Page 79 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1980
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• IBM quer concorrência livre e indústria Para o presidente do Sindicado dos Engenheiros Comentaram a Decisão da SEI:
nacional forte — O diretor de serviços geren do Riu de Ume iro. Jorge Bittar. seria mais in
ciais da IBM no Brasil, Antonio Carlos do Re teressante se o País importasse os computadores
go Gii, disse, ontem, que o Brasil deve ter uma médios de que necessita a curto prazo, en • Segundo a Sociedade Brasileira de Compu
tação, em documento enviado ao Governo, o
indústria nacional de informática forte, com quanto as empresas nacionais se capacitam para
computador da IBM, aprovado ha dias pela Se-
pleito domínio dc tecnologia. Disse, também, produzi-los. Ele não acredita que depois de qua
(refaria Especial de Informática para fabrica
que a concorrência deve ser livre por ser tro anos de comercialização dos computadores
ção no Pais, é o mesmo já apresentado pela em
“saudável” em qualquer atividade industrial. médios a IBM e a Burroughs venham a se retirar
presa á extinta Comissão de í oordenação das
do mercado.
Atividades de Processamento Eletrônico
Antonio Gil disse não entender o porque das re
O Globo (10.08.80) (( apre) e por ela rejeitado em IV7S. Ele é uma
ações contra a resolução da SEI pois. além de
versão aperfeiçoada do 4331, cuja fabricação
as concessões serem extremamente limitadas, a • SBC protesta contra as te
faixa onde a IBM poderá atuar não afeta, em dade Brasileira de Computação, em nota ofi até hoje náo esta autorizada por aproximar-se
hipótese alguma, as indústrias nacionais que muito da faixa de mini computadores, até
cial, denunciou o "confronto direto" causado agora reservada a indústria nacional. Ocorre
atuam no setor.
pelas recentes resoluções da Sa retana Espe que, segundo a SB( \ a aprovação da nova ver
0 Globo (13,08,80)
ciai de Informática, ao aprovar projetos de in são V cornti se fosse permitida um Volkswagen
dusthalizaçáo das empresas com dois i arbitradore s quando o mesmo pode
• Abinee apoia decimo da SEI que aprovou Hewlett-Packard, na Pais, e as diretrizes do funcionar com um". A conversão de um para
projeto da IBM — O presidente da Associarão governo paro o estahelecimenh* de uttui polí outro computador. neste caso, leva apenas seis
Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica tica nacional dei ir\formáti
horas ' 'Simples questão de retirada de plat
{Abinee), FirminoRocha Freitas, Fôlha dc São Paulo ( 10.08.80) de circuitos", dizem os técnicos.
que as recentes decisões adotadas pela Secre
taria Especial de Informática que aprovou O Globo (14.08.80)
projeto da IBM para a fabricação computa
dores de porte médio no país — não alteram as » A política brasileira de inform ática —
redras da política estabelecida para S6tQf% Apoiaram e Depois Mudaram prosseguiu Eichcr, presidente da Burroughs —
pecialmente no que diz respeito a reserva de j e i x a o s u s u á r i o s sem o p ç õ e s : e s t ã o c o m m á -
mercado para as empresas de capital mu tonal, juinas que não são mais usadas no resto do
As restrições que n IBM devera obedecer mmdo e vem encontrando dificuldades para
já autorizada pela SEI.
