Page 15 - Telebrasil - Novembro/Dezembro 1978
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Sinalização
por canal comum
ALDEMAR FERNANDES PARÓLA
Engenheiro de Eletrônica pelo ITA (I960),
Estagiário do Governo Francês em 1961 e
1966, Engenheiro do Depto. de Telefonia da
Standard Eléctrica S.A. de 1961 a 1969, des
de 1969 trabalha na TELERJ, desempenhan
do atualmente a função de Chefe do Depar
tamento de Engenharia de Comutação.
Resumo
Novos sistemas de sinalização telefônica conhecidos pela denominação Nos sistemas telefônicos tradicio
de Sistemas de Sinalização por Canal Comum vêm sendo estudados e in nais, em que a sinalização é trans
troduzidos nas redes interurbanas de alguns paises. Estes sistemas de mitida através dos mesmos circui
sinalização baseiam-se nas características do sistema de sinalização n.° tos usados para a ligação entre 2
6 definido pelo CCITT. A importância de tais sistemas pode ser sentida a assinantes, é normal classificar a
partir do caminho seguido pelo “ Bell System” dos Estados Unidos que sinalização em duas grandes cate
espera ter, até 1980, 30% dos troncos interurbanos funcionando com si gorias:
nalização por canal comum.
— Sinalização de Linha, que utili
Este trabalho apresenta em grandes linhas as razões que conduziram à za transmissores e receptores as
sinalização por canal comum, suas vantagens, a estrutura da rede de si sociados diretamente a cada cir
nalização e as características básicas do sistema CCITT n.°6. Finalmente cuito ou canal de voz. Compreende
sugere que a introdução, no Brasil, de um sistema de sinalização por ca os sinais entre as terminações dos
nal comum, mesmo a titulo experimental, só seja concretizada após a circuitos quando não há registra
elaboração das especificações detalhadas que incorporem a filosofia a dores ou equipamentos comuns
seguira longo prazo. associados a um ou a ambos os la
dos do circuito. Entre os sinais de
linha podem ser citados:
1. Histórico e Vantagens — Um segundo fluxo, composto • Tomada
de informações entre os equipa
A finalidade primordial dos siste mentos de comutação, que permi • Atendimento
mas de comutação é interligar te o estabelecimento e a supervi
dois assinantes quaisquer, permi são da ligação. Este fluxo de infor • Liberação para a frente
tindo assim que informações se mações, interno ao sistema, bem
jam transmitidas de um ao outro. como a função por ele desempe • Liberação para trás
Na realidade as informações que nhada, recebe a denominação de
circulam em um sistema au sinalização. % • etc.
tomático de comutação são com
postas de dois fluxos distintos. Os dois fluxos de informações ci — Sinalização entre Registrado
tados sempre foram perfeitamente res, que utiliza transmissores e re
— Um fluxo composto pelas infor distinguidos, embora nos siste ceptores associados a equipamen
mações trocadas entre os 2 assi mas telefônicos convencionais se tos comuns que são temporaria
nantes ou máquinas, após coloca encontrassem associados usando mente ocupados durante o estabe-
dos em comunicação. os mesmos canais. lècimento da ligação.