Page 26 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1985
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(em 84, disponível em 265 localidades), mos atender à demanda do setor apenas aplicação e com o a m ão-de-obra seria
à Rede de C om unicação de Dados por através de importações, por outro lado afetada no campo, pelo uso da teleinfor
Comutação de Pacotes-Renpac (com ca não devemos fechar total mente as por mática". Outras perguntas se dirigiram
pacidade inicial de 7 mil usuários), à im tas ao influxo da tecnologia externa” . para saber se "existirá sensibilidade no
plantação das Centrais CPATs, em 80, e Citou, a propósito, que certos segmentos Governo sobre a necessidade de um con
aos inúmeros programas visando a digi da atividade nacional, não podem pres trole de estoques, a nível nacional e
talização das redes públicas de teleco cindir das tecnologias de ponta vindas como a agropecuária brasileira poderá
municações. do exterior, como no caso de implemen vir a ter acesso a Bancos de Dados, no
Falou ainda o M inistro sobre a in- tos para a indústria petrolífera, ou o em exterior” .
teriorização das comunicações no meio prego de grandes aviões a jato, mesmo O segm ento do Comércio Varejista e
rural e sobre a intensificação da implan que já se tenha no País o Bandeirantes. A lim en tação, após ter com entado "a
tação de centrais comunitárias, telefo Defendeu Rômulo Furtado a filosofia política progressista do setor que já le
nes sem ipúblicos, além da revisão da da capacitação progressiva posta em vou até o exterior (Portugal)” , elogiou o
política tarifária para tornar cada vez prática pelo setor de comunicações, que setor governam ental de telecomunica
mais acessível os serviços às diferentes culm ina agora com as atividades do ções pela implantação de serviços como
Transdata, Renpac etc. Mas vê proble
mas na automação de supermercados e
*
lojas, fruto da proibição, pela SEI, da
im portação de "laser scanners” neces
sários à implantação de projetos-piloto,
destinados à leitura de Códigos de Bar
ras, visto que os PDV (terminais ponto-
de-venda) nacionais, da Zanthus e Swe-
data, não os possuem.
O recado do segm ento de P&D e In
form ática defendeu a m anutenção do
equilíbrio do m odelo baseado: a) — no
ensino (onde a ênfase deve ser governa
mental); b) — na industrialização (a ên
fase é na em presa privada); e c) — na
pesquisa e desenvolvim ento, alertando
sobre a necessidade de se manter uma
política de incentivo ao pessoal das uni
versidades, cuja degradação "repre
senta um verdadeiro suicídio para a in
dustria”. O segm ento defendeu, ainda, a
aceitação tem porária pela sociedade
brasileira de produtos com desempenho
satisfatório, "m esm o que inferiores aos
padrões internacionais” .
Q uanto ao segm ento de Turism o e
Transporte, o mesmo foi liderado pela
Antônio Carlos Magalhães: "Desaconselhamos a inferência de qualquer setor na gestão Varig (apresentou seu sistema de reser
dos programas do Minicom ”. vas de passagens Íris) e pela RFFSA
(m ostrou o sistem a SIGO de gerencia
mento on-line de cargas ferroviárias, a
camadas da população. (-entro de Pesquisas da Telebrás para nível n a cion a l). A V a rig aproveitou
F inalizando seu pronunciam ento, efetuar desenvolvim ento próprio, no para enviar seu recado com queixas ao
Antonio Carlos Magalhães, numa clara País. M udando de tom , o S ecretário M inicom — apenas 60% das linhas lo
alusão à Secretaria Especial de Infor Geral do Minicom alertou para os pro cais operam a 4800 BPS, com taxas de
mática (SEI), desaconselhou a "ingerên blemas que podem afetar o setor das co erro de 1 0 4 (o padrão é 1 0 5) e só 107o
cia de qualquer outro setor na gestão de municações. Disse Rômulo: aceitam 9600 BPS; os prazos para entre
program as reconhecidam ente da com O Sistema Nacional de Telecom u ga de LPs variam de 2 a 6 meses; para
petência do M inicom ” . nicações, infelizmente, começa a apre circuitos Transdata são de 6 a 8 meses; e
sentar sinais de degradação, fruto de 10 os custos da Renpac chegam a ser proibi
Rômulo Furtado anos de limitações que foram impostas tivos.
ao setor. Existem sinais evidentes de de
Ao térm ino do Congresso, o Secre gradação da qualidade e precisamos re Comunicação e Energia
tário Geral do Minicom, Rômulo Viliar tomar, com rapidez, o desenvolvimento
Furtado, seguindo uma linha de pensa do setor. Se não pudermos fazer crescer O segm ento de Com unicação Social
mento sem elhante a do discurso do M i o setor em 5 0 7 , em 86, em breve podere defendeu a posição de que o Poder Públi
nistro Antonio Carlos, disse que se dis mos nos deparar com uma situação de co deve ser um elem ento basicamente
cute problem as de telem ática no País, rede intolerável. norm atizador, com petindo à estrutura
porque não se pode negar ao segmento privada o trabalho de atender às neces
industrial e de negócios "o que há de Agricultura, Comércio e Transporte sidade do progresso social, econômico,
mais moderno em termos de com unica político e cultural do País. Recomendou
ção, a fim de não criar um sério obstá O segmento da agricultura, após re também que o Estado (que detém o mo
culo ao desenvolvim ento nacional” . con h ecer a S ociedade da Inform ação nopólio das TCs) deve zelar pela econo-
Rôm ulo tornou a bater na tecla "da como a sociedade do futuro, cingiu seus micidade e expansão adequada dos ser
radicalização de posições que podem de resultados a uma série de indagações so viços.
seq u ilib ra r o processo de desenvolvi bre sua aplicabilidade no meio agrícola A seguir, as principais recomenda
m ento do P aís” e tom ou uma posição brasileiro, a com eçar "se existirão re ções do segmento: a) — tarifas incenti-
equilibrada ao dizer que "se não deve cursos financeiros suficientes para sua vadoras do mercado e serviços implan-