Page 78 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1977
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COBRA fortalecida discutir o assunto com autoridades brasileiras car minicomputadores no Brasil, não será pror
que viriam aos Estados Unidos "nos próximos rogado além de oito de setembro, conforme ficou
A Cobra venderá, no segundo semestre deste dois meses". decidido numa reunião do plenário do órgão,
ano, 413 sistemas de computação eletrônica no f Gazeta Mercantil - 18.08.77) realizada ontem, em Brasília. No dia nove, a
valor de aproximadamente Cr$ 800 milhões, se Capre divulgará, no Rio, o nome das empresas
gundo afirmou ontem o presidente do Banco que participarão da concorrência (somente duas
Nacional de Desenvolvim ento Econôm ico MICRO: só dois serão aprovados delas, além da empresa estatal Cobra, serão se
(BNDE), Marcos Vianna, ao presidir a solenidade lecionadas), e no dia 13, o plenário do órgão
de assinatura do novo estatutp daquela empresa Somente cerca de 15 projetos deverão ser apre voltará a se reunir para iniciar a apreciação dos
e da posse de seus novos conselheiros. sentados à Comissão de Coordenação das A ti projetos.
Os novos conselheiros da Cobra são Mário Dias vidades de Processamento Eletrônico — Capre, (0 Estado de São Paulo - 26.08.77)
RiDper, do Serpro: Alberto Santos Abade, do entre os quais só dois deverão ser escolhidos
BNDE; Francisco Sanchez e Luiz Carlos Ferreira para produzirem m inicom putador no País.
Levy, da Digicon; Oswaldo Roberto Colin, do Esse número é mais ou menos o que os técnicos
Banco do Brasil e José Cláudio Beltrão Frede da Capre estão esperando dentre as 33 institui
rico, da Digibrás. ções, universidades, empresas e centros de pes
(O Globo - 03.08.77) quisas que retirarem o formulário para apresen
tação de projetos na Capre.
(Diário Comércio & Indústria -19.08.77)
DIGIBRÁS
A DIGIBRÁS, empresa holding no setor de A SYCOR se defende
computação no país, está interessada na implan
tação de uma indústria nacional de compo O contrato que a empresa norte-am ericana
nentes. Nesse sentido deverá criar, nos pró Sycor assinou com a empresa brasileira Cobra —
ximos dias, um grupo de trabalho que fará um Sistemas e Computadores Brasileiros, envol
levantamento das potencialidades do mercado, vendo a transferência de tecnologia para a fa
a curto e médio prazos. bricação de minicomputadores no país, não
contém nenhuma cláusula prometendo conces
Segundo comentou o presidente da empresa, sões especiais para a importação de componen
Wando Borges, provavelm ente o setor de tes e equipamentos fabricados pela empresa
computação, isoladamente, não justifique a norte-americana.
implantação de grupos subsidiários, mas o pla (Gazeta Mercantil - 19.08.77)
no da Digibrás é de formar uma indústria de
componentes que atenda, ao mesmo tempo,
esse setor e o de telecomunicação.
COBRA desmente DATA GENERAL
Essa idéia foi levada à Capre e o Estado Maior e a acusa de intromissão indevida
das Forças Armadas já demonstrou seu total
apoio ao projeto, propondo-se inclusive a cola "Não temos nada a declarar ao governo ameri
borar diretamente. cana. Só temos satisfação a dar ao governo
(O Globo - 14.08.77) brasileiro". Assim, o vice-presidente da Sistemas
e Computadores Brasileiros S.A. (Cobra),
Carlos Augusto Rodrigues de Carvalho, retru
CAPRE vô riscos nas associações cou a acusação do diretor-financeiro da Data
General, J.B. Stroup, de que o Brasil pretende
monopolizar seu mercado de computadores.
"Comercialmonto, parece que os empresários
Stroup teria, inclusive, formalizado um protesto
nacionais envolvidos nesta disputa (os projotos
junto ao governo de Washington. "A Data Ge
para implantação do fábrica de minicomputado
res no pais) acreditam quo o modelo ussociu neral talvez esteja arrependida pela inflexibilidade
de sua própria diretoria", acrescentou Carvalho,
tivo é mais tranquilo e vantajoso. Do ponto de
mencionando a frustrada negociação entre a
vista tecnológico, no entanto, nflo 6 corto que
emprosa amoricana e o Cobra, para a transfe
esto modelo seja o mais conveniente para o
rência do tocnologia.
Brasil". Esta é a opinião do uma alta fonte da
(Gazeta Mercantil - 23.08.77)
Capre (Coordenadoria das Atividades de Proces
samento do Dados) a respeito da verdadeira cor
rida em que se envolveram, nas últimas sema DATA GENERAL:
nas, tanto omprosas brasileiras para encontrar
um sócio estrangeiro com tocnologia para a fa tiro saiu pela culatra?
bricação de minicomputadores no pais, como
Qual seria a intenção da Data General ao permi
empresas internacionais em busca de sócios
tir a divulgação do documento que enviou ao
nacionais. "Não adianta, explicou a fonte, se
Departamento de Estado, Departamento de Co
formar uma empresa com maioria do capital na
cional — de 51% até 99% se, por exemplo, a mércio e Senado norte-americanos, no qual pro
põe ao governo de seu país um endurecimento
parte estrangeira mantiver o controle das deci
sões fundamentais como política de mercado, maior na política de não transferência da tecno
de produtos, em suas mãos". logia de computadores?
(Gazeta Mercantil -16.08.77)
Técnicos brasileiros de alto nível acreditam
que a intenção da empresa não è mera mente
factual e mostra o claro desejo de transformar
DATA GENERAL acusa uma questão comercial (a perda de uma concor
rência) num caso político com o Brasil, aumen
A Data General Inc. acusou o Governo brasileiro tando com isso o seu poder de pressão.
de pretender estabelecer um monopólio no mer (Diário Comércio Et Indústria - 24.08.77)
cado local de computadores, com a colaboração
de outra empresa americana, a Sycor Inc.
CAPRE mantém prazos para
J. B. Stroup, diretor financeiro da Data General,
disse ontem a este jornal, pelo telefone, que empresas que desejam fabricar
protestou junto ao Governo de Washington con minicomputadores
tra a manobra. Segundo afirmou, o represen
tante especial do presidente Cárter para negocia "CAPRE — O prazo para a entrega de propostas
ções comerciais, Robert Strauss, prometeu-lhe à Capre, pelas empresas interessadas em fabri