Page 4 - Telebrasil - Maio/Junho 1978

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LUIS L.C. IZZO

Engenheiro civil-eletricista (1956); esta­

giário em telecom unicações do Governo

Francês (ASTEF 1960/61), A tualm ente é

D iretor da Divisão de Telefonia Rural do

DAEE SP.

Trabalho apresentado na IIMTELCOM'77

realizado em A tlanta — Estados Unidos,

em outubro 77.

1. Introdução Com o surgimento inicial da EM- rural, decidiu em 1974 iniciar um

BRATEl e a posterior criação da programa de telefonia rural através de
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0 Estado de São Paulo, com uma ex­ TELEBRÁS, foi possível nesses 10 cooperativas.

tensão territorial de 247.898 km2, anos equacionar e implantar um sis­

representa 2,91% apenas da área do tema interurbano de alta capacidade e 4. Definição de Telefonia Rural

Brasil. Com uma população de 18 confiabilidade interligando todos os

milhões de habitantes, ele participa estados, e paralelamento ampliar con­ Entendemos como assinante rural

com 19,3% da população brasileira. sideravelmente as rodes urbanas atin­ todo aquele localizado fora dos limites

3,5 milhões da população paulista gindo so hoje 2.500.000 terminais. da "'área de tarifa básica". Entende-se

habitam a zona rural. A integração como "área de tarifa básica" aquela

dessas áreas ao sistema telefônico Evidentemente, esse enorme esforço, onde estão localizados pelo menos

nacional é tarefa da telefonia rural. hoje uma realidade, requisitou e con­ 95% dos assinantes de uma deter­

tinuará requisitando, por um espaço minada localidade, ou de forma mais

2. Esquema Institucional de tempo ainda longo, todas as aten­ genérica, como a área onde a conces­

ções das empresas concessionárias. E sionária se obriga a instalar telefones

A política nacional de telecomuni­ a telefonia rural? Como ramificação mediante uma contribuição uniforme.

cações 6 exercida pelo Ministério das final de todo o sistema e serviço

Comunicações, que a executa através basicamente complementar, deveria Deve-se distinguir a "área urbana",

de uma única empresa, a Teleco- aguardar a normalização de todos os que é determinada pela Prefeitura, da

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municações Brasileiras — TELEBRAS, serviços interurbanos e urbanos, área de tarifa básica, que é deter­

empresa de economia mista, con­ naturalmente prioritários. Entretanto, a minada pela Concessionária. Geral­

cessionária dos serviços públicos de estrutura do Estado de São Paulo, mente, as duas áreas nunca coinci­

telecomunicações. A nível estadual, a maior concentração industrial e dem, sendo a urbana normalmente

TELEBRAS delega suas atribuições a agrícola do País, não poderia esperar maior do que a de tarifa básica.

uma empresa-pólo em cada Estado, por mais tempo a integração das áreas

sendo no Estado de São Paulo, a rurais. A telefonia rural, por outro lado, com­

TELESP. preende o fornecimento de um ter­

O Governo do Estado de São Paulo, minal telefônico em cada propriedade

3. Processo de Im plantação através de sua autarquia especializada, rural, isto é, o atendimento por abran­

o DAEE — Departamento de Águas e gência de uma área; neste caso, in­

O sistema brasileiro de telecomuni­ Energia Elétrica — baseado na sua ex­ cluem-se, além das propriedades

cações até 1967 era bastante precário, periência desenvolvida por mais de 18 rurais, as pequenas concentrações

com um sistema urbano que não al­ anos na implantação de eletrificação tipo bairros ou vilas.

cançava 800.000 terminais e um sitema rural e nos resultados obtidos na

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interurbano de pequena capacidade e execução de outras obras de infra-es­ Proporcionando comunicação rápida e

extremamente limitado. trutura sócio-econômica no meio eficiente, haverá melhoria das con-