Page 61 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1980

0 Ponto-de-Vista da SEI: Gennari disse ainda que “ não vamos preten­ Outra desvantagem para a indústria nacio­

der, cm nome dc uma bandeira amadorís­ nal. apontada por Mesquita, é o preço do

• A permissão dada à IBM para a fabricação tica, jogar tudo sobre o consumidor interno, aluguel do equipamento da IBM —Cr.$ 160

de computadores dc porte médio no Brasil que já paga muito mais caro por um compu­ mil idêntico ao dos minis nacionais.

foi classificada porOctávio Gennari Netto tador nacional.“

como “ uma microdecisão dentro de um seg­ A Abieomp entregou à SEI um estudo que

mento que representa muito pouco na área \ pretende avaliar os efeitos, sobre as empre­
\ Procura do Dialogo:

de informática“ , considerando que as críti­ sas nacionais, da aprovação dos projetos da

cas à SEI centraram-se apenas em possíveis IBM c cia Hewlett Packard para a produção
• O Secretario Executivo da SEI. Joubcrt

prejudicados e não levaram cm conta o pro­ dc médios e microcomputadores. O presi­
Oliveira Brizida, esteve reunido com empre
blema global. dente da associação, Giovanni Farina, des­
sários da Abieomp para discutir o desempe­

tacou como uma das grandes preocupações
nho do setor e ouvir sugestões dos industri

• O Governo Federal está decidido a não da indústria o aporte de recursos suficientes
ais em relação ás medidas que a Secretaria
permitir a entrada de empresas internacio­ paru desenvolver a capacidade do empre­
deve tomar como garantia a s empresas na

nais no mercado brasileiro para a produção sário nacional, para atender à área de
cionais, no controle da produção dc coinpu

de minis e microcomputadores, disse o Se­ informática“ . Ja
tadores médios pela IBM c IIP.
cretário Especial de Informática. Octavio

Gennari Netto. Secundo ele. o Cioverno não
• Em reunião com membros do Abieomp, o

abrirá mão das diretrizes traçadas e aprova­
Secretário Especial de Informática. Octávio
das. apesar das pressões em contrário.
Gennari Netto. afirmou que a decisão da SEI

aprovando projetos da IBM, Burroughs e

• Cobra, Sid, Labo. Siseo e Edisa são as
Hewlett Paeknrd não prejudica os progra­
empresas que mais necessitam dc apoio para
mas de expansão dos fabricantes nacionais.

continuar suas vendas, disse Octávio Gen-
Para defender sua posição. Gennari Netto

nari, para quem Cr$ 2 bilhões trariam alívio
citou três fatores:

para o setor, porém “ menos do que isso de

nada adiantará“ . Os recursos para o finan­
1. A indústria nacional não tem, no mo­

ciamento serão pleiteados ao BNDE, atra­
mento. condições econômicas, em termos

vés dairiname. •
de viabilidade, para produzir equipamentos

semelhantes no prazo de dois anos.

2. A IBM só começará a comercializar o

MG-2 a partir dc 1982, tendo que encerrar • A idéia de formar uma Coordenação de

sua produção em 1984, quando as empresas Defesa da Tecnologia e das Atividades das

nacionais já terão condições dc produzir Empresas Nacionais da Área de Informática

equipamentos do mesmo porte. conseguiu a adesão de mais duas entidades:

a Associação dos Empregados do Serpro e a

3. O modelo terá um rígido controle no que Coordenação Nacional das APPDs. O grupo

se refere a sua comercialização. já contava com o apoio da Abieomp, Sindi­

cato dos Engenheiros, APPD-RJ. Clube de

Engenharia, Sociedade Brasileira de Com­

Não Aceitam a Decisão: putação e Associação dos Empregados da

Cobra.

“ A decisão da SEI, permitindo a fabrica­

• 0 Secretário Especial de Informática pro­ ção, nò Brasil, de 242 computadores mo­ • “ As estratégias adotadas estão colocando

curou demonstrar, falando na Câmara dos delo 4331-2 da IBM, afeta as indústrias de em risco o alcance e os prazos propostos

Deputados, ser correta a decisão de autori­ componentes na medida que atinge as em­ pela decisão do governo de garantir ao Bra­

zar a fabricação do computador MG-2 pela presas nacionais fabricantes de computa­ sil uma autonomia na área de eletrônica

IBM, dizendo que “ sabemos que, em nome dores“ — a afirmação foi feita por Antônio digital-informática“ — a declaração é de

de possíveis reservas, poderemos prejudicar Luiz Mesquita, tesoureiro da Abieomp. José Roberto Faria Lima, diretor geral de

todo o processo de desenvolvimento nacio­ Para o empresário, a autorização dada à Marketing da Sisco, referindo-se à permis­

nal, porque a competitividade de nossos IBM quebra a reserva de mercado, neces­ são dada pela SEI à IBM para fabricação do

produtos, como a de nossos serviços, está sária ao desenvolvimento da indústria nacio­ computador 4331-MG 2. Juntamente com a

cada vez mais dependente da tecnologia da nal, que precisa criar uma base para poder Cobra, a Sisco está se preparando para ini­

Informática.“ competir. ciar a fabricação de computadores médios.