Page 50 - Telebrasil - Setembro/Outubro 1975
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Da tecnologia adaptadora                                                                                                                                                                                                                    -4









                                                                                                                                          para                                                            inovadora















                    “O   d esen v o lv im en to   b ra sile iro   c h e ­                                                                 a b so rç ã o   d e  tecn o lo g ia?”                                                                                      a  se r  in a u g u ra d o ,  o   e n tã o   d ireto r  do



             g a rá   a  um   im p asse  em   1977,  p o rq u e                                                                                  Sem   e n tra r  n o   m érito   d o   d eb ate,                                                                    D e tra n   co n fessav a,  d e   p ú b lico ,  que  o


            o  b a la n ç o   d e   p a g a m e n to s  d o   P a ís  n ão                                                               p o d e -se   d iz e r  q u e  a  g ra n d e   lu ta   se                                                                   c o m p u ta d o r  im p o rta d o   e ra   “ débil”.



            su p o rta rá   os  g asto s  q u e  te rã o   d e   ser                                                                      tra v a   em   to rn o   d a   m eta  d e  sim p lifi­                                                                     N ã o   co n seg u ia  d a r  o rd e n s  inteligen­



            feito s  com   a  im p o rta ç ã o   d e   b en s-d e-                                                                       c a r  aq u ilo   q u e  p a ra   to d o s  n ó s  é  a in ­                                                                tes.  D a   ex p eriên cia  fico u   o   prejuízo  .


            cap ital,  p a ra   su ste n ta r  as  ta x a s  de                                                                          d a   m u ito   co m p licad o   —   o   p ro cesso                                                                         e  u m   n o v o   e q u a c io n a m e n to   passou  a



            crescim en to   p rev istas  p e lo   II  P N D ” .                                                                          d e   a b so rç ã o   d e  tecn o lo g ias  im p o rta ­                                                                    ser  e stu d a d o ,  p e rm a n e c e n d o   um   guar­


                   A   d e c la ra ç ã o ,  cu jo   p essim ism o  p o ­                                                                 d a s  e  o   d esen v o lv im en to   d a   n o ssa                                                                        d a   e m b a ix o   d e   c a d a   sinal.



            d e rá   a ssu sta r  alguém   m en o s  av isad o ,                                                                          tecn o lo g ia.                                                                                                                   A   re a b e rtu ra   d a   tese  d a   m andioca

                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                             a
            reflete,  e n tre ta n to ,  u m a   p re o c u p a ç ã o                                                                           D e ix a n d o   d e   la d o   os  rig o res  etm o -                                                               co m o   a lte rn a tiv a   p a ra   o   p etró leo   co­


            leg ítim a  q u e  aflige  ag o ra,  n ão   m ais                                                                            lógicos  d a   ex p ressão ,  tecn o lo g ia  é,  em                                                                        m o   so lu ção   co m b u stív el  é  o   exem plo



            a p e n a s  o  p rim e iro   escalão   d o   G o v e r­                                                                     síntese,  o   c o n h e c im e n to   a tu a liz a d o   d o                                                                m ais  v iv o   d e sta   n ecessid ad e  de  mais



            no,  m as  as  m ais  lú cid as  lid eran ç as                                                                               p ro cesso   ev o lu tiv o   e  p rá tic o   d as  ciên ­                                                                   c ria tiv id a d e   —   n o   en sin o ,  n o   debate,


            em p resa riais  q u e  a c o m p a n h a m   d e  p e r­                                                                    cias  e  d as  técnicas.                                                                                                    n a   in fo rm a ç ã o ,  n a   a b e rtu ra   d e  novas



            to  as  so lu çõ es  p ro p o sta s  p a ra   su p e ra r                                                                           L ogo,  a  raiz  d o   p ro b le m a   e stá   em                                                                    o p o rtu n id a d e s  n a s  em p resas  e,  prin­


           o   nosso  fo sso   tecnológico.                                                                                              os  p aíses  em   d esen v o lv im en to   —   e                                                                            c ip a lm e n te ,  n a   açã o   d a s  autoridades



                   O   a u to r  d a  frase,  p o r  acaso ,  é  o                                                                       e n tre   eles  nos  in clu ím o s  —   a p re n d e ­                                                                      g o v e rn a m e n ta is  e  d o s  pro fesso res  que


            p resid en te  d o   B an co   de  D esen v o lv i­                                                                          rem   a  in o v ar  em   term o s  tecn o ló g ico s,                                                                       c o m a n d a m ,  o u ,  p e lo   m enos,  encam i­



            m en to   de  M in as  G era is                                                  Sr.  A bílio                                cm   lu g ar  de  a p e n a s  a d a p ta r  a  te c n o ­                                                                  n h a m   este  p ro cesso .