na produção e coinetci.ili/.iç.in dc computa mbslituí las ( 'onsiderando a situação do usuá-
0 Globo (14.08.8tt) dores inédtos, c\pliçadas ontem pelo societal n > io bias dei ro d e com putadores com o
da SEI Secictaria Espci tal de Inloimain a ‘diumnticu” , o presidente da Burroughs disse
• Burroughs também quer produ/ir compu S i. Octâs io (iennai i. a quatro lahi icaiilcs de esperar, para a política informática brasileira,
tador médio — Henry Eichcr declarou que a nÜniCompiKadoics a ( obronáoparticipouda ‘soluções mais justas ou. pelo menos, mais
resolução da SEI c muito positiva c ele nio tem reunião de très horas no Nacional ( lube
idcquadas à realidade” . J
restrições a cia, mas “ a Burroughs só se confor afastaram as preocupações do setor, disse opre -, Ml 4 * A
mará com um tratamento igual ao dado á si d e n t e d a Associação Brasileira d a I n d ú s t r i a d e
IBM” C o m p u t a d o r e s — A b i c o m p — S r , Giovanni
0 Globo (15.08.80) F a r i n a . A SEI, reconhece o fato ao justificar as difii-
( uldades que enfrentam os fabricantes nacio
Jornal do Brasil (09.08.80)
nais deminocomputadores que preço
uma ( onfiguração pequena um minissistema
• Abicomp muda posição e condena a SEI oscila entre Cr$ 4 milhões C'r$ 7 milhões, ele
Não Apoiaram a Decisão da SEI vando-se para Cr$ 13 a Cr$ 20 milhões, nas
SÂO PAULO (O GLOBO) — A Associação
grandes configurações. A IBM, por exemplo,
Brasileira da Indústria de Computadores e segundo um fabricante de minicomputadores,
• Decisáo acaba com a reserva de mercado no Periféricos (Abicomp) não se satisfez com as oferece aos seus usuários o aluguel de um
País — A Associação de Pro e xplicações fornecidas pela Secretaria Espe grande sistema por Cr$ 2 ou Cr$ 3 milhões.
cessamento de Dados Rio Janeiro cial de Informática {SEU sobre as razões que a
iAPPD), em nota oficial divulgada ontem. pro levaram a aprovar o projeto da IBM, pelo qual Entretanto, uma questão permaneceu: como
a empresa norte-americana se propõe a fabri
testou contra o fato de a Secretaria ial de reservar a faixa de médios sistemas á indústria
car, em dois anos, um computador médio (4331
Informática — SEI, órgão vinculado á Presi nacional epermitir a migração dos fabricantes
dência da República. ter aprovado a fabrica — MG 2) no Brasil. E, prova contrário,
de minis a curto prazo. Em meio a todos os pro
ção, no P a í s , dos computadores IBM considerará a indústria nacional do setor pre testos de entidades do setor contra essa deci
,
Burroughs B-6900, dos microcomputadores judicada pela decisão federal, que são, a SEI precisou os seus critérios
mesa da Hewlett Packard (H P unidades de responde diretamente ao Conselho de Se de mercado."Está reservada á iniciativa na
disco da IBM, cujos projetos não haviam logra gurança Nacional. cional a fabricação de computadores 2 me
do aprovação da extinta Capre. O Globo (12.08.80) gabytes de memória",afirmou
Jornal do Commércio (09.08.80) O que exclui o MG2. Segundo ele. as avalia
• Será pedida revisão de medida sobre com
putador — A Associação Brasileira da Indús ções das condições tecnológicas, financeiras
* Quanto ao Programa de Engenharia de de mercado dos atuais fabricantes nacionais de
tria de Computadores e Periféricos (Abicomp)
Sistemas de Coppe, seus representantes dis computadores demonstram que estão capacita
decidiu ontem, durante assembléia geral, soli
cordaram dos argumentos que justificaram a dos a evoluir até á faixa de / ,5 megabyte. O Co
citar à Secretaria Especial de Informática —
medida, pois julgam que existe capacitação téc bra 500, por exemplo, que começará a ser co
órgão do Conselho de Segurança Nacional — o
nica no País, tanto na Universidade como em mercializado a partir de outubro deste ano,
reexame da aprovação recente dos projetos dc
empresas para o desenvolvimento dos produtos apresenta uma capacidade de memória até 512
montagem, no Brasil, pela IBM, dc computa
em questão. kbytes, ou seja, fl4 de2MB. Este computador
dores de médio porte. A Abicomp pede o ree
xame “ à luz dos argumentos técnicos e passou a ser enquadrado pela SEI como um pe
A Associação dos Empregados da Cobra coloca
econômicos” que pretende encaminhar ao go queno sistema, contrariando as antigas consi
sob suspeita o “discurso nacionalista " que tem
verno cm 15 dias. Os argumentos serão elabora derações de que ele ocuparia faixa dos mé
caracterizado os pronunciamentos dos dirigen
dos por uma comissão de seis empresários do dios.
tes da SEI, lembrando que está sendo entregue
setor.
mais "um pedaço do País aos interesses do ca Todo esse quadro permite algumas indagações.
pital estrangeiro” . O Estado de São Paulo (16,08.80) Por que náo adotar o mesmo modelo dos ,