Page 24 - Telebrasil - Março/Abril 1986
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Já o parágrafo 3.2, do mesmo artigo, gura de faixa, nas freqüências de 6 GHz
diz que "Serviço SAT-Regional consiste no enlace de subida e de 4 GHz no enlace
na repetição através do Brasilsat dos si de descida. Os satélites sáo giroestabili-
nais de televisão gerados por uma For zados, mantendo suas antenas orienta
necedora do Sinal (FS), situada em de das para todo o território brasileiro eco
terminada região do País, que contenha brindo ainda parte dos países limítrofes.
em sua programação matéria de in Eles são constituídos por duas plata
teresse regional e local, destinados a Es formas: um giratória, contendo os siste
tações de Recepção Terrena (ERT) si mas de energia e propulsão, e outra es
tuadas nesta mesma região do País. Es tacionária, onde se encontra o sistema
tas regiões estão definidas na Tabela 1. de comunicação. Além destes, os satéli
Por sua vez, a Portaria 011/86, da Se tes também possui sistemas de antenas,
cretaria Geral do Minicom, fixa os cri telemetria, comando, rastreio, medidas
térios e valores tarifários em TBTV de distância e comando térmico.
tanto para o serviço TV-SAT quanto
para a retransmissão de sinal via satéli Os modelos dos Brasilsat I e II são pratica
te e divide em grupos o número de usuá mente cópias doAnik C canadense.
1 SERVIÇO TV-SAT
rios (Tabela 2).
guete Ariane-3 colocava em órbita o Tarifa de Recepção de Sinai
Resumo histórico
Brasilsat I, sendo o Brasil o primeiro
1 — Recepção de sinal destinado a retransmissão por
país da América Latina a conquistar
Depois de marchas e contra-marchas concessionária de radiodifusão de sons e imagens
seu lugar na órbita espacial.
durante cinco anos (1977/1982), o pro
No dia 1. de junho de 1985, o Brasil Localidade Tarifa de Recepção de Sina
jeto do SBTS de dotar o Brasil de satélite
deixava de alugar transponders do sa {Mensal em TBTV)*
próprio finalmente ficou concretizado a
télite Intelsat, encomizando divisas e Grupo 1 10 000
partir da assinatura dos contratos no Grupo II 4.000
dando início ao projeto de integração de
dia 30 de junho de 1982 entre a Embra- Grupo III 1.600
todo o País pelas telecomunicações.
tel, a empresa canadense Spar Aeros- Grupo IV 625
Agora, com o lançamento do Brasil
pace e o consórcio europeu Arianespace. Grupo V 250
sat II, a Embratel conseguiu completar Grupo VI 100
o projeto no que se refere ao segmento
espacial Além dos dois satélites domés
DIVISÃO POR REGIÕES ticos e do Centro de Operações de Gua- 2 — Recepção de sinal destinado a retransmissão por
ratiba, RJ, a Embratel conta com 23 es permissionária do serviço de repetição e de retrans
missão de televisão ou qualquer outra pessoa jurídica
NORTE tações terrenas para comunicações por autorizada pelo Ministério das Comunicações:
Amazonas, Pará, Acre, Roraima, Rondônia e Amapá satélite, a maioria localizada na Região
Norte, para prestação de todos os servi Localidades Tarifa de Recepção de Sinal
NORDESTE ços de TCs. (Mensal em TBTV)
Maranhão, Piauí, Bahia, Sergipe, Alagoas, Ceará, Per Grupo 1 1.000
nambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Fernando Características Grupo II 800
de Noronha. Grupo III 480
Os dois satélites domésticos brasilei Grupo IV 250
CENTRO-OESTE Grupo V 125
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Fe ros sáo idênticos. Cada um está equi Grupo VI 100
deral. pado com 24 repetidores de radiofre
quência, permitindo 12.000 ligações si
SUDESTE multâneas dç telefonia ou a transmis Tabela 2 — As tarifas em TBTV sáo distri
Mina Gerais, Sáo Paulo, Rio de Janeiro e Espírito são conjunta de 24 programas de tele buídas (ou tabeladas) de acordo com o nú
Santo. mero de habitantes e o poder sócio-económico
visão.
de cada localidade.
De forma cilíndrica, o Brasilsat
SUL
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. opera na banda básica de 35 MHz de lar- * T B T V — T arifa Básica de Televisão
s
Tabela 1 — O serviço SAT-Regional é divido
por grupo de Estados para repetição, através
do Brasilsat, dos sinais de televisão gerados
por uma Fornecesora de Sinal (FS), destina
dos a Estações de Recepção Terrena (ERT).
Os contratos garantiam o forneci
mento de dois satélites de comunica
ções, cada um com 24 transponders, pela
empresa Spar Aerospace (tecnologia da
Hughes Aircraft (norte-americana) e
seus respectivos lançadores, pela Aria
nespace, com investimentos globais de
US$ 210 milhões.
Para operar o sistema próprio de sa
télites, a Embratel construiu em Guara-
tiba, no Rio de Janeiro, o Centro de
Operações do Sistema Satélite (COSS),
inaugurado em 28 de novembro de 1984.
Menos de três meses depois, exata Na estação de Guaratiba, os engenheiros da Embratel sempre atentos no controle dossatei
mente no dia 8 de fevereiro de 85, o fo- tes que estão a 36 m il km de altitude.