           S an to s,  m as  que,  em   su m a,  sin tetiza                                                                             logia  im p o rtad a ,  origem   de  to d a s  as                                                                                   E n tre   as  m ed id as  p rá tic a s  que  assi­


            e  co n fere  co m   to d as  as  ad v ertên cias                                                                           d efo rm a çõ es  q u e,  a c u m u la d a s,  g e ra ­                                                                      n a la ra m   a  firm e  d ete rm in ação   do  G o­



            q u e  irrad iam   de  um   g ru p o   dc  o rg a ­                                                                         ram   to d a   esta  m o b ilização .                                                                                        v e rn o   cm   c o lo c a r  em   o rd em   este  m e­



            nism os  que  co n g reg am   a  elite  de  n o s­                                                                                 Isto   significa  a p re n d e r  a  in o v ar,  c o ­                                                                c a n ism o   tão   sensível  e  delicado,  além


           sos  eco n o m istas  c  p la n e ja d o re s                                                                                lo c a r  o   p e n sa m e n to   criativ o ,  d esen -                                                                      d a   p ró p ria   S em an a  de  T ecn o lo g ia  In­



            B N D E ,  IN P I,  S T I-M IC ,  F G V ,  U SP                                                                             v o lv ê-lo   a  p a rtir  de  m o d elo s  im p o r­                                                                        d u stria l,  está  o   A to   N o rm ativ o   n?



                       o n d e  já   se  d elin eia  ou  se  busca                                                                      ta d o s  ou  n ã o ,  c  n ã o   d e sc a n sa r  á  so m ­                                                                 0 1 5 ,  d e  11  d e   setem b ro   deste  ano,


           d efin ir  u m a  p o lítica  n acio n al  p a ra                                                                            b ra   dc  idéias  p ro n ta s,  c o m p le ta d a s  e                                                                       re g u la m e n ta n d o   este  assu n to   que  de­



           tra ta r  d o   tem a.                                                                                                       te rm in a d a s  a  p a rtir  dc  n ecessid ad es  e                                                                         safia  a  inteligentzia  n acio n al  —   a


                  O   arg u m en to   fu n d a m e n ta l  d o   p re ­                                                                 exigências  que  n ão   sào  as  n ossas.                                                                                     tra n sfe rê n c ia   d e  tecn o lo g ia.



           sid en te  d o   B D M G   é  q u e  a  in d ú stria                                                                                T ra ta -se ,  cm   su m a,  dc  a p re n d e r
                                                                                                                                                                                                                                                                             B aix ad o   p e lo   p re sid e n te   d o   Insti­

           n acio n al  d c  b e n s-d e -c a p ita l,  além   de                                                                      c  e stim u la r  o  seu  en sin o   nos  n o sso s
                                                                                                                                                                                                                                                                     tu to   N a c io n a l  d e   P ro p rie d a d e   Indus­

          n ão   a te n d e r  m ais  à  d e m a n d a   in te rn a ,                                                                  c e n tro s  d e  p esq u isa  —   o   m ilag re  de
                                                                                                                                                                                                                                                                     tria l,  o   a to   c o n so lid a   e  sistem atiza,

           ain d a               a p re se n ta                     c a ra c te rístic a s                          de                 fa z e r  uso  so fisticad o   dc  e q u ip a m e n ­
                                                                                                                                                                                                                                                                      p e la   p rim e ira   vez,  d ezen as  de  norm as

          o b so letism o ,  o   q u e  d e te rm in o u ,  a in d a                                                                   tos  sim p les  c  n ã o ,  co m o   p a re c e   o c o r­
                                                                                                                                                                                                                                                                      d e stin a d a s  a  c a p a c ita r  o   sistem a  pro­

          este  an o ,  a  im p o rta ç ã o   de  4 ,6   b ilh õ es                                                                    re r  cm   m u ito s  se to re s  dc  a tiv id a d e
                                                                                                                                                                                                                                                                      d u tiv o   a  a tin g ir  n o v o s  estágios,  liga­

          de  d ó lares  em   e q u ip a m e n to s,  m ais  d o                                                                        até  ag o ra ,  in sistir  n a  c o n fo rtá v e l  fó r­
                                                                                                                                                                                                                                                                      d o s  e strita m e n te   ao   av an ço   tecnoló­

