse que as cen com 100% de capital nacional”. Segundo
trais digitais Trópico-RA serão também Fernando Vieira de Souza, "o CPqD ao
produzidas no País por fabricantes na iniciar um novo projeto escolhe o parcei
cionais, a exemplo do que já ocorrem ro industrial que irá participar de seu de
com a centrais Trópico-R. senvolvim ento. Com esse tipo de ati
tude, no final do projej.0 é feita a trans
Custo em dólares ferên cia da tecn ologia sem formali
dade” .
Uma CPA-RA, de 16 mil terminais, Uma das prioridades do diretor do
de acordo com o diretor do CPqD, Fer CPqD é implementar os convênios com
nando Vieira de Souza, deverá custar as universidades e institutos de pesqui
em torno de 4,8 milhões de dólares. No sas, de modo que eles possam preparar
entanto, o custo total da instalação, in mão-de-obra técnica e especializada de
cluindo entroncamentos novos e espaço acordo com a realidade e as necessidades
físico, deverá ficar em dois mil dólares do mercado brasileiro no setor deTCs
por term inal em operação. Vieira de
Souza observou, ainda, que as centrais
digitais, além de serem mais eficientes
do que as tradicionais eletromecánicas, Convênios do CPqD
têm uma manutenção mais simples e,
por isso mesmo, um custo mais baixo. ENTIDADE AREA
A Telebrás, através do CPqD, inves
Unicamp • Comunicações ópticas Trr;
tiu até o momento recursos equivalen
(FTPT Funcampl missão digital; Comunica;.'-:
tes a 200 milhões de dólares no Projeto por satélite. Estudosedesen V U1
CP A-Trópico. A expectativa é a de que redes; Comutação eletre' ÍC
Fernando Vieira de Souza: "transferência de
nos próximos 20 anos haverá a substi tecnologia sem formalidades Rede digital de servços 'nteç'--
dos (RDSII; Chili; Compor^" —
tuição integral das centrais eletromecâ-
materiais.
nicas por centrais digitais, com a parti
cipação muito grande das centrais Tró Universidade/CPqD UFMG • Componentes e m ateis ts-
tudosedesenv de redes
pico-R e RA desenvolvidas e fabricadas
no Brasil. Seis centrais Trópico-R, por O CPqD (criado em agosto de 1976) é USP • Tecnologia de telefona c-J
exemplo, já estão operando norm al reconhecidamente o maior centro de pes São Carlos dos edesenv de redes
mente no País e, no ano passado, as em quisas de telecomunicações da América
Inatel Finatel (MG) Estudos edesenv.de redes
presas do Sistema Telebrás contra Latina e um dos mais modernos e avan
taram 122 mil terminais digitais. çados do mundo. Para a realização de Ufscar Estudos edesenv der e ^
— A indústria brasileira — ressaltou seus programas e projetos de pesquisas e
USP • Componentesemate' - > 7.
o diretor do CPqD — já está em condições desenvolvimento de novos equipamen
São Paulo mutação eletrônica -^ 7 ..-,
de assumir determinados trabalhos que tos, componentes, materiais e metodolo desenv. de redes, Com j
o Centro realiza atualmente. Em outras gia, o CPqD conta com o apoio de pesqui por satélite.
palavras, o CPqD não fará nada, no fu sadores, cientistas e técnicos de univer P3'i
Cepesc Componentesemate
turo, que a indústria seja capaz de fazer. sidades e outras instituições científicas
Restarão ao CPqD a pesquisa de mais nacionais, da indústria e das empresas PUC RJ Comunicações p c ^
alto risco, a tecnologia de ponta e princi operadoras do Sistema Telebrás. Processador preferer.- '
nicaçòesopticãs
palmente, o fornecimento de apoio tec Os convênios já assinados com univer
nológico, com sua infra-estrutura de la sidades e instituições brasileiras de pes ITA • ComunicaçõtS d 4 -i
boratórios. quisas e seus respectivos projetos em de texto.
Recentemente, a Telebrás repassou, senvolvimento estão na Tabela Anexa.
a tra vés de co n tra to , à P roq u in or- Além das universidades e institu i Esalq Estudosedesen^dc.
Produtos Químicos do Nordeste Ltda., do ções científicas, o CPqD conta, também, IPT Componentes
SfT