          q u e  se  g a sta   com   o  p etró leo .  A s  p re ­                                                                       m u la   d c  fazer  u so   sim p les  d c  e q u i­
                                                                                                                                                                                                                                                                      gico   d o   P a ís,  re g u la n d o   e  acelerando

          visões  são  d c  q u e,  em   7 7 ,  as  im p o r­                                                                           p a m e n to s  so fisticad o s.
                                                                                                                                                                                                                                                                      a  tra n sfe rê n c ia   d e  tecn o lo g ia  de  ori­

          taçõ es  e sta rã o   situ ad as  e n tre   6  a  7                                                                                  O   fascín io   q u e  a  e ra   d a   c ib e rn é tic a
                                                                                                                                                                                                                                                                      g em   e x te rn a ,  e  ta m b é m   in tern a,  com­

          b ilhões  de  d ó la re s,  in su p o rtáv e is,  dc                                                                          c  d a   in fo rm á tic a   ex erce  so b re  o  a d m i­
                                                                                                                                                                                                                                                                       p a tib iliz a n d o   este  p ro c e sso   com   os

          to d o ,  p a ra   o   P aís.                                                                                                 n is tra d o r  n ã o   tem   lim ites,  le m b ra n d o
                                                                                                                                                                                                                                                                      o b je tiv o s  d a   p o lític a   econôm ico-fi-

                   D e n tro   d este  q u a d ro   assu m e  p ro ­                                                                    p á g in a s  d a s  m il  e  u m a   n o ites.  O   sa l­
                                                                                                                                                                                                                                                                       n a n c e ira   d a   N a ç ã o   consubstanciada

          p o rçõ es  d e  g ra n d e   se rie d a d e   a  in d a ­                                                                    to   ev o lu tiv o   d o s  e q u ip a m e n to s  m a ­
                                                                                                                                                                                                                                                                       n o   II  P N D .
           g ação   fu n d a m e n ta l  p ro p o sta   p elo   M i­                                                                    n u a is  e  m ecân ico s  p a ra   o s  sem i-ele-

                                                                                                                                                                                                                                                                              O   G o v e rn o   m o s tra   q u e  sabe  ino­
          n istro   d a   In d ú stria   e  d o   C o m é rc io ,                                                                       trô n ic o s  o u   e lc tro -c le trô n ic o s  ch eg a,

                                                                                                                                                                                                                                                                       v a r  c o n v o c a n d o   p a ra   a  form ulação
           no  recen te  d e b a te   a b e rto   p ela  S em a­                                                                        às  vezes,  a  ser  m ais  fa n tá stic o   q u e

                                                                                                                                                                                                                                                                       d e  su as  d ire triz e s  n e sta   á re a ,  a  criati­
           n a  d e  T e c n o lo g ia   In d u stria l  p ro m o ­                                                                     o   d o   b a lã o   p a ra   o   fo g u e te   in te re sp a -


                                                                                                                                                                                                                                                                        v id a d e   d o s  e m p re sá rio s  e  das  univer­
           vido,  cm   S ão   P a u lo ,  p ela  S e c re ta ria                                                                        cial.  E   o  c o m p u ta d o r  e le trô n ic o   é  o



           dc  T e c n o lo g ia   In d u stria l,  cm   c o la b o ­                                                                   seu  e x e m p lo   m ais  ex p ressiv o .  A in d a                                                                            sid ad es.


           ra ç ã o   co m   o   In stitu to   de  P esq u isas                                                                         h á   alg u n s  a n o s,  a  p o p u la ç ã o   c a rio c a                                                                           A fin a l,  c o m o   d iria   o  p o eta,  nem



           T ecn o ló g icas  e  o   C e n tro   T é c n ic o   A e ­                                                                   assistiu  e  so freu   as  o b ra s  de  c a n a li­                                                                           to d a s   “ as  av es  q u e  p o r  aq u i  gorjeiam ,



            ro esp acial  —   “ q u ais  as  p ersp ectiv as                                                                            z a ç ã o   q u e   d o ta ria m   a  c id a d e   d e  u m                                                                    g o rje ia m   c o m o   lá ” .  N a   siderurgia  co­


            d c  d ese n v o lv im en to   tecn o ló g ico   c o n ­                                                                    c o n tro le   c o m p u ta d o riz a d o   d e   siq ais                                                                      m o   n a   c a rb o q u ím ic a ,  n o   transporte



            sid erad a s  a  c ria ç ã o ,  a  a d a p ta ç ã o   e  a                                                                   d e  tráfeg o .  In a u g u ra d o   —   n ã o   ch eg o u                                                                     p e sa d o   q u a n to   n a s  telecom unicações.